1) “Obturações não são necessárias e cáries podem ser revertidas”
Em média, uma cárie leva entre quatro e oito anos para progredir do esmalte para a dentina (camada mais interna do dente). Isso significa que há tempo de sobra para tratá-la com flúor, escovação, restrição de açúcar e monitoramento, segundo um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália.
2) “O índice de flúor na água está errado”
Ao menos no estado de São Paulo, mais ou menos 30% das amostras contêm flúor a mais ou a menos do que o recomendado. Se o índice for abaixo do padrão, não garante o benefício anticárie. E, se for acima, pode levar à fluorose, que causa manchas, geralmente esbranquiçadas (nos casos mais graves, marrons), nos dentes.
3) “A anestesia não é tão inocente”
Você corre o risco de perrengues momentâneos, como passar um tempo sem conseguir piscar (e ficar com o olho seco) ou ganhar um belo de um hematoma se a agulha acertar algum vaso sanguíneo. Também há consequências mais sérias, porém raras, como arritmia cardíaca e problemas nos nervos.
4) “Nossos consultórios estão contaminados”
Aquele aparelhinho que borrifa água na sua boca pode causar infecções. Segundo um estudo da Universidade de Poitiers, na França, o instrumento costuma ter bactérias mais resistentes do que se imaginava e os desinfetantes recomendados pelos próprios fabricantes dos equipamentos não são 100% eficazes.
5) “Nem a gente concorda sobre como escovar os dentes”
Uma pesquisa da University College of London, na Inglaterra, comparou as recomendações de escovação das associações de dez países, de fabricantes de escovas e pastas de dentes e de livros. Conclusão: elas diferem muito. E não há evidência que comprovem que técnicas elaboradas sejam mais eficazes que uma escovada simples. Na dúvida, seja simples e foque nas áreas onde a placa costuma se formar, como as superfícies dos dentes e perto da gengiva.
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