GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Especialista explica a reação do corpo ao inalar à fumaça de incêndio.


Sobre a tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria/RS, alguns especialistas explicaram o ocorrido em reportagem para o "Fantástico", da TV Globo, nesse domingo (3). Segundo o que foi revelado pelos bombeiros, mais de 90% das vítimas haviam falecido devido intoxicação respiratória e os especialistas explicaram como isso ocorreu.

Durante a respiração, o ar (oxigênio) entra pela boca ou nariz, tem sua passagem pelatraqueia, brônquios, até sua chegada aos alvéolos (que ficam no final dos pulmões). Nesse processo, através dessas células, ocorrem as trocas gasosas, que consiste na entrada do oxigênio (inspiração) no sangue e a retirada do gás carbônico (expiração)e ocorre muito rápido, com duração menos que um segundo. 

Mas se ocorre à inalação da fumaça, essa substancia faz o mesmo trajeto do oxigênio(boca/nariz – traqueia - alvéolos), demorando o mesmo tempo para chegar aos pulmões. A primeira reação do corpo é entrar em ação para combater essas substâncias tóxicas. Isso acontece porque as células de defesa começam a liberar enzimas, só que nessa defesa acabam atacando as próprias células do pulmão, onde estão as substâncias tóxicas. Isso faz com que a parede do alvéolo se rompa, fazendo com que haja sangueonde deveria haver ar e isso faz com que não entre mais o oxigênio, levando o indivíduo a morte.

“Dificilmente alguém resistiria mais do que alguns minutos. Três, quatro, cinco minutos já deve gerar uma asfixia, dependendo da quantidade e da temperatura da fumaça já pode ser suficiente para a pessoa perder o sentido e vir a falecer”, explicou o diretor da divisão de pneumologia do Incor, Carlos Carvalho. 

Os especialistas ainda explicaram que, além do fator tóxico, o calor é outro agravante, porque a fumaça quente aumenta os danos nas vias respiratórias. E disseram que os sobreviventes da tragédia que não foram hospitalizados devem ficar atentos aos sinais de irritação, porque podem desenvolver, em até cinco dias, doenças perigosas comobronquiolite e pneumonia. 

“O pulmão demora dias, talvez semanas, para poder sair desse quadro respiratório. A fase aguda demora de uma a três semanas para o organismo se recuperar. Enquanto isso, o organismo precisa ser ventilado muitas vezes de forma artificial na terapia intensiva”,acrescenta Carlos Carvalho.

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