GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Arquidiocese do Rio rechaça apoio de grupo católico a Freixo Em nota desta quarta-feira, 26, a entidade, de forma não-explícita, critica Freixo por ser favorável à descriminalização do aborto


Um dia depois de 12 religiosos de paróquias da Igreja Católica no Rio terem divulgado uma declaração de apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) à prefeitura, a Arquidiocese do Rio se manifestou desautorizando-os, e dizendo-se "perplexa" com o texto de endosso. Numa nota desta quarta-feira, 26, a entidade, de forma não-explícita, critica Freixo por ser favorável à descriminalização do aborto e à união de pessoas do mesmo sexo, e argumenta que tais bandeiras o desqualificam como candidato cristão.

"O voto do católico só poderá assim ser considerado se os programas dos candidatos merecedores desse voto também estiverem em comunhão com os princípios humano-cristãos. Não é possível compactuar com posições que entram em confronto com princípios contrários aos valores cristãos, tais como o respeito à vida e a clara oposição ao aborto e à eutanásia; a tutela e a promoção da família, fundada no matrimônio monogâmico entre pessoas de sexo oposto e protegida em sua unidade e estabilidade, frente às leis sobre o divórcio; o tema da paz, que é obra da justiça e da caridade, e que exige a recusa radical e absoluta da violência, anarquismo e terrorismo", afirma o texto da cúria.
"A Arquidiocese, diante da manifestação pública de alguns membros do clero e do laicato, esclarece que não autorizou ninguém a falar em seu nome, nem dos padres, tampouco em nome de movimentos, pastorais, associações e paróquias acerca do atual processo político carioca. As pessoas podem se manifestar pessoalmente e arcar com as consequências, mas não podem falar por quem não foram autorizadas. Tampouco têm autorização da autoridade diocesana para indicar qualquer candidato aos cargos públicos", diz a nota da Arquidiocese, que se declara "apartidária". A reportagem entrou em contato com padres que assinaram o manifesto, mas eles não quiseram dar entrevista, alegando não estarem autorizados pela cúria a falar sobre o assunto.
O manifesto, assinado por dez padres, um frade e uma freira, além de mais de 800 leigos, como funcionários de paróquias e frequentadores, afirma: "Nós, padres da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no horizonte do Evangelho da Libertação, da efetivação de uma 'Igreja em saída' (como compreende o Papa Francisco) e da antecipação do Reino de Justiça e paz inaugurado por Jesus Cristo, entendemos que a candidatura de Marcelo Freixo à prefeitura é a que mais sintoniza com a construção de uma cidade mais justa, fraterna e igualitária. Desse modo, entendendo como o Papa Francisco que a política é uma forma sublime de caridade em face da qual não podemos "lavar as mãos", como Pilatos o fez. Na companhia de um grande número de católicos e católicas, leigos e leigas comprometidos com a democracia, com a vida e a dignidade humanas na história concreta de nossa cidade marcada pela violência, injustiça e exclusão social, nos unimos, à luz da fé, na luta pela vida e pela promoção da pessoa humana na força evangélica da 'opção preferencial pelos pobres'". O texto, que vem sendo compartilhado nas redes sociais, é concluído assim: "Afirma o Papa Francisco que envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Os cristãos não podem fazer como Pilatos e lavar as mãos!"
A Arquidiocese do Rio rejeita também vinculação ao candidato Marcelo Crivella (PRB), oponente de Freixo neste segundo turno. Um santinho com uma foto de Crivella ao lado do cardeal Dom Orani Tempesta foi distribuído na porta de igrejas e em outros pontos de grande circulação de pessoas, como forma de sugerir que o candidato, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por seu tio, o Bispo Edir Macedo, tem boa relação com a Igreja Católica, e de endossar sua retórica de que "não mistura religião e política". O episódio aconteceu em setembro, e foi rechaçado por Dom Orani, que não autorizou o uso de sua imagem no panfleto. Crivella é o líder das pesquisas eleitorais. Na terça-feira, 25, o Datafolha divulgou que ele tem 63% das intenções de votos válidos, contra 37% de Freixo.

