GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A um ano das eleições, partido de Marina Silva embola ‘xadrez’ político

A fundadora da Rede, Marina Silva: foco agora é 2016.

Demorou mais de dois anos para sair do papel, mas menos de uma semana após ter seu registro aprovadopelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a Rede Sustentabilidade já embola o cenário político brasileiro. Em poucos dias, o partido idealizado pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva anunciou suas primeiras adesões de peso. Heloísa Helena, vereadora em Maceió e terceira colocada na disputa pela Presidência da República em 2006, deu o passo que ensaiava desde 2011 e deixou o PSOL, sigla que ajudou a fundar quando foi expulsa do PT, para aliar-se à ex-colega de Senado. O partido de esquerda ainda perdeu seu único senador, Randolfe Rodrigues, do Amapá, que também aderiu à Rede argumentando buscar “uma maior capacidade de articulação”.
Fragilizado pela crise política e econômica que acossa o Governo Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores é outro que sofreu baixas importantes recentemente: após a ruidosa saída da senadora Marta Suplicy (São Paulo) para o PMDB, foi a vez do deputado federal Alessandro Molon marinar. Deputado mais votado do PT no Rio de Janeiro em 2014, Molon deixou o partido após 18 anos de militância. No Rio e em São Paulo, o efeito Rede e a debandada de quadros históricos petistas causam reflexos diretos sobre as articulações pelas eleições municipais, que embora pareçam distante da realidade dos eleitores, andam com rapidez nos bastidores.
Na capital paulista, Marta promete impor dificuldades aos planos de reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT), enquanto no Rio uma eventual candidatura de Molon à prefeitura ameaça o projeto do PSOL, que tem como candidato óbvio Marcelo Freixo, deputado estadual com eleitorado semelhante ao do ex-petista. Adicione à salada eleitoral a recriação do Partido Liberal, uma articulação do ministro Gilberto Kassab (Cidades) para formar uma bancada com o partido que ele criou em 2011 (o PSD) para rivalizar com o PMDB no Congresso e, assim, ganhar mais espaço no Governo Dilma. A expectativa do ex-prefeito paulistano era criar o PL em tempo hábil para as eleições de 2016, mas é pouco provável que ele consiga: nesta semana, a Procuradoria Geral da República já se manifestou contra o projeto, alegando a ausência de assinaturas suficientes. Já na última quarta-feira, dia 30, o Tribunal Superior Eleitoral pediu mais tempo para analisar o pedido.
O PMDB, por sua vez, já deu claros sinais de que investirá pesado nas disputas locais visando fortalecer seus planos de ter um candidato próprio para a Presidência em 2018. O partido do vice-presidente Michel Temer já costuma obter resultados bons nos pleitos municipais –em 2012, conquistou o maior número de prefeituras (1.024 das 5.568 em disputa)– e ,agora, tenta ampliar seus quadros para reforçar sua influência nas capitais, embora esbarre em disputas internas. Nesse cenário, os caciques do PSDB ainda parecem observar inertes: apesar do protagonismo em Brasília, o principal partido de oposição do Brasil há anos sofre com a falta de renovação. 
“A eleição de 2016 será o primeiro teste de fogo para a Rede, que ainda é muito dependente do personalismo da Marina Silva. A legenda tenta agora formar um quadro com os políticos insatisfeitos tanto com o PT quanto com o PSOL, que não soube capitalizar o desgaste do PT”, explica Pedro Floriano Ribeiro, cientista político e professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). De fato, o PSOL não perdeu apenas sua única cadeira no Senado: Clécio Luís, prefeito da única capital conquistada em 2012, Macapá, também anunciou sua desfiliação nesta semana, mas ainda não anunciou qual será sua próxima casa – embora especula-se que possa ser também a Rede. Assim como o senador Randolfe, o prefeito elogiou a trajetória do partido socialista, mas criticou sua falta de articulação política.
Com qualidades e defeitos, o fato é que a candidata derrotada às eleições do ano passado, quando concorreu pelo PSB, volta aos holofotes depois de meses de silêncio, como um alento para o quadro político brasileiro, que seguia um clima de polarização desde a reeleição de Dilma. Entretanto, é fato que apesar das rápidas adesões à Rede –que atraiu outros deputados federais como Eliziane Gama (ex-PPS, do Maranhão), Miro Teixeira (ex-PROS, do Rio), João Derly (ex-PCdoB do Rio Grande do Sul) e Aliel Machado (também ex-PCdoB, do Paraná)–, o futuro do partido de Marina Silva ainda é uma incógnita, tanto do ponto de vista do sucesso eleitoral quanto da identidade ideológica.
"Todos os que participam de um partido político têm direito de se colocar como possíveis candidatos, mas, neste momento, eles estão vindo para ajudar a construir o partido", disse Marina, durante palestra em Brasília na quarta-feira. A ex-ministra afirmou ainda que o partido busca nomes de "qualidade", e não se preocupa no momento com a quantidade de políticos que pode atrair.
Marina volta aos holofotes após meses de silêncio, mas o futuro da Rede ainda é uma incógnita, tanto do ponto de vista do sucesso eleitoral quanto da identidade ideológica
De um lado, a sigla nasce com pouca verba de fundo partidário e pouco tempo de TV. Por outro, ainda não possui uma linha pragmática clara, a não ser a ambientalista –uma das maiores bandeiras de sua fundadora. Maior aposta de terceira via hoje, a Rede Sustentabilidade costuma não se definir nem como de esquerda nem como de direita, assumindo posturas progressivas para determinados temas e conservadoras em outros (tampouco se define como um partido de centro). Assim, atrai eleitores ao pregar uma "nova forma de fazer política", como costuma falar Silva, mas gera desconfiança de tantos outros, inseguros com a falta de rumo claro do grupo. Mesmo antes de oficializada, a Rede Sustentabilidade sofreu uma debandada de ativistas após as eleições de 2014, quando a ex-ministra decidiu apoiar o senador Aécio Neves, então candidato pelo PSDB, no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto.
"Apesar dos críticos classificarem o partido de Marina como sonhático, o Brasil vive um momento semelhante ao vivido pela Espanha e pela Grécia, de um forte cansaço dos eleitores em relação à política tradicional. E a Rede vem sendo exposta como uma opção de terceira via há alguns anos, atraindo agora políticos que não encontravam opções em outros partidos", avalia a socióloga Fátima Pacheco Jordão, especialista em pesquisas de opinião pública.

