GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Trafegar pela Estrada de Castelhanos exige cuidados e perícia

Parte do trecho ainda aguarda serviços de manutenção ou a colocação de cascalhos; em dias chuvosos o trajeto é considerado perigoso até para quem está acostumado

A Rodovia SPA-004/131 dá acesso a um local considerado um dos mais belos do Brasil, a Baía de Castelhanos. Mas para chegar até lá, é preciso percorrer um trecho de aproximadamente 22 quilômetros dentro do Parque Estadual de Ilhabela (PEIb), ou cerca de 1h30 de ‘chão’. Esta via, que serve à comunidade tradicional e a turistas, conta com mais de 35 anos de existência e hoje, se encontra em meio a uma polêmica. Alguns buscam as suas melhorias como forma de levar mais desenvolvimento à vila. Já quem desfruta da paisagem que se desenrola por trechos, quer a preservação. Mas todos são unânimes ao afirma que trafegar pela estrada exige cuidados e perícia.
Está semana a reportagem do Imprensa Livre foi à Baía de Castelhanos e teve a oportunidade de observar a situação de todo o trecho. Nos primeiros quilômetros, até o chamado cume, que fica na cota 770 do PEIb, foi feita a perenização, onde utilizou-se cascalho para deixar a pista mais uniforme com a cobertura dos buracos e pedras.
É importante ressaltar que a estrada tem apenas uma via, por isso, dirigir com cuidado, sem correria, é primordial para a preservação da vida. Há 12 anos levando turistas e frequentando a praia de Castelhanos, o jipeiro Rodrigo Dias de Lima, da Castelhanos Tur, explica que muitas vezes já precisou socorrer aventureiros que desconhecem o trecho e ficam atolados, com veículos quebrados, ou mesmo ajudar turistas que encaram o trecho íngreme e de descidas acentuadas para chegar à praia.
Um caso foi registrado esta semana, quando dois homens pedalaram mais de três horas para chegar à praia e no retorno estavam cansados para subir a ladeira. O sol estava há menos de uma hora para se por. O jeito foi dar uma carona no jipe até o cume, de onde puderam pedalar à vontade até retornarem à cidade.
Uma das histórias que conta aos turistas é de um Maverick que caiu em uma ribanceira na década de 80 e que os frequentadores da rodovia afirmam ter pertencido ao cantor Raul Seixas. “Lógico que é uma lenda, mas ele frequentava muito essa praia e a história pegou”, conta sorrindo.
Mas quando o assunto é sério, a segunda parte da viagem até a praia é considerada a mais crítica porque está sem manutenção. Qualquer chuva ou vento forte derrubam árvores no leito carroçável reduzindo ainda mais o espaço para tráfego. Pedras grandes no chão, vários cursos d´água ao longo do trecho, barrancos rentes são alguns dos problemas enfrentados.
Uma das preocupações da comunidade e trade turístico é que ocorra situação semelhante ao verão 2010/2011 quando a estrada ficou fechada em plena temporada por falta de condições de acesso.
Por isso, o clamor de quem depende dessa única via para chegar ao extremo leste de Ilhabela é pela melhoria da estrada. “Mas não queremos que ela seja pavimentada porque senão vai acabar com a nossa comunidade”, disse a moradora e comerciante Vivian Gonçalves de Souza, 35 anos.
Esta também é a postura da vice-presidente da Associação de Pescadores de Castelhanos, Angélica de Souza, que esta semana participou de uma reunião com a Câmara Técnica da Estrada dos Castelhanos, onde foram apresentadas três propostas de melhorias da via, sendo asfalto, piso intertravado de concreto e revestimento primário (cascalho), com a última opção a única aceita.
O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, também esteve no encontro e destacou a necessidade de pavimentar pelo menos a subida da Mãe D´Água, Volta Grande, Sucupira e Subida das Canas. “São os pontos mais críticos e é isso que propomos. Mas, de imediato, cobramos do Estado as melhorias do trecho restante, cujo custo previsto é de R$ 5 milhões”, disse o chefe do Executivo ilhabelense.
A rodovia SPA-004/131 é de responsabilidade do governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e, conforme o prefeito, a administração pública faz a manutenção sempre que possível com os funcionários ou agentes da Defesa Civil.
O Projeto Executivo das Melhorias na rodovia foi feito por técnicos da empresa Roma Engenharia que realizou vistorias de reconhecimento, levantamento topográfico e inicia no momento os estudos geotécnicos para dar prosseguimento ao projeto. Dentre as propostas do projeto está o uso de contenções de pedra para trechos críticos e seção da pista com seis metros de largura.

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