RIO - O prefeito Eduardo Paes anunciou, na manhã desta terça-feira, durante a inauguração das obras de construção do Centro Cultural João Nogueira, que as escolas atingidas pelo incêndio na Cidade do Samba terão uma ajuda extra de R$ 3 milhões para que elas terminem as alegorias e fantasias destruídas. A Grande Rio receberá R$ 1,5 milhão e mais R$ 750 mil para a União da Ilha e para Portela. Paes espera obter a soma dos recursos via iniciativa privada. Três empresas já garantiram que vão doar R$ 1,5 milhão, de acordo com informações do Twitter de Paes. O prefeito disse que tem certeza de que novos parceiros surgirão. As empresas ainda não quiseram ter seus nomes revelados. O prefeito afirmou ainda que, se for preciso, completará o valor com aporte público.
O diretor de carnaval da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Elmo José dos Santos, disse que a Liesa vai começar a erguer ainda nesta terça-feira tendas no estacionamento que fica em frente à Cidade do Samba para que Portela e Ilha do Governador possam reconstruir seus carros alegóricos. A Grande Rio ocupará o barracão 7, cedido pela Ilha, que inicialmente ocuparia o local. As tendas ficarão prontas entre três a quatro dias. Até lá, as escolas poderão usar o pátio da Cidade do Samba.
De acordo com Elmo, as agremiações já começaram em suas quadras, em suas comunidades, a confecção de novas fantasias. As escolas coirmãs também já começam a ajudar: muitas estão cedendo chassis para a Grande Rio reconstruir seus carros alegóricos.
- Elas querem passar na Avenida com dignidade. Acho que vai ser o carnaval da emoção. Vai ser um carnaval de chão muito forte - disse Elmo.
De acordo com o diretor, é praticamente certo que o quarto andar dos barracões seja demolido. A empresa Delta, responsável pela construção do complexo, já está na Cidade do Samba isolando a área, mas a demolição ainda depende da autorização dos Bombeiros e da Defesa Civil. Segundo Elmo, o trabalho está incluído na garantia da construção da cidade, que é de 5 anos. A manutenção da Cidade do Samba é de responsabilidade da RioUrbe, empresa da Secretaria Municipal de Obras, segundo o diretor.
Elmo negou as denúncias de que não há brigada de incêndio na Cidade do Samba e de que as bombas são acionadas manualmente. Ele comentou ainda que não há risco da abertura de um precedente para que toda vez que haja um incêndio, ocorra alteração na regra de rebaixamento. O dirigente não quis comentar a solicitação da escola de samba Alegria da Zona Sul, cujo barracão pegou fogo no fim de semana e as chamas destruíram as fantasias de seis alas. A escola protocolou na Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso (Lesga), um pedido para que, a exemplo do Grupo Especial, nenhuma agremiação seja rebaixada no Grupo A este ano.
- É questão da Lesga. Na Liesa, tudo foi acordado em plenária. As escolas assinaram documento para que este ano ninguém caia. Não temo um precedente para que a cada incêndio ocorra isso - disse o dirigente.
- É questão da Lesga. Na Liesa, tudo foi acordado em plenária. As escolas assinaram documento para que este ano ninguém caia. Não temo um precedente para que a cada incêndio ocorra isso - disse o dirigente.
Deputado quer que Comissão Especial acompanhe as investigações O deputado Dionísio Lins (PP) vai encaminhar nesta terça-feira à Mesa Diretora da Alerj um ofício pedindo a instalação de uma Comissão Especial com o intuito de acompanhar as investigações sobre o incêndio na Cidade do Samba. A comissão seria formada por cinco membros e teria um prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 30.
O parlamentar lembra que relatos de pessoas que trabalhavam nos barracões dão conta de muitos problemas no combate inicial ao incêndio.
O parlamentar lembra que relatos de pessoas que trabalhavam nos barracões dão conta de muitos problemas no combate inicial ao incêndio.
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