O que vocês lerão abaixo é uma verdadeira bomba atômica. O depoimento do engenheiro Francisco Carlos de Azevedo Oiring à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, dado na última terça-feira (30), põe em xeque a milionária campanha eleitoral tucana e a própria Justiça Eleitoral, que não investigou como devia a prestação de contas do prefeito eleito José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior.
Chico Oiring, como é conhecido em Taubaté, conta detalhes dos bastidores da campanha milionária de José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior (PSDB), eleito prefeito desta urbe no segundo turno das eleições municipais do ano passado.
A prestação de conta da campanha de Ortiz Júnior revela a forma como o dinheiro foi tratado ao longo de 2012 na lavanderia tucana: o possível doador recebia integralmente o valor depositado, numa operação bem urdida para lavar dinheiro.
Entre os doadores estão nomes como o do secretário de Segurança do município, coronel Athaíde do Amaral (doador de R$ 9 mil e R$ 6 mil), Erich Leite, presidente do DEM, R$ 3,5 mil), Jean Soldi Esteves (R$ 3 mil), atual secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, teriam feito as doações com dinheiro da própria campanha.
Aparece na lista de doadores funcionários da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) como Chris Antonio Porto Siqueira Vieira, o engenheiro Heitor Correa Filho(R$ 9mil e R$ 1,5 mil, respectivamente) e Johnny Roberty Bibe de Souza Oliveira (R$ 9 mil e R$ 1,5 mil).
Parentes de Ortiz Júnior não poderiam faltar entre os “doadores”. Estão lá José Bernardo Ortiz (pai), Jandira Ortiz (mãe), Marcus Vinicius Ortiz Querido (primo), João Roberto Ortiz Monteiro Neto (irmão) e Paulo Ribeiro Perrota Júnior (sogro).
Há também empresas “doadoras” como a Rack 95 (R$ 5 mil), SX Veículos (R$ 2,4 mil), Only Entretenimento (R$ 15 mil), P. Alcântara Correa (R$ 8.580,00), e outras.
O detalhe é que todos os “doadores” receberam de volta o valor depositado. Está tudo declarado na prestação de contas do tucano, que afirma ter gasto em campanha modestos R$ 1.508.625,83.
O engenheiro Chico Oiring estima que só a produção do programa do horário eleitoral gratuito teria custado a bagatela de R$ 2,5 milhões só no primeiro turno. Pela riqueza do programa de televisão, produzido por profissionais competentes e com, materiais de última geração, a campanha tucana custou bem mais do que o que foi decvlarado na prestação de contas.
Aqui, o depoimento corajoso de Chico Oiring.
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