CUIABÁ - "Um completa o outro", essa é a definição que o frei Erivan Messias da Silva, 50 anos, fez sobre os sentimentos em relação à adolescente de 16 anos que estava com ele em um motel em Várzea Grande, no Mato Grosso. Flagrado pela polícia ao deixar o motel com a garota, o frei foi preso e indiciado por estupro de vulnerável. A pena prevista para este crime é de 8 a 15 anos de reclusão. Na sexta-feira, a Justiça concedeu ao frei o direito de responder ao processo em liberdade.
Em entrevista à TV Centro América, filiada à Rede Globo, o frei Erivan contou que o relacionamento com a adolescente começou depois que a mãe da menina passou a frequentar sua casa, no bairro Ribeirão da Ponte, em Cuiabá. A mãe da jovem auxiliava nos cuidados de um frade que sofreu um acidente automobilístico e morava na casa paroquial. Desde então, mãe e filha passaram a manter contato constante com o religioso. A partir daí, o frei e a adolescente passaram a sair juntos.
- Sempre saímos com a permissão da mãe dela. Íamos à sorveteria, aos shoppings, cinemas. Tínhamos um relacionamento de homem e mulher - diz o frei, insistindo que não havia vínculos religiosos, como aconselhamentos e confissão de pecados.
Mãe e filha frequentavam a paróquia comandada pelo frei, a Nossa Senhora de Guadalupe. Para a polícia, a jovem foi aliciada, pois era órfã de pai e o frei exercia influência sobre ela.
O frei nega e diz não ter cometido crime. Ele alega não ter influenciado a menina e diz que ela "tem maturidade".
- Ela sempre foi consciente do que queria. Apesar da idade, ela não é uma garota fútil ou vazia. Também é muito inteligente e culta - enfatiza o frei.
Os adjetivos, segundo ele, foram os principais atrativos que despertaram os sentimentos em seu coração.
Perguntado sobre o fato de ter escondido os sentimentos, ele admite que o caso não seria bem aceito pela família da menor.
Erivan diz ainda que, pela diferença de idade entre os dois, haveria "preconceito".
O frei diz que os dois estavam namorando há poucos meses e que "ainda era cedo" para assumir o romance publicamente. Ele destaca que, nesse período, não conversaram sobre um possível casamento.
O senhor se arrepende de ter se relacionado com a adolescente? Se eu pudesse voltar atrás, eu não teria tido o relacionamento. Mas nunca me arrependi do meu serviço na igreja e das funções exercidas.
O senhor pretende abandonar a função sacerdotal e assumir este namoro? No momento, ainda não decidi. Estou em fase de reflexão e em busca de um discernimento para saber qual a condição da minha vida futura. Só o tempo dirá. Não tenho contato algum com ela, até porque não posso até o fim do processo. Não sei se ela vai me esperar. Porém, se eu voltar à função sacerdotal não será mais em Cuiabá.
Por que o senhor preferiu manter silêncio durante o depoimento na delegacia após ser flagrado? Foi estratégia diante da orientação do meu advogado.
O carro em que o senhor usava no dia em que foi ao motel era da paróquia? Sempre me foi disponibilizado um veículo pela igreja para uso pessoal. Já estava com o carro faz tempo e usava para os trabalhos da igreja e para passear.
Os líderes da Arqidiocese lhe procuraram para algum esclarecimento? Não. Em nenhum momento recebi apoio, nem mesmo enquanto estava preso algum líder religioso me procurou até o momento. Por outro lado, também não estou magoado com a situação.
Por ter desenvolvido muitos trabalhos na sociedade cuiabana e pelo reconhecimento tido perante os fiéis, o que o senhor tem a dizer para as comunidades, para os membros da igreja? Eu peço perdão. Me perdoem pelo meu erro em ter tido um relacionamento na condição de não poder tê-lo. Também agradeço pelo apoio recebido. Desde o momento em que entrei na prisão, recebi visitas, cartas, mensagens de pessoas que me apóiam, pois, um mar de pessoas se colocou a meu lado. Mas sei que a sociedade é assim. Enquanto você é bom, estão contigo, mas quando falha, muda tudo.
