GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Travesti faz sucesso apitando jogos de futebol no Ceará

 
O travesti em ação como juiz: mais de cem jogos apitados
 
 


Na televisão só dá eles: é Ariadna, no "BBB11", Nany People, em "A Fazenda", vários personagens nas novelas das sete e das nove... Mas os gays, travestis e transexuais estão dominando outros meios. No Ceará, até o futebol está deixando de ser reduto só de "cabras-machos". Um travesti de Beberibe escolheu uma profissão diferente: árbitro. Valério Fernandes Gama é juiz amador na cidadezinha de 49 mil habitantes, pertinho de Fortaleza.
— Já apito há dez anos. Era goleiro, mas um dia o árbitro faltou e meu treinador pediu para eu apitar. Gostei da coisa e acabei entrando na profissão — conta Valério, de 32 anos, que toma hormônio todo mês pra ficar com corpo feminino.
O juizão, ou juizona, não sofre preconceito no gramado por ser travesti:
— Apito muitos jogos da Liga Municipal de Beberibe. A maioria das pessoas acha bonito eu não ter desistido de fazer o que gosto por causa da minha orientação sexual. Isso é bem aceito na cidade.
A admiração, no entanto, não resiste a um lance polêmico dentro de campo.
— Me xingam de ladrão, coisa normal para um juiz. De v@#$%iado, ninguém nunca me chamou. Se chamassem, eu ia gostar, mas iria ter que expulsar porque a regra não permite. Eu boto moral mesmo.
Se nos campos o preconceito não é forte, dentro de casa a coisa é diferente.
— Me descobri com 10 anos. Minha mãe sempre aceitou. Mas meu pai não. Só tolera porque eu boto dinheiro em casa.
Além de árbitro, Valério trabalha na Prefeitura de Beberibe com um projeto ligado a turismo. Ele diz que nunca se prostituiu.
— Se fico com alguém, é por que eu quero mesmo. Não levo dinheiro para isso — conta Valério, que usa o nome de Laleska Valéria como travesti.
A vida amorosa e o futebol já se encontraram numa situação inusitada. Certa vez, Valério apitou o jogo de um namorado.
— Falaram que eu ia favorecê-lo. Mas tive uma postura profissional. O time dele ganhou, mas foi por mérito. Não teve nenhum lance polêmico... — garante.

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