GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Homofobia e religião acirram eleições no Rio Liberdade religiosa e homofobia entram na campanha no Rio

Ataque de Garotinho a Paes provoca crise na equipe de Rodrigo Maia

As críticas feitas pelo ex-governador Anthony Garotinho (PR) ao apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que disputa a reeleição, a políticas de defesa dos direitos dos homossexuais no programa eleitoral de TV do candidato do DEM a prefeito do Rio, Rodrigo Maia, direcionaram a corrida ao Palácio da Cidade para dois temas que pautaram eleições majoritárias anteriores: religião e homofobia. Em participação no programa de TV de sexta-feira passada, Garotinho afirmou que Paes concede apoio aos homossexuais e, depois, "vai para igrejas evangélicas e diz: "Glória a Deus! Aleluia". Isso é fingimento, hipocrisia". A declaração levou a uma crise na campanha de Rodrigo, que perdeu um dos principais integrantes do núcleo político-administrativo: Marcelo Garcia, que integrou o secretariado do ex-prefeito Cesar Maia.

O posicionamento de Garotinho repercutiu negativamente entre movimentos religiosos e contra homofobia. Sua participação no programa do DEM ainda foi criticada por líderes religiosos que participaram, na manhã de ontem, em Copacabana, da V Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa.

O evento, de acordo com os organizadores, reuniu 210 mil pessoas. O candidato do PSOL, Marcelo Freixo, esteve na manifestação e assinou uma carta-compromisso que enumera ações garantindo a liberdade religiosa. Vice na chapa do PMDB, o vereador Adilson Pires (PT) representou Paes. Já os candidatos Otavio Leite (PSDB) e Cyro Garcia (PSTU)enviaram representantes e disseram estar dispostos a assinar o documento.

- Foi uma atitude fascista do ex-governador Anthony Garotinho. Respeito suas convicções religiosas, mas o que ele fez foi demonizar ações de pessoas que não seguem a religião dele. O ex-governador esquece que o Estado é laico. Ele, como político, deveria combater a homofobia e defender a liberdade religiosa - afirmou Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.

Garotinho fala em lavagem cerebral

Garotinho se defendeu das críticas em seu blog. "Olha, eu sei que existem pessoas que por conta da lavagem cerebral da mídia acham que eu tenho alguma coisa contra os homossexuais, isso porque quem não vai às paradas gays ou bate palmas é considerado homofóbico. Sim, porque fui eu o primeiro governador do Brasil a criar um Disque-Denúncia Homossexual (DDH) justamente para defendê-los da discriminação e da violência."

Responsável pela idealização do plano de governo de Rodrigo Maia, Marcelo Garcia afirmou ontem que comunicou sua saída da campanha do DEM logo após ver o programa de TV, na noite de sexta-feira. Segundo ele, nos 47 segundos que Garotinho atacou os homossexuais, o deputado descumpriu acordos firmados entre o DEM e o PR para que fosse viabilizada a aliança entre Rodrigo e Clarissa Garotinho.

- As reuniões aconteceram na minha casa. Deixei claro que a homofobia não seria tolerada. Ele usou um espaço precioso na TV, que deveria ser utilizado para mostrar propostas para os eleitores, e não para abordar questões que não dizem respeito à campanha. Eu não poderia ter outra atitude, a não ser deixar a campanha. Não quero caminhar em direção à lama para onde Garotinho caminha - disse Garcia, amigo do pai de Rodrigo, o ex-prefeito Cesar Maia.

O prefeito Eduardo Paes preferiu não comentar as agressões de Garotinho, assim como a coordenação de campanha de Rodrigo.

Nenhum comentário: