O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem estudando há algum tempo a hipótese de se colocar mais claramente como pré-candidato à Presidência da República.
Ele já discutiu o assunto com lideranças do PT e com interlocutores que o ajudam a analisar o quadro político. Há argumentos para que ele entre em campo e outros contrários à iniciativa.
O próprio Lula, de acordo com esses interlocutores, teria receio de virar um alvo ainda maior "da oposição e da mídia". E também de enfraquecer a autoridade da presidente Dilma Rousseff.
Os que defendem que ele se lance pré-candidato argumentam que Lula já é alvo tanto de parte da mídia quanto da oposição, justamente pela certeza que os adversários têm de que ele concorrerá à sucessão de Dilma em 2018. Ou seja, o ex-presidente tem o ônus de ser candidato está sempre na mira, mas não tem o bônus, que seria viajar o país "vendendo esperança", diz um petista.
Já sobre a possibilidade de uma pré-candidatura atrapalhar Dilma, interlocutores dizem que não há como enfraquecer um governo que já se mostra muito fragilizado. Ou seja, pior do que está não fica. "Ele é muito mais cuidadoso com a Dilma do que ela com ele", afirma um lulista que já participou dos debates no Instituto Lula.
Lula já ensaiou avançar algumas casas quando deu entrevista a uma rádio de Minas Gerais, há cerca de um mês. "Se for necessário, eu vou para a disputa", afirmou.
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