GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Diploma de jornalismo


“O fato de obrigar um profissional da imprensa a ser formado em jornalismo não fere o direito de outros à liberdade de expressão”
Mais uma vez a obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo está em pauta. Desta vez o Senado aprovou a emenda que retorna com o curso superior obrigatório para quem quer exercer a profissão. Agora, o projeto vai para Câmara dos Deputados.
Lendo algumas opiniões sobre o assunto, gostaria também de fazer algumas colocações.
Primeiramente, quando se discute esta obrigatoriedade ou não, os juízes ou políticos do contra, que não entendem nada da profissão, colocam a liberdade de expressão como fator fundamental para cair o diploma. Gostaria de explicar estes dois pontos, que considero distintos. O fato de obrigar um profissional da imprensa a ser formado em jornalismo de maneira alguma está ferindo o direito de outros à liberdade de expressão. 

Considero livre aquele que pode em praça pública expor qualquer pensamento ou ideia, mesmo que política, como também escrever em panfletos ou até em livros, blogs e colunas de jornais. Para isso que os veículos impressos possuem articulistas. 
Não podemos comparar o direito ao exercício da profissão diplomada com a liberdade de expressão, pois um jornalista formado vai muito além desta liberdade, que também se deve ter, pois é um cidadão como outro qualquer. 
Outro argumento do contra, fala de que um jornalista pode ser outro profissional qualquer, como médico, advogado, economista. Também discordo desta linha. Um texto jornalístico, em uma parte do jornal que trata de informação a leitores que vão de leigos a intelectuais, não pode ser meramente específico em um tema. Um veículo de comunicação deve atingir todos os cidadãos por igual.

Textos jurídicos, com leis, só serão entendidos por advogados, assim como de médicos e outras profissões semelhantes. O que o jornalista formado neste caso faz ao se deparar com estes textos ou informações científicas ou jurídicas é justamente reescrever ou editar as informações de uma forma que todos possam entender. Esta é a diferença em se estudar e obter a formação para esta escrita. No final o jornalista é aquele que, sabendo um pouco de tudo, deve generalizar e explicar àquela informação de forma clara e leiga.
Mais do que discutir a queda de um diploma, deveria é debater os cursos em questão, talvez até reduzi-lo de quatro para três anos, e o quarto estágio obrigatório em redações, mas com certeza deixá-lo obrigatório, para garantir a qualidade de informação nos veículos de comunicação.  Não somente de jornalismo, mas de todas as profissões. Precisamos é de qualidade no ensino e adequá-lo sempre a realidade do mercado que vive em expansão, principalmente com a tecnologia existente no mundo virtual.

E como o médico, o jornalista também necessita estar sempre “estudando” e se aperfeiçoando com as novidades. É assim em qualquer profissão. Como é com todos os profissionais recém-formados adquirir experiência e “aprender” de fato o ofício no cotidiano seja de um hospital ou uma redação de jornal.
Por fim, o que ainda considero injusto nesta discussão é que na turma do contra estão empresários, ou seja, proprietários de veículos de comunicação, que na verdade podem estar querendo acabar com a obrigatoriedade do diploma para baixá-lo a um curso técnico e consequentemente o piso salarial e a cultura da classe, que sem formação pode facilmente aceitar tudo. Sendo assim, não é a qualidade da informação que está em discussão, mas o interesse de alguns. 

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