Após sancionar o Orçamento deste ano com previsão de criação da CPMF, a presidente Dilma Rousseff, que está com a popularidade baixa, passou a ser alvo de mais críticas. Ela terá que lidar agora com a pressão de entidades de classe que resolveram começar um movimento contra as propostas de criação e aumento de impostos que o governo pretende levar adiante.
Um manifesto assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) faz crítica direta ao comportamento político de Dilma.
“Uma campanha eleitoral serve, no mínimo, para que o candidato apresente um programa de governo e com ele se comprometa publicamente em implementar. A presidente Dilma Rousseff não tratou de aumento de carga tributária ou de criação de tributo durante a sua campanha eleitoral”, afirmam as entidades no texto que o Blog teve acesso.
As entidades apontam ainda que “falta legitimidade política para a Presidência propor medidas que aumentem a carga tributária no Brasil, seja criando a CPMF ou aumentando a alíquotas dos tributos existentes”. Na conclusão, o grupo convida a sociedade a se manifestar contra o governo. “As entidades conclamam a sociedade e as forças políticas a pronunciarem um rotundo não a qualquer aumento da carga tributária".
Veja a íntegra da nota:
Manifesto contra a criação ou aumento de tributos e pelo cumprimento dos compromissos do governo apresentados pela Presidente da República em seu programa de campanha eleitoral
Uma campanha eleitoral serve, no mínimo, para que o candidato apresente um programa de governo e com ele se comprometa publicamente em implementar.
A presidente Dilma Rousseff não tratou de aumento de carga tributária ou de criação de tributo durante a sua campanha eleitoral.
As entidades que subscrevem esse manifesto vêm apresentar a sua firme convicção no sentido de que falta legitimidade política para a Presidência da República propor medidas que aumentem a carga tributária no Brasil, seja criando a CPMF ou aumentando a alíquotas dos tributos existentes.
As entidades compreendem que o equilíbrio das contas públicas será encontrado com os cortes de despesas e com o incremento da atividade econômica, com a redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva.
A manutenção do emprego dos brasileiros deve ser realmente a prioridade do governo e o aumento da carga tributária em nada colabora para alcançar tal propósito.
As entidades que subscrevem a presente, com a legitimidade de quem sempre se põe a serviço do Brasil pela estabilidade democrática e pelo respeito às instituições, conclamam a sociedade e as forças políticas a pronunciarem um rotundo não a qualquer aumento da carga tributária no Brasil.
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