Buscamos profissionais


Fotógrafo agredido por Freixo diz receber ameaças pela internet “Sinto que estou sendo coagido. Estou sendo ameaçado de todas as maneiras”, ele Bruno de Lima



O fotógrafo Bruno de Lima, que foi agredido pelo candidato à prefeitura do Rio Marcelo Freixo (PSOL) em 2006, diz estar recebendo ameaças de militantes desde que escreveu uma publicação em rede social contando sobre o caso. Lima levou chutes e socos de Freixo durante o velório do irmão do deputado, Renato, assassinado há 10 anos.


Freixo admitiu a agressão e disse que só a cometeu porque o fotógrafo desrespeitou um pedido de que a imprensa não tirasse fotos do velório. Lima diz que não sabia sobre a ordem da família. A cena é mostrada na foto acima, tirada por uma colega de Lima.
O fotógrafo deletou o post original, publicado em sua página do Facebook. No entanto, antes de fazer isso, escreveu o seguinte comentário.
Para os eleitores do Freixo que estão enchendo o meu saco, não sou cabo eleitoral e não votarei no Crivella. Infelizmente chegamos ao ponto de ter que decidir entre um e outro. MEU VOTO É NULO!"
Apoiadores de Freixo deixaram vários comentários na publicação. "Querido, no lugar dele eu tinha te quebrado em dois", disse um internauta. "Apanhou foi pouco. Verme", afirmou outro.
"Não esperava essa repercussão muito menos essa agressividade toda”, disse Lima em entrevista ao BuzzFeed. "Sinto que estou sendo coagido. Estou sendo ameaçado de todas as maneiras", afirmou. A assessoria de imprensa de Freixo não respondeu aos pedidos de entrevista.

Termas para adultos receberam R$ 1,8 mi de isenção fiscal Benefício foi concedido porque estabelecimentos estavam registrados como serviço de alimentação

Duas termas que oferecem serviços de massagem receberam R$ 1,8 milhão em isenção fiscal do governo do Rio de Janeiro entre 2008 e 2013. 

Os estabelecimentos, Solarium e Monte Carlo, receberam o benefício do Palácio Guanabara porque foram registradas com código de serviço de alimentação. 

No último dia 19, o Ministério Público entrou com ação civil pública na 3ª Vara de Fazenda Pública solicitando suspensão de novas concessões de isenções fiscais no estado. Na terça-feira (25), o Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado do Rio (Sind-Justiça-RJ) pediu para ingressar na ação, como interessado, pedindo também a suspensão dos benefícios concedidos desde 2008.
O deputado Milton Rangel (DEM) defendeu a devolução do dinheiro e investigação pelo Ministério Público. "A Secretaria de Fazenda tem que apurar. Houve fraude porque no cadastro das empresas consta o código de atividade de serviço de alimentação", disse o parlamentar.

Governo quer MP que permite mudança no preço máximo de remédios Com o aumento no número de casos de sífilis, Planalto pretende estimular produção de penicilina no país



O governo pretende aprovar uma medida provisória que altera a legislação do preço máximo de remédios para estimular a produção de penicilina no país. 


O remédio é usado no tratamento de sífilis, doença que tem se espalhado pelo país.

A medida, que já havia sido pedida por indústrias farmacêuticas, prevê o preço máximo de um medicamento possa ser mudado quando houver risco de desabastecimento.
A MP também daria prioridade aos pedidos de registro de medicamentos concorrentes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão não deve passar por consulta pública, para que a produção emergencial de penicilina seja acelerada.

Inep divulga canal de atendimento para tirar dúvidas sobre o Enem Número da central é 0800-616161 e funcionamento é diário, das 8h às 20h



Responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) oferece um canal de atendimento para que estudantes possam tirar dúvidas relacionadas ao Enem. 

