RIO - Funcionários dos barracões da Cidade do Samba atingidos pelo fogo relatam que os sprinklers (chuveirinho ativado pelo fogo) não funcionaram durante o incêndio. Segundo um deles, o sistema está parado há dois anos. De acordo com outra pessoa que trabalha no local, que prefere não se identificar, quando as escolas apresentam algum problema, como um princípio de incêndio, é preciso ligar para Liesa, que aciona manualmente a bomba de água do barracão ameaçado. A assessoria de imprensa da Liesa negou o problema. (Veja mais fotos do incêndio)
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Todas as partes superiores dos quatro barracões atingidos pelo incêndio foram comprometidas e serão demolidas, segundo informou a Defesa Civil. O comandante geral do corpo de Bombeiros, Pedro Marco Cruz Machado, informou que o incêndio está controlado, e que agora há pequenos focos. Ele informou que nos barracões atingidos havia brigadas de incêndio, que conseguiram utilizar todos os hidrantes.
- A estrutura da Cidade do samba foi muito importante para o combate ao fogo. A perícia ainda vai avaliar se houve falha no sistema.
Machado, no entanto, criticou uma churrascaria que estava dentro do barracão da Portela, já que o local estava cheio de produtos inflamáveis.
Segundo o tenente coronel Alexandre Rocha, do Corpo de Bombeiros, este ano ainda não havia ocorrido a vistoria anual da corporação no local.
Um grande incêndio na Cidade do Samba, na manhã desta segunda-feira, destruiu o barracão da Grande Rio e da União da Ilha, além de parte do barracão da Portela e da sede da Liesa. A Grande Rio informou que perdeu quase todo o material para o desfile este ano. O prejuízo da escola foi calculado em R$ 10 milhões.
O prefeito da Cidade do Samba, Aílton Guimarães Jorge Júnior, informou que provavelmente o fogo partiu de uma das escolas atingidas e não do barracão da Liesa, onde haveria pouco material inflamável, incapaz de provocar um incêndio daquelas proporções. A princípio, a informação é de que o fogo teria começado no barracão da Ilha, embora a escola negue.
Guimarães Júnior disse ainda que a Cidade do Samba tinha pelo menos dois brigadistas no local do incêndio e que cada escola mantém brigadistas também.
Em seu blog, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, informou que a Cidade do Samba tem um sistema de reaproveitamento de águas de chuva, composto por dois reservatórios com capacidade para 300 mil litros cada. O sistema fornece água para limpeza interna e externa e para combate a incêndio. Segundo o ex-prefeito, o sistema de combate a incêndio inclui mais de 7 mil sprinklers distribuídos em todos os barracões. E os perfis metálicos das estruturas dos prédios possuem uma proteção especial anti-fogo, garantindo ainda mais segurança na confecção dos materiais.
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