RIO - O prefeito Eduardo Paes se reuniu com os presidentes das escolas de samba e representante da Liesa para estudar a melhor forma de contornar a situação e ajudar as escolas que tiveram os barracões atingidos pelo
incêndio na Cidade do Samba. Os presidentes da Mangueira, Salgueiro e Vila Isabel já se comprometeram a ajudar com material e mão de obra. De acordo com o prefeito, todas as escolas vão desfilar. O prefeito sugere que nenhuma escola deve ser rebaixada este ano.
Além do diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, participam Regina Celi, presidente do Salgueiro, Wilsinho, da Vila Isabel, Ivo Meirelles, da Mangueira, Nilo Figueiredo, da Portela, entre outros.
Paes disse ainda que vai buscar todas as formas possíveis, com recursos da prefeitura e parcerias, para ajudar as agremiações:
- Não é simples recuperar. Mas, elas vão entrar na avenida de qualquer jeito. Com a raça da sua gente, da sua força. Já entrei em contato com a empresa que fez a Cidade do Samba para buscar informações e iniciar a obra de reconstrução imediatamente.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, Paes garantiu que a Cidade do Samba começa a ser reconstruída esta semana.
(Veja mais fotos do incêndio na Cidade do Samba)- A Prefeitura vai dar todo o apoio, todo o suporte a essas escolas - afirmou Paes.
Paes, que é portelense, chegou à Cidade do Samba assim que o incêndio foi controlado.
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, que está em Minas Gerais, disse que as confecções dos barracões da Ilha do Governador e da Grande Rio, as escolas mais atingidas pelo incêndio na Cidade do Samba, estavam bastante adiantadas. Castanheiras ressaltou, em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, que, a um mês do carnaval, a perda é "sem tamanho". De acordo com ele, o investimento de cada escola gira em torno de R$ 5 a R$ 7 milhões:
- O problema não é só financeiro, é o tempo de se reconstruir tudo.
- Acredito que nenhuma delas pode ser penalizada e julgada como as demais. A Grande Rio perdeu tudo, por exemplo, então não é justo que essas escolas sejam avaliadas como as outras que nada sofreram. Acho que uma solução para o público que assiste ao carnaval, e quer ver o desfile dessas escolas, é que os componentes apareçam para desfilar, mesmo que apenas usando uma camisa da escola que representam. Mas todas deveriam passar pela avenida como hors-concours, sem estarem na disputa.
Na Cidade do Samba funcionam 14 barracões. Na parte de baixo ficam as alegorias, e na parte de cima, as esculturas e fantasias. Segundo Castanheira, o horário em que começou o incêndio, às 7h15m, é quando muitas pessoas chegam para trabalhar.
- Temos brigada de incêndio, toda a estrutura necessária. Não temos notícias de pessoas que tenham ficado presas nos barracões. O prejuízo, se Deus quiser, será só material. É um momento muito difícil para o samba - afirmou Castanheira.
Um comentário:
Carnaval, normalmente, é apenas em fevereiro
Mas para quem vive disso, é trabalho o ano inteiro
São milhares de alegorias, enfeites para aprontar
Para no desfile aguardado, cada escola se apresentar
Em 2011 a história será diferente para algumas delas
Momento triste para Grande Rio, União da Ilha e Portela
Grande incêndio nos galpões onde tudo era produzido
Deixou trabalho de um ano inteiro a cinzas reduzido
Para quem não sabe, carnaval é como futebol em campeonato
Sempre tem campeão e vice, mas há também um rebaixado
Como é natural que as atingidas não terão como competir
Bom senso elogiável: nenhuma escola rebaixada vai existir
Integrantes vão para a avenida com o que puder
É orgulho pela escola. Estão lá pro que der e vier
E por mais que se lamente o prejuízo que se deu
A alegria do carnaval está viva: não se perdeu
As autoridades ainda não tem uma justificativa razoável
Para o bombeiro, é falha humana e material inflamável
Nenhuma morte apesar do fogo e fumaça a perder de vista
O enredo da União parecia adivinhar: é “o mistério da vida”
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