Objetivo é atender todas as demandas dos participantes e sanar os possíveis questionamentos sobre a realização das provas, nos dias 5 e 6 de novembro. 

O contato deverá ser feito através do telefone 0800-616161, diariamente, das 8h às 20h. Por conta da proximidade do exame, o Inep também preparou plantões de atendimento também neste fim de semana e no Feriado de Finados, em 2 de novembro.
Neste ano, o Enem será aplicado em 1.727 municípios e no Distrito Federal. Os Cartões de Confirmação da prova já foram disponibilizados pelo Instituto e a verificação é de responsabilidade dos inscritos.
O Inep também encaminhou, por SMS e e-mail, aos 8.627.195 inscritos na edição deste ano, um aviso de que os respectivos Cartões de Confirmação já podem ser acessados. Além disso, a cada três dias, novos lembretes serão enviados, por esses mesmos canais de comunicação, para todos que ainda não tenham verificado seus locais de prova.

Chamadas interurbanas ficarão mais baratas em 587 cidades A estimativa é de que a redução das tarifas dos planos básicos locais das concessionárias de telefonia fique em torno de 60%

Chamadas de telefones fixos para cidades vizinhas ficarão mais baratas para consumidores de 587 municípios a partir de domingo (30). Estas ligações deixarão de ser cobradas como interurbanas e passarão a ter a mesma tarifa das chamadas locais. 

A estimativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é de uma redução de 60% no custo da ligação. A queda de preços beneficiará consumidores de 281 municípios da Região Sul; 199 da Região Nordeste; 69 do Sudeste; e 38 municípios da Região Norte.
O benefício real desta mudança vai depender do plano de serviço contratado pelo assinante. Além dos planos básicos, as concessionárias oferecem vários planos alternativos, os preferidos dos usuários.
A estimativa é de que a redução das tarifas dos planos básicos locais das concessionárias de telefonia fique em torno de 60%, considerando o valor de R$ 0,08 para o minuto local e o valor médio de R$ 0,20 para o minuto de longa distância nacional.
Dados da Anatel de junho deste ano apontam que 25,30% dos assinantes da Oi; 9,64% da Telefônica; 8,60% da CTBC Telecom, e 7,87% da Sercomtel utilizam os planos básicos de serviço.
Área Local
Área Local é a área geográfica de prestação de serviços, definida pela Agência segundo critérios técnicos e econômicos, onde é prestada a telefonia fixa na modalidade Local.
As alterações do Regulamento sobre Áreas Locais para a telefonia fixa foram publicadas no dia 3 de maio por meio da Resolução Anatel nº 666/2016 e estabelecia um prazo de 180 dias para entrada em vigor da medida.

1ª festa de Halloween do CIAPI A festa contará com concurso de melhor fantasia, apresentação de dança e muito mais!

O Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi) realiza neste sábado, 28/10, a sua 1º festa de Halloween, organizada pelo Instituto Lucas Amoroso (ILA). A festa contará com concurso de melhor fantasia, apresentação de dança e muito mais! O convite pode ser adquirido no local do evento. 

Local: CIAPI, Rua: Jorge Burihan, nº 30 - Jd. Jaqueira
Horário: 18hrs - Convite: R$10,00 


Secretaria de Comunicação

Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência terá nova eleição - Conselho tem vagas abertas para novos membros

O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (COMDEFI) está com as vagas abertas para novos membros. As inscrições podem ser feitas até o dia primeiro de novembro, na Secretaria dos direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (SEPEDI), que fica na Av. Jorge Burhian, nº 10 – Jardim Jaqueira. 

São oito vagas oferecidas, sendo elas: duas para associações com trabalho direto para pessoas com deficiência, uma para associações civis e cinco para pessoas com ou sem deficiência, na sociedade civil. O trabalho dentro do Conselho não é remunerado, é voluntariado.

