O procurador Lauro Coelho Júnior, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, frisou que a grave crise econômica que o Rio enfrenta é resultado da corrupção. “O caso revelado hoje é um exemplo clássico que retrata os efeitos avassaladores da corrupção para o Rio de Janeiro. Hoje, vemos claramente que falta o mínimo para a população nas áreas da saúde e segurança”, disse durante coletiva de imprensa sobre a 37ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral. “Essas investigações precisam ser levadas até o fim, doa a quem doer”, completou.
Já o procurador Eduardo El Hage, também do Rio, fez um apelo para que a sociedade fique atenta aos “retrocessos” que podem atrapalhar as operações que investigam esquemas de corrupção envolvendo recursos públicos. “Não podemos permitir que a corrupção se perpetue. Temos de avançar no combate à corrupção, não retroceder”, disse Hage, referindo-se à manobra dos parlamentares para aprovar a anistia do caixa dois. “A sociedade deve voltar os olhos para o Congresso Federal e acompanhar atentamente o debate e a votação do pacote das Dez Medidas [Contra a Corrupção, proposto pelo próprio MPF]”, completou.