GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Forças leais a opositor atacam residência do presidente da Costa do Marfim

Aliado de Laurent Gbagbo circula armado por rua de Abidjã - AFP

ABIDJÃ - Em uma grave escalada dos confrontos na Costa do Marfim, forças leais ao presidente eleito, Alassane Ouattara, atacaram em Abidjã nas primeiras horas desta sexta-feira (horário local) a residência oficial do presidente do país, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder. Um porta-voz de Ouattara disse ainda que as forças do opositor assumiram o controle da TV estatal. Um dia depois de tomarem a capital do país, Yamoussoukro, suas tropas entraram na quinta-feira em Abidjã, que é sede do governo e a maior cidade marfinense.

Mais cedo, Ouattara impôs um toque de recolher em Abidjã e ordenou o fechamento das fronteiras do país. Vencedor das eleições de novembro do ano passado, que tiverem o resultado endossado pela ONU, o opositor conta com o apoio da comunidade internacional contra Gbagbo, que está no cargo desde 2000.
- Sua casa está sob ataque. Isso é certo. Há resistência, mas está sob ataque - disse Patrick Achi, porta-voz do presidente eleito.
Segundo a ONU, foram confirmadas as mortes de 494 pessoas no conflito desde o início do impasse. A crise política também provoca uma grave crise humanitária: ao menos 1 milhão de pessoas tiveram de deixar suas casas em Abidjã.
Governistas e rebeldes se enfrentaram na quinta-feira com armas pesadas na área central da cidade. O conflito se intensificou depois que o grupo de Ouattara fez um novo ultimato e declarou que o atual presidente tinha algumas horas para deixar poder.
"Peço a vocês que sirvam a seu país. É tempo de se unir a seus irmãos nas Forças Republicanas", afirmou Ouattara em um comunicado destinado a encorajar a deserção dos membros das forças de segurança leais a Gbagbo.
Policiais fogem e tropas da ONU tomam controle de aeroporto Moradores disseram que os combates se tornaram pesados perto da TV estatal, a RTI, bem como em bairros no sul da cidade. As forças de Ouattara avançaram rapidamente em Abidjã, vindas de diferentes direções.
Unidades de elite de Gbagbo se posicionaram ao redor do palácio presidencial. Soldados franceses foram deslocados pela cidade para proteger residentes estrangeiros. Um helicóptero de guerra da ONU sobrevoou a área. Tropas das Nações Unidas assumiram o controle do aeroporto local depois que os policiais se retiraram.
Chefe do Estado Maior teria se refugiado na casa do embaixador sul-africano O governo da África do Sul disse que o chefe do Estado Maior do Exército, general Phillippe Mangou, se refugiou na residência do embaixador sul-africano em Abidjã, em um dos maiores reveses à estrutura de poder do presidente. Fontes na área de segurança disseram que alguns dos integrantes da polícia militar se uniram ao campo de Ouattara, mas outros permaneciam leais a Gbagbo.
O governo dos EUA afirmou que Gbagbo se enfraqueceu "significativamente" por causa de deserções e da desintegração de suas tropas. Numa dramática arrancada em quarto dias, as forças pró-Ouattara chegaram a Abidjã depois de tomarem o porto de San Pedro, importante para o escoamento do cacau - do qual o país é o principal produtor mundial -, e de terem capturado a capital, avançando centenas de quilômetros desde o início da semana.

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