O COMDEFI é formado por representantes da sociedade civil e também indicado pelo Poder Público, conforme a lei que diz que os conselhos devem ter 50% de cada lado. Desta maneira, o conselho contribui com a definição dos planos de ação da cidade, políticas de atendimento ao segmento e garantia de direitos da pessoa com deficiência. 

Cada conselho atua de maneira diferente, de acordo com a realidade local e com a sua competência definida em Lei Municipal. Dentre as suas atribuições, inclui-se a defesa dos direitos dos cidadãos. São realizadas reuniões mensais, seminários e conferências periodicamente, com o objetivo de avaliar o que está sendo realizado e apresentar novas propostas e soluções para o funcionamento da política de atendimento ao segmento que deu origem a sua criação dentro do município. Alguns conselhos possuem caráter fiscalizador, deliberativo, consultivo, normativo e propositivo.

Para mais informações e edital completo, acesse o site da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba http://www.caraguatatuba.sp.gov.br ou ligue (12) 3886-3050


 Secretaria de Comunicação

PAT de Caraguá divulga vagas para esta quinta

Veja as vagas do Posto de Atendimento ao Trabalhador de Caraguá (PAT). O interessado deve apresentar os documentos pessoais (RG, CPF, CTPS e PIS) no PAT ou no Poupatempo.

Assistente administrativo, Auxiliar de enfermagem, Camareira de hotel, Chefe de depósito,  Confeiteiro, Consultor de vendas, Cozinheiro geral, Empacotador, Empregado doméstico, Instalador de som e acessórios (automóvel), Instrutor de academia, Mecânico de automóvel, Montador de automóveis, Motorista entregador, Nutricionista, Operador de retro-escavadeira, Padeiro, Pintor de alvenaria, Pizzaiolo, Promotor de vendas, Serralheiro e Vistoriador de automóveis.

As vagas possuem perfis específicos com relação à experiência, escolaridade, entre outros, podendo sofrer variações e não estarem mais disponíveis se atingirem o limite máximo de encaminhamentos, ou ainda, em caso de encerramento pelos empregadores que as disponibilizaram.

O PAT está localizado na Rua Taubaté, 520, bairro Sumaré. O telefone é (12) 3882-5211.

BOMBA - Marcos e Belutti se recusam a dividir palco com Safadão


Marcos e Belluti gravaram música com Wesley Safadão em 2015
Rolou uma tremenda saia justa nos bastidores do 23ª Prêmio Multishow, realizado na noite da última terça-feira (26), no Rio de Janeiro.

Marcos e Belutti se recusaram a dividir o palco com Wesley Safadão.

Se a relação do trio não estava muito boa antes, tem tudo para azedar de vez agora. A dupla sertaneja pediu à direção do evento para se apresentar sozinha no palco da festa.
Os sertanejos foram escalados para cantar o hit "Aquele 1%", uma das músicas mais tocadas no último ano. Originalmente, a canção foi gravada por Marcos e Belutti com a participação de Safadão.
Durante o prêmio, muita gente estranhou o fato do cantor de forró estar na plateia e não repetir o dueto com a dupla no prêmio, como fez Anitta com o Jota Quest. A música da funkeira com o grupo mineiro, aliás, foi a grande zebra da noite e acabou levando o troféu da categoria hit do ano.

Empresa do Uber faz entrega de cerveja com caminhão que dirige sozinho nas estradas

Veículos autônomos estão, aos poucos, ganhando as ruas. A NuTonomy, startup que surgiu no MIT e opera em Singapura, iniciou os testes públicos de uma frota de táxis autônomo sem agosto e o Uber também já realiza algumas corridas na cidade americana de Pittsburgh. Agora, a Otto – empresa recém-adquirida pelo próprio Uber – fez uma entrega de 50 mil latas de cerveja com caminhão que dirige sozinho nas estradas.

