Ninguém pode discordar dos médicos brasileiros quando eles reclamam da falta de estrutura e material na rede pública de saúde, principalmente nas cidades do Interior. Estão cobertos de razão. Mas é impossível se calar diante do levante desses profissionais da medicina contra a iniciativa do governo de trazer médicos estrangeiros para atender às populações interioranas. Se, mesmo recebendo propostas de altos salários, os médicos brasileiros resistem em atuar longe das capitais, é legítimo, então, que o poder público busque uma saída para esse problema.
Claro que o governo tem o dever de investir com urgência na melhoria da infraestrutura das unidades públicas de saúde, dotando-as de melhores condições de atendimento à população de baixa renda. Mas, ao mesmo tempo, nossos governantes precisam suprir a falta de mão-de-obra, para evitar que gestantes, crianças e idosos continuem morrendo à porta dos nossos hospitais, por falta de médico.
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