Imagem de uma torre de fumaça em Nova York tirada desde a ponte de Brooklyn // Efe
Imagem de uma torre de fumaça em Nova York tirada desde a ponte de Brooklyn


Dez anos se passaram desde a fatídica cena na qual o terror sacudiu os Estados Unidos dentro de suas fronteiras, uma amanhã que uma década depois mudou o mundo e que marcou o começo do século XXI.
O medo é o principal fator que, desde os ataques de 11/9, se incrustou no núcleo da sociedade. Primeiro, e com mais força, foi nos EUA, mas depois se expandiu pela Europa por conta dos ataques dentro de alguns de seus países como Espanha e Reino Unido. Para contrastá-lo, basta revisar como os controles de segurança nos aeroportos de todo o mundo forma reforçados, e como agora as pessoas percebem com normalidade essas exaustivas medidas.
"Agora existe um maior medo em relação ao terrorismo. A ameaça foi exagerada, o que aumentou nossa paranoia. Uma razão é que nossos líderes utilizaram a ameaça terrorista para gerar apoio para temas que não estão relacionadas com ela, como a Guerra do Iraque e o aumento das despesas de Defesa", assegura Benjamin Friedman, pesquisador em temas de Defesa e Segurança Nacional do Cato Institute, em Washington.
A professora Nikole Hotchkiss, da Faculdade de Sociologia no Kenyon College, de Ohio, opina: "Em linhas gerais quem vive nos países desenvolvidos tem mais medo depois do 11/9. Acho que mudou nossa consciência sobre o terrorismo, em particular sobre a existência de grupos extremistas islâmicos. Nossa paranoia aumentou a respeito de certos grupos".
O inimigo
Os ataques de 11/9, perpetrados pelo grupo extremista Al Qaeda, satanizaram os muçulmanos e árabes no mundo ocidental. De acordo com o artigo "The Expulsion From Disneyland" ("A expulsão da Disneylândia"), publicado pela Associação Americana de Psicólogos (APA, na sigla em inglês), "quando os responsáveis não podem ser castigados diretamente, as pessoas atacam alvos que percebem ser similares, em algum aspecto, a quem cometeu o ataque".
Estes especialistas também analisam o impacto dos ataques de 11/9, uma década após ocorridos e afirmam que, segundo uma pesquisa realizada em 2010 pela instituto Gallup "43% dos americanos aceitaram ter um 'pequeno' preconceito em relação aos muçulmanos, e 53% reportaram uma visão desfavorável da fé islâmica".