A primeira corrida do caminhão autônomo foi da cidade de Fort Collins até Colorado Springs, numa viagem de quase 200 quilômetros. Um motorista estava atrás do voltante e assumiu uma pequena parcela do trajeto: apenas nos trechos urbanos, onde há pedestres, sinais de parada, cruzamentos e outros cenários de imprevisibilidade. Assim que o veículo chegou na estrada, o piloto automático tomou o conta de tudo: mantendo uma distância segura e alternando de faixas só quando necessário. 



O veículo é equipado com hardware e software avaliado em US$ 30 mil e que pode ser instalado em qualquer caminhão com transmissão automática. As câmeras, radares e sensores LIDAR garantem autonomia nível 4, que dispensa o motorista na maior parte do tempo. 

A NHTSA (órgão federal americano de segurança no trânsito), classifica a autonomia veicular em alguns níveis, que variam de 0 a 5:


Nível 0: ausência de autonomia;
Nível 1: autonomia em uma ou mais funções específicas (cruise control, por exemplo);
Nível 2: autonomia em pelo menos duas funções primárias que agem em conjunto (cruise control com tecnologia para manter o veículo na pista, por exemplo);
Nível 3: autonomia completa na maior parte do tempo, exigindo a presença de um motorista;
Nível 4: autonomia completa na maior parte do tempo, menos em condições adversas como em chuva forte, exigindo a presença de um motorista;
Nível 5: autonomia completa, dispensando a necessidade de um motorista – basta apenas inserir o destino desejado, ou o caminho a seguir.


Atualmente a Otto tem seis caminhões de teste e continua aprimorando seu software. A solução da companhia parece ser mais imediata do que carros de passeios autônomos: estimativas apontam que há um déficit de 50 mil caminhoneiros nos EUA em relação a demanda atual. A empresa fechou uma parceria com a InBev afirma que "está animada para transformar o transporte comercial". 

O Uber comprou a Otto no ano passado por US$680 milhões e afirma que pretende manter as operações das marcas independentes. 

Renan anuncia pacote de reação contra operação da Polícia Federal

Renan Calheiros, presidente do SenadoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou um pacote de ações jurídicas em resposta à ação da Polícia Federal, que prendeu quatro policiais legislativos do Senado na sexta-feira passada. Além disso, Renan também quer priorizar uma PEC que corta benefícios para membros do Ministério Público e juízes.
Na Justiça, serão três ações. De acordo com Renan, o Senado ingressou nesta quarta-feira, 26, com uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) relativa à ação da Polícia Federal. Na quinta-feira, 27, o órgão vai protocolar também uma reclamação. O peemedebista orientou ainda que a Advocacia do Senado entre com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a ação da Polícia Federal.
"Não se defende a inviolabilidade absoluta do Congresso Nacional, mas que as ações de investigação sejam realizadas com equilíbrio. Não podemos reviver os sobressaltos típicos da ditadura militar", afirmou. De acordo com Renan, pedir que o STF se posicione sobre os limites entre os poderes é a melhor forma de evitar que "os excessos se perpetuem". Ele também acredita que a representação contra o juiz vai permitir que o magistrado explique suas decisões.
O presidente do Senado também recomendou que os diretores da Polícia Legislativa ingressem no STF com pedido de habeas corpus preventivo. "É uma precaução para que novas prisões arbitrárias não aconteçam", alegou.
Fim de aposentadoria-prêmio. Dando sequência a sua escalada contra o Judiciário e o Ministério Público, Renan recomendou que a Câmara priorize a PEC 89/2003, que põe fim à aposentadoria compulsória para juízes e promotores que cometerem crimes e forem condenados judicialmente, a chamada "aposentadoria-prêmio".
O texto foi aprovado no Senado em 2013, mas se encontra adormecido na Câmara. "Acho que mais do que as Medidas Contra a Corrupção, temos de priorizar essa PEC, que dizima a aposentadoria como um prêmio", disse Renan. Ele quer que a votação aconteça ainda neste ano.
Fazendo as pazes. Apesar das ações, Renan cumprimentou o Judiciário e afirmou que há muita expectativa quanto à presidência da ministra Carmen Lúcia. Ele confirmou que irá comparecer ao evento de lançamento do Pacto Nacional pela Segurança Pública, previsto para esta sexta-feira, 28, em que Temer organiza um encontro de pazes entre Renan, Carmen e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Renan recuou das declarações de que não se sentiria bem em uma reunião com Moraes. Nesta quarta-feira, o presidente do Senado afirmou que seu cargo não permite essa escolha e que, independentemente da presença do ministro, ele participará do encontro.
"Fico melhor no papel de bombeiro do que de piromaníaco. Vamos trabalhar para que essa centelha não vire um incêndio", disse Renan em relação ao início de uma crise institucional entre os poderes. Ele continuou a ponderar, entretanto, que havendo excessos da Polícia do Legislativo, a melhor ação seria comunicá-lo para que tomasse as devidas providências.

