O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, conseguiu fazer com que o PDT reforçasse a tese de permanência dele no governo. A prometida nota de apoio do partido ainda não foi divulgada. Porém, o líder na Câmara, Geovanni Queiróz, garante que o documento será produzido.
“De uma maneira muito uniforme o PDT ratifica o apoio ao ministro Lupi. E colocamos com clareza que a presidenta Dilma tem o nosso apoio independentemente de cargos que ocupemos”, disse o presidente em exercício do PDT, André Figueiredo (CE).
Lupi, que é presidente licenciado do PDT, esteve presente durante todo o encontro que durou cerca de duas horas. Apenas o deputado José Reguffe (PDT-DF) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) se posicionaram contra a permanência do ministro no cargo. "Mantenho o que disse desde o início. Deveríamos ser independentes", disse Reguffe mostrando irregularidades em convênios entre o Ministério do Trabalho e Organizações Não-Governamentais ligadas ao PDT. Há duas semanas, a revista Veja publicou que Lupi viajou em avião cedido por uma ONG.
Defensor de Lupi desde a primeira hora, o líder Giovanni Queiróz afirmou que as denúncias contra o ministro são frágeis e que há problemas com ONGs em outras pastas, como o Ministério da Saúde. Disse ainda que outros ministros também já usaram aviões particulares.
Lupi ganha fôlego
Nos últimos dias, o noticiário negativo contra o ministro diminuiu. Ao mesmo tempo, ele ganhou o apoio de Dilma para ficar no cargo. A reunião de hoje, portanto, serviu apenas para ele garantir o respaldo do PDT para seguir no governo.
Até mesmo lideranças que haviam aconselhado Lupi a sair do cargo voltaram atrás. Entre eles os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Brizola Neto (PDT-RJ). “Acho que, nesse momento, o ministro não deve sair do cargo motivado por denúncias”, afirmou Brizola.
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