GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 21 de junho de 2014

Cartas de Buenos Aires: Brasil e Argentina: amor, ódio e futebol

Esta semana, torcedores chilenos e argentinos protagonizaram uma cena hilária na entrada do Fifa Fun Fest, em Copacabana: uma briga sem violência de torcidas que lembrou bastante um barraco nas gincanas escolares. De um lado, argentinos alcoolizados inebriados de fervor anti-chileno. Do outro, chilenos respondiam de forma organizada às provocações. Por último, chegaram os torcedores americanos, totalmente perdidos, como se tudo fosse festa. As imagens causaram furor na internet. Esta é a Copa do Brasil, cheia de latino-americanos, times de primeira viagem se dando bem, brasileiros como coadjuvantes, argentinos dominando Copacabana.

É também a Copa na qual nos perguntamos da onde surgiu essa rivalidade Brasil-Argentina.

A verdade é que as querelas com a Argentina são bem maiores do que conosco. Os chilenos e os ingleses estão aí para atestar.

Não se sabe exatamente como começou, mas argentinos implicam, e a esse ponto a recíproca já virou verdadeira, com os chilenos. O que é certo é que a Argentina e Chile têm disputas territoriais desde a época de colônia e que Pinochet deixou passar o exército inglês que encaçapou os argentinos na invasão das Ilhas Malvinas em 1982. De lá para cá, os chilenos são alvo de certa xenofobia argentina. Problemas futebolísticos? Zero.

 

Já a briga com os ingleses é um coquetel molotov político que espirrou no futebol. “Pirates go home”, dizem os argentinos. E foi com o gol de mão (La mano de Dios) que Maradona mandou os piratas para casa na Copa de 1986.

Com os uruguaios, a coisa também não é menor pois a rivalidade futebolística se equipara à nossa e qualquer encontro entre as duas seleções é uma espécie de Fla x Flu regional.

E nós que perdemos para os uruguaios em casa? Isso sim é medo e delírio no Maracanã. Ainda assim, continuamos com temor mesmo é da Argentina.

É difícil separar os mitos da realidade. Dizem que os argentinos se referiam aos brasileiros como “macaquitos” durante os jogos. Nada comprovado.

No entanto, é apenas em 1974 que Brasil e Argentina se enfrentaram em uma Copa do Mundo, pela primeira vez. Ali demos motivo: eliminamos a Argentina.

Na Copa seguinte, as seleções voltaram a se encontrar: 0 X 0. Em 1982, ganhamos de 3x1. Nós os enfrentamos em uma Copa do Mundo, pela última vez, em 1990, quando perdemos.

De lá para cá, são 24 anos. Quase um quarto de século sem um confronto cara a cara numa Copa do Mundo! Ainda assim, são 24 anos de implicâncias e piadinhas. Agora há a possibilidade de enfrentá-los no Brasil, o que, matematicamente falando, abre a chance de (sinal da cruz três vezes no peito) perder.

Quem aguenta mais 25 anos de rixa?

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