O Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) vão formar um grupo de trabalho para formular uma nova proposta de ascensão para a carreira dos professores dos institutos federais. A categoria está em greve há um mês, junto com os professores das universidades federais.
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, que se reuniu na tarde de hoje (18) com os reitores dos institutos federais, os docentes dessas instituições têm um perfil de formação diferenciado. Ao contrário do corpo docente das universidades federais, em que pelo menos dois terços têm doutorado, nos institutos os profissionais têm uma formação mais técnica. Por isso o grupo de trabalho vai definir quais serão os critérios para progressão na carreira que não levem em conta apenas os títulos.
“Uma parcela importante do corpo docente dos institutos tem especialização ou um profundo conhecimento tecnológico não associado à titulação. Essas especificidades precisam ser observadas”, disse o ministro. A proposta deverá ser apresentada no prazo de 60 dias.
A reestruturação da carreira é uma das reivindicações dos profissionais em greve. Além disso, a categoria quer a criação de um piso para os professores de R$ 2,4 mil e a promoção imediata de concurso público para acompanhar a expansão da rede federal de educação profissional.
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