A fabricação do tablet no país deve tornar o produto mais barato para o consumidor brasileiro, já que seriam eliminados os impostos de importação - grandes responsáveis para tornar o produto da Apple vendido no Brasil um dos mais caros do mundo.
A produção vai ocorrer nas cinco fábricas que a Foxconn já possui no país. Terry Gou, magnata da tecnologia que fundou a Foxconn, discutiu o assunto com Steve Jobs, que aprovou o plano de produção no país.
Já o investimento de US$ 12 bilhões é de longo prazo (cinco anos) e depende de contrapartidas do Brasil, disse a Foxconn. Em sua primeira viagem oficial à China, a presidente esteve nesta terça-feira com vários empresários em um seminário de negócios em Pequim, entre eles Gou.
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O empresário chinês disse à presidente que, antes de dar início à empreitada, o Brasil precisa oferecer certas condições, tais como sócios nacionais, uma cidade inteligente que atenda às necessidades do complexo industrial desse porte e outros detalhes de infraestrutura. Ainda não se sabe onde o complexo será instalado.
Embora a Foxconn já possua cinco fábricas no Brasil - em cidades como Jundiaí (SP), Indaiatuba (SP) e Manaus - o novo projeto de Gou é inédito no país. Espera-se que ele empregue cerca de 100 mil funcionários, sendo 20 mil engenheiros.
- Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística - disse Mercadante a jornalistas.
Os displays eletrônicos estão entre os principais componentes dos produtos como celulares, computadores e tablets. Atualmente, as montadoras instaladas no Brasil são obrigadas a importar esses componentes.
Segundo a BBC, os US$ 12 bilhões prometidos pela Foxconn equivalem a quase todo o investimentos chinês no Brasil em 2010, quando o país, de acordo com levantamento da Heritage Foundation, recebeu cerca de US$ 13 bilhões investidores diretos vindos da China.
Histórico de suicídio na China A Foxconn, empresa que produz alguns dos eletrônicos mais populares do mundo (como o iPhone), teve uma onda de suicídios de trabalhadores no ano passado. A empresa fora atingida por uma onda de suicídios de trabalhadores no vasto complexo de Shenzhen - uma verdadeira cidade construída pela empresa onde milhares de trabalhadores dormiam, comiam, trabalhavam e faziam suas compras.
Como resposta ao ocorrido, a empresa anunciou reajustes salariais e o fim do modelo de cidade-fábrica. Ambos os movimentos reduziram as margens de lucro já estreitas da empresa. E os altos preços das commodities contribuíram para isso.
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