Hoje é dia de colocar ordem na casa e recomeçar para as escolas atingidas pelo incêndio que ocorreu nesta segunda-feira na Cidade do Samba. Pela manhã integrantes da Grande Rio e da União da Ilha se reuniram para decidir os próximos passos e garantir ao menos a passagem pela Marquês do Sapucaí.
O diretor de carnaval da Grande Rio, Tavinho Novelo, diz que ainda é cedo para afirmar como a escola, que estima suas perdas em 100%, irá se organizar e adianta a produção de três mil roupas, dois carros alegóricos e a criação de um grande mutirão.
– Não há mais tempo para lamentações, a hora é de união para recuperar os 23 anos que ficaram para trás –, resume.
A escola deve recomeçar os trabalhos na quinta-feira, no barracão sete, cedido pela União da Ilha que irá para duas tendas que a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) está construindo entre o barracão sete e a Salgueiro e no estacionamento. A diretoria da Grande Rio também aproveitou para ver com a comunidade se alguém poderia ajudar com ferramentas e material.
Já a União da Ilha, que perdeu 2,3 mil fantasias e estima um prejuízo de R$ 3 milhões, decidiu fazer um redesenho mais simples de todas as roupas perdidas. Para o diretor de carnaval da escola, Márcio André Merhy de Souza, agora é preciso ser objetivo.
– Com o tempo que nós temos não conseguiríamos reconstruir o que perdemos nem com R$ 10 milhões –, diz, ao lembrar que a escola teve sorte por não perder as fantasias de mestre sala e porta-bandeira, guardadas em um atêlie. – Tem fantasia ali que demorou dois meses e custou mais de R$ 120 mil, afirma.
Segundo Márcio André, a escola deve retomar os trabalhos no máximo na segunda-feira, prazo dado pela Liesa para terminar as tendas.
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