O candidato João Amoêdo, do Partido Novo, esteve em uma "entrevista relâmpago" no Jornal Nacional desta sexta-feira (31) e defender um "Estado menor", em que o governo deixe de atuar "onde não deveria", como na gestão das empresas, e foque seus esforços na oferta de saúde, educação e segurança de qualidade.
"No fundo, o que a gente defende é reduzir o poder dos políticos, os privilégios, o uso de recursos públicos e as interferências que dificultam vida do empreendedor. Algo que dificilmente será feito pelos políticos que estão aí", disse o candidato em uma entrevista que teve um minuto e apenas uma pergunta. Amoêdo aproveitou o pouco espaço para tentar se posicionar como uma alternativa diferente daquelas que já estiveram no poder e que continuam na corrida eleitoral deste ano.
Por ter baixa intenção de voto nas pesquisas e não ter uma grande bancada no Congresso, Amoêdo corre grande risco de não ser convidado para participar dos debates diante da grande quantidade de candidatos que vão disputar o pleito deste ano.
Pela legislação eleitoral, só os candidatos de partidos com pelo menos cinco parlamentares têm participação garantida nos debates, sendo que a inclusão de mais nomes no programa fica a cargo de cada emissora. Para driblar esse empecilho, há um movimento de seus apoiadores nas redes sociais para que ele seja convidado para os debates eleitorais. Em menos de um mês, o abaixo-assinado criado com esse objetivo já superou a marca de 600 mil assinaturas até a tarde desta sexta. A meta é, segundo a organização do abaixo-assinado, é atingir 1 milhão de assinaturas.
Embora ainda seja um nome desconhecido por boa parte do eleitorado, o candidato "nanico" atingiu a marca de 3% das intenções de voto no cenário espontâneo da pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (31). O resultado representa uma oscilação positiva de 2 pontos percentuais em relação aos níveis registrados nas últimas 12 semanas. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
No sábado (1), será a vez de Henrique Meirelles, candidato à presidência pelo MDB, participar do Jornal Nacional.
Álvaro Dias e Vera Lúcia
Os presidenciáveis Álvaro Dias (PODE) e Vera Lúcia (PSTU) também tiveram direito a um minuto de entrevista. Dias mostrou seu programa de governo e disse ter "mais de 200 páginas de propostas com o objetivo de colocar mais dinheiro no bolso do povo sem deixar ninguém pra trás". Também defendeu a redução da carga tributária, o reestabelecimento da autoridade e maior controle de fronteiras para impedir a passagem de drogas e armas.
Vera disse que uma de suas prioridades será "revogar todas as leis feitas contra a classe trabalhadora brasileira", citando a reforma trabalhista, redução da jornada de trabalho sem cortes nos salários para permitir a abertura de novas vagas. A candidata também defende que o governo não pague a dívida pública. "Mais de 40% do orçamento vai direto para os cofres de 5 bancos", afirmou.
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