Após a decisão do Banco Central de manter os juros em 14,25%, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão se sentir estimulados a continuar fazendo pressões por mudanças na política econômica.
Como Lula disse nesta quarta-feira (20) na entrevista a alguns blogueiros, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, "precisam anunciar medidas que estimulem o crescimento".
Mesmo que o Banco Central tenha tomado a decisão de manter os juros por razões técnicas, a impressão que ficou é que o órgão cedeu às pressões, fortalecendo assim o grupo liderado pelo ex-presidente.
A ideia do PT e de Lula é estimular o crescimento através do aumento do crédito. O problema é que há pouca procura por crédito neste momento de crise econômica extrema.
O governo está sem possibilidades de usar recursos públicos para forçar um aumento do consumo, porque a arrecadação voltou a cair. Esse mesmo governo tem dito que é preciso aumentar impostos.
Quando os tributos sobem, há menos recursos para investir ou consumir. Na entrevista aos blogueiros, Lula propôs aumento do investimento público. Mas com arrecadação menor não poderá haver a ampliação dos investimento.
A tensão entre o PT e o governo deverá continuar porque o partido se sentiu fortalecido pelas declarações do ex-presidente e pela mudança de rota na última reunião do Copom.
No entanto, o governo está sem meios de atender concretamente a esta demanda, mesmo que concorde com ela, avaliam economistas ouvidos pelo Blog.
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