Em entrevista à TV Centro América, filiada à Rede Globo, o frei Erivan contou que o relacionamento com a adolescente começou depois que a mãe da menina passou a frequentar sua casa, no bairro Ribeirão da Ponte, em Cuiabá. A mãe da jovem auxiliava nos cuidados de um frade que sofreu um acidente automobilístico e morava na casa paroquial. Desde então, mãe e filha passaram a manter contato constante com o religioso. A partir daí, o frei e a adolescente passaram a sair juntos.
- Sempre saímos com a permissão da mãe dela. Íamos à sorveteria, aos shoppings, cinemas. Tínhamos um relacionamento de homem e mulher - diz o frei, insistindo que não havia vínculos religiosos, como aconselhamentos e confissão de pecados.
Mãe e filha frequentavam a paróquia comandada pelo frei, a Nossa Senhora de Guadalupe. Para a polícia, a jovem foi aliciada, pois era órfã de pai e o frei exercia influência sobre ela.
Não sei se ela vai me esperar. Porém, se eu voltar à função sacerdotal não será mais em Cuiabá
- Ela sempre foi consciente do que queria. Apesar da idade, ela não é uma garota fútil ou vazia. Também é muito inteligente e culta - enfatiza o frei.
Os adjetivos, segundo ele, foram os principais atrativos que despertaram os sentimentos em seu coração.
Perguntado sobre o fato de ter escondido os sentimentos, ele admite que o caso não seria bem aceito pela família da menor.
Erivan diz ainda que, pela diferença de idade entre os dois, haveria "preconceito".
O frei diz que os dois estavam namorando há poucos meses e que "ainda era cedo" para assumir o romance publicamente. Ele destaca que, nesse período, não conversaram sobre um possível casamento.
O senhor se arrepende de ter se relacionado com a adolescente? Se eu pudesse voltar atrás, eu não teria tido o relacionamento. Mas nunca me arrependi do meu serviço na igreja e das funções exercidas.
O senhor pretende abandonar a função sacerdotal e assumir este namoro? No momento, ainda não decidi. Estou em fase de reflexão e em busca de um discernimento para saber qual a condição da minha vida futura. Só o tempo dirá. Não tenho contato algum com ela, até porque não posso até o fim do processo. Não sei se ela vai me esperar. Porém, se eu voltar à função sacerdotal não será mais em Cuiabá.
Por que o senhor preferiu manter silêncio durante o depoimento na delegacia após ser flagrado? Foi estratégia diante da orientação do meu advogado.
O carro em que o senhor usava no dia em que foi ao motel era da paróquia? Sempre me foi disponibilizado um veículo pela igreja para uso pessoal. Já estava com o carro faz tempo e usava para os trabalhos da igreja e para passear.
Os líderes da Arqidiocese lhe procuraram para algum esclarecimento? Não. Em nenhum momento recebi apoio, nem mesmo enquanto estava preso algum líder religioso me procurou até o momento. Por outro lado, também não estou magoado com a situação.
Por ter desenvolvido muitos trabalhos na sociedade cuiabana e pelo reconhecimento tido perante os fiéis, o que o senhor tem a dizer para as comunidades, para os membros da igreja? Eu peço perdão. Me perdoem pelo meu erro em ter tido um relacionamento na condição de não poder tê-lo. Também agradeço pelo apoio recebido. Desde o momento em que entrei na prisão, recebi visitas, cartas, mensagens de pessoas que me apóiam, pois, um mar de pessoas se colocou a meu lado. Mas sei que a sociedade é assim. Enquanto você é bom, estão contigo, mas quando falha, muda tudo.
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