PF deflagra 11ª fase da Acrônimo


Polícia Federal dá início à 11ª fase da Acrônimo nesta quinta-feira: alx_policia-federal-lava-jato-operacao26_original.jpeg
A Polícia Federal deu início na manhã desta quinta-feira à 11ª fase da Operação Acrônimo. O empresário Benedito Oliveira, o Bené, delator da Acrônimo e apontado como “operador” do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel em esquema de corrupção e fraude eleitoral, é alvo desta fase, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Bené é suspeito de ter omitido informações da Polícia Federal e foi conduzido coercitivamente.
Foram expedidos ao todo, vinte mandados judiciais, sendo dez de busca e apreensão e dez de condução coercitiva. Os agentes da PF cumprem os mandados no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Segundo o órgão, a operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles se refere à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012.
O outro evento investigado é fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada, de acordo com as investigações.
A Acrônimo investiga irregularidades em campanhas petistas e o recebimento de propina por Pimentel em negócios escusos fechados no governo federal nos tempos em que ele era ministro do Desenvolvimento e Comércio, ao qual é subordinado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A monumental delação da Odebrecht cerca Brasília por todos os lados

Otavio Azevedo e Marcelo Odebrecht, detidos em junho de 2015.Saiu o Governo Dilma Rousseff, entrou o Governo Michel Temer, e as delações premiadas de Marcelo Odebrecht e de mais de 50 executivos de sua empreiteira seguem assombrando Brasília. De um hotel na capital federal, que virou QG da empreiteira – sob o comando de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba desde 14 de novembro de 2014 – foram debatidas as estratégias de defesa para atenuar a pena de quase 20 anos a que o empresário já foi condenado em primeira instância. A julgar por reportagem publicada pelo jornal O Globonesta terça-feira, as delações estão próximas da assinatura final. Não é a primeira vez que se divulga, sempre de forma extraoficial, que a colaboração dos responsáveis pela maior empreiteira do Brasil está fechada. Desta vez, contudo, começam a aparecer nomes de possíveis implicados no Governo atual, como o do próprio presidente da República, Michel Temer, e os de ministros como Eliseu Padilha, da Casa Civil, José Serra, das Relações Exteriores, e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo.
    É dado como certo que as colaborações dos executivos da Odebrecht vão trazer novos nomes e novos partidos para o coração da Lava Jato. Devem reforçar, ainda, as acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já está indiciado em três processos, e de ex-ministros petistas como Antonio Palocci (Fazenda no Governo Lula e Casa Civil no Governo Dilma Rousseff) e Guido Mantega (Fazenda no Governo Dilma). Mas as negociações do acordo com executivos da empresa envolveriam a identificação de 130 deputados, senadores e ministros, além de 20 governadores e ex-governadores de diversos partidos, segundo a reportagem de O Globo. Poderia esclarecer, enfim, o papel que a tal “lista da Odebrecht”, descoberta em maio, tem para a Lava Jato. Documentos apreendidos na casa de um dos diretores da empresa guardava planilha com o nome de 240 políticos de 22 partidos, atrelado a valores que poderiam ser doações ilegais. Mas nada se confirmou até o momento.
