Trinta anos se passaram desde que Meredith Baxter e Michael Gross foram apresentados aos telespectadores como os ex-hippies Elyse e Steven Keaton. Como a mãe e o pai do jovem republicano Alex P. Keaton (Michael J. Fox) em "Caras e Caretas" (1982-1989), eles se tornaram os pais ideais para a geração que atingiu a maioridade na década de 1980.
Hoje em dia eles não parecem muito diferentes. Aos 65 anos, Gross tem menos cabelo, o qual está praticamente branco. Baxter, mesma idade, tem poucas linhas de expressão ao redor dos olhos.
Contudo, enquanto vão ficando à vontade nas cadeiras de um restaurante a céu aberto no histórico Chateau Marmont, hotel acima da Sunset Boulevard em Los Angeles, pouca coisa mudou em sua dinâmica. Eles continuam amigos íntimos. Ele fala mais, ela solta as piadas. Embora as vidas reais sejam completamente diferentes, eles ainda perfazem um casal verossímil.
É justamente isso que eles representam no Hallmark Channel na fantasia natalina "Naughty or Nice", programada para estrear no dia 24 de novembro. Eles interpretam os pais de uma jovem (Hilarie Burton) que acha por acaso o livro relacionando os garotos bonzinhos ou malcomportados do Papai Noel. Para saber se as pessoas estão mentindo, ela só precisa folhear as páginas.
"Todos nós gostaríamos de ter o poder de saber quem é ruim ou bom de verdade", disse Gross. "Queria que a história não fosse ficção."
"Quero muito saber quem são os bons e os maus", concorda Baxter. "Não sou boa para julgar o caráter das pessoas. Assim, gostaria de ser capaz de confiar nos meus instintos, mas, infelizmente, eles não são grande coisa." A atriz deve estar provavelmente se referindo aos três casamentos fracassados, com Robert Lewis Bush, de 1966 a 1971, com o ator David Birney, de 1974 a 1989, e o roteirista Michael Blodgett, entre 1995 e 2000. Ela tem cinco filhos e três netos.
"Eu contei para você que, se me ligasse contando que iria se casar novamente, eu ia pôr sua cabeça a prêmio?", indaga Gross.
Os dois riem.
"Talvez você tenha essa chance", diz Baxter, que se anunciou lésbica em 2009. "Depende da Suprema Corte."
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