GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 18 de novembro de 2012

Antibióticos são dádivas a serem manuseadas com cuidado

Antibióticos são dádivas a serem manuseadas com cuidado


Devo começar dizendo da forma mais clara que eu puder que amo antibióticos. Recentemente jantei com uma amiga pediatra, e ela me contou a história da criança mais doente que atendeu naquele dia. Antes de ela enviar a criança ao pronto-socorro em uma ambulância, ela me disse que lhe deu 50 miligramas por quilograma de ceftriaxona, um antibiótico poderoso.
"Você provavelmente salvou sua vida", disse eu, e minha amiga concordou; isso é bem possível.
Os antibióticos representam um enorme presente na luta contra a mortalidade neonatal e infantil, uma dádiva (ou, na verdade, muitas dádivas) do engenho humano e da ciência sobre a doença e a morte, desde que a era dos antibióticos começou na quarta e quinta décadas do século 20.
Mas uma nova pesquisa está examinando algumas questões sobre os complexos efeitos dos antibióticos – nas bactérias, em cada criança e sobre a população –, desenvolvendo uma consciência muito maior de quão poderosos os antibióticos podem ser e como é importante usá-los criteriosamente.
Ao longo dos últimos 15 anos ou mais, estimulados por novas percepções – e novos temores – sobre os riscos da criação de bactérias resistentes, os pediatras nos Estados Unidos reduziram drasticamente a prescrição de antibióticos em situações em que eles podem não ser necessários. E os pais tornaram-se menos propensos a exigi-los.
"Tem sido realmente uma mudança notável na prática, desde meados dos anos 90", disse o Dr. Jonathan Finkelstein, pediatra do Hospital Infantil de Boston que estuda o uso de antibióticos e resistência a antibióticos, "e nós fizemos isso com médicos e pacientes reconhecendo que os antibióticos são bastante eficazes, seguros, mas não é como um almoço grátis e, como com qualquer outra decisão médica, temos que pesar os riscos e benefícios de cada tratamento".
Nenhum antibiótico é necessário para infecções respiratórias superiores – resfriado, tosse, coriza – que são causadas por vírus. Houve muita discussão sobre se infecções de ouvido devem ser sempre tratadas com antibióticos ou se em algumas situações (crianças mais velhas, menos doentes) a "espera vigilante" pode ser mais apropriada – mas também é verdade que muitos de nós nos tornamos relutantes em diagnosticar infecções de ouvido em casos menos severos.

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