    Por estar no comando do país, a cúpula do Governo Temer é quem mais teria a perder no momento por denúncias de ilícitos no âmbito da Operação Lava Jato. E, não por acaso, especulações sobre uma possível sucessão indireta em 2017 começaram a circular pela capital federal nos últimos dias. Ainda não é possível medir com precisão o impacto que as denúncias e acusações provenientes da maior empreiteira do país podem causar a Temer, mas já começam a entrar numa bolsa de apostas possíveis sucessores numa eventual queda.
    Até o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já povoa rodas de debate político que cogitam a necessidade de uma eleição presidencial antes de 2018 — caso Temer tenha de deixar o Planalto a partir de janeiro, seu sucessor seria escolhido pelo Congresso Nacional. Outro nome que já apareceu é o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro do Governo Lula, como relata a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo desta quarta. As especulações sobre políticos que não frequentam a burocracia de Brasília há mais de cinco anos, no caso de Jobim, e há mais de 13, no caso de FHC, é sintomático.
    O pacote de delações da Odebrecht chega como uma espécie de penúltimo capítulo da Lava Jato. A expectativa para os acordos dos executivos da empreiteira só rivaliza atualmente com a possível delação do deputado cassado Eduardo Cunha, preso na semana passada.
    Enquanto os investigados e condenados na operação negociam seus acordos, o mundo político aguarda com ansiedade os efeitos das revelações e traça cenários sobre os impactos que, há alguns meses, dificultariam a situação do cambaleante Governo Dilma e, agora, provavelmente vão prejudicar o improvisado Governo Temer. Se por um lado a saída da ex-presidenta parece ter aliviado a crise de expectativas na economia, por outro, a Lava Jato e suas eventuais delações continuam fornecendo combustível para manter a crise política e alimentar a tensão com o poder Judiciário. A temperatura sobe a cada nova operação, como a Métis, que deteve agentes do Senado e despertou a ira do presidente da Casa, Renan Calheiros, ou vazamento de informações para a imprensa sobre o andamento do processo.
    A proximidade do fechamento desses acordos ajudaria a entender, também, a pressa do Governo em lidar com questões espinhosas, como a PEC do teto de gastos e a reforma da Previdência. Segundo essa tese aventada no mundo político, seria uma forma de garantir que qualquer Governo que esteja no poder manterá as contas públicas 'a salvo' com a PEC 241, que inibe despesas maiores que a arrecadação.
    Por conter autoridades com foro privilegiado, as delações deverão ser homologadas pelo Supremo Tribunal Federal, mais precisamente pelo ministro Teori Zavascki, responsável pelo caso. Isso significa, levando em conta o andamento da Lava Jato até agora, que esses acordos de colaboração devem levar mais tempo do que aqueles fechados em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro — os procuradores de Curitiba preservaram muitas das delações por lá ao evitar que autoridades com foro fossem mencionadas nos acordos.
    Apesar da quantidade de nomes implicados, as informações apresentadas pelos colaboradores da empreiteira não estariam à altura das expectativas dos investigadores — o que não quer dizer que lhes falte potencial para abalar o Governo Temer. Na falta de confirmação oficial sobre o andamento da negociação dos acordos, os despachos do juiz Sérgio Moro se prestam pelo menos a comprovar sua existência. Em agosto, o juiz suspendeu por duas semanas — como já havia feito antes — a ação penal contra executivos da Odebrecht após "notícia de que acusados" estariam "negociando alguma espécie de acordo de colaboração".
    O suspense segue sendo, enfim, a única certeza de uma Brasília que perdeu a autonomia — para o bem ou para o mal, a depender do ponto de vista — desde que Curitiba ousou interferir em seus assuntos mais obscuros, em 2014.