O cansaço do PT e a inércia do PSDB

Enquanto Rede e PMDB articulam suas alianças de olho nas disputas regionais do próximo ano, o partido do ex-presidente Lula tenta conter uma maior debandada de seus quadros históricos. Além de Marta Suplicy e Alessandro Molon, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, também deixou o Partido dos Trabalhadores em meados de setembro. A baixa foi sentida pela cúpula petista, que corre o sério risco de ver seu poder enxugar nos municípios até mesmo de redutos eleitorais, como o Nordeste.
"Não é nenhuma surpresa que o PT chega muito enfraquecido em 2016, depois de um ano péssimo para o Governo Dilma e isso vai se refletir no próximo ano", pondera a socióloga. 
Por outro lado, o principal partido de oposição ao Governo federal, o PSDB, não parece ainda obter vantagem no processo de sangramento – expressão cunhada pelo senador tucano Aloysio Nunes – do seu maior adversário. Sem nomes novos nas principais cidades do país, como o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já apontou em várias ocasiões, os tucanos parecem inertes ao processo de mobilização dos adversários, e podem perder seu protagonismo para partidos menores em ascensão, como a Rede e o PSB, por exemplo. 
"O mais provável é que a capitalização da insatisfação do eleitorado com a política no Brasil se dilua entre os partidos. O PSDB hoje perdeu até mesmo o posto de maior partido de oposição para o PMDB, partido do vice-presidente. É muito cacique e pouco diálogo", diz o cientista político da Ufscar. O quadro, contudo, ainda deve mudar bastante nos próximos dias. Quem quiser disputar um cargo eletivo em 2016 tem até a sexta-feira, dia 2 (exatamente a um ano das eleições), para se registrar a um partido.

Ex-prefeita "ostentação" recebe a visita do namorado no quartel



Lidiane Leite, conhecida como ex-prefeita "ostentação" de Bom Jardim, recebeu nesta quinta-feira a (1º) a visita do namorado no quartel do Corpo de Bombeiros (CBM), em São Luís, onde está presa desde a última segunda-feira (28), após se entregar na sede da Polícia Federal.
Lidiane recebeu primeiro a visita de uma prima, que permaneceu no local por 50 minutos, saiu sem falar com a imprensa. Uma hora depois, a detenta foi surpreendida com a chegada de um homem seria seu namorado. Ele também não conversou com os repórteres.
De acordo com a assessoria do CBM, Lidiane entregou uma lista com sete nomes de quem está autorizado a vê-la. As visitas acontecem duas vezes na semana, às terças e quintas-feiras,das 9h às 11h e das 15h às 17h.

Atirador mata ao menos 10 em universidade do Oregon, nos EUA


<p>Un herido es llevado a la sala de urgencias del Mercy Medical Center, en Roseburg.</p>
Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas em um tiroteio nesta quinta-feira (1º) em uma universidade do estado americano do Oregon, em mais um massacre com armas de fogo nos Estados Unidos, informaram as autoridades.
Segundo as redes de televisão CNN, CBS e NBC, as autoridades identificaram o atirador como Chris Harper Mercer, 26 anos, que não estudava na universidade Umpqua Community College, onde ocorreu o massacre.
Mercer foi morto pelos policiais no local do ataque, segundo informações da agência France Presse.
De acordo com o xerife de Roseburg, John Hanlin, não há planos para a divulgação do nome das vítimas "nas próximas 24 ou 48 horas".
Hanlin revelou que os agentes de segurança que atenderam aos primeiros chamados de ajuda "chegaram ao lugar e localizaram o agressor em um dos prédios. Houve troca de tiros e o suspeito foi abatido".
O xerife disse não ter elementos para confirmar os boatos sobre os avisos que o atirador teria postado nas redes sociais desde quarta à noite. "Não ouvi comentários sobre isso".
Segundo a rede americana CNN, vários feridos se encontrariam em estado grave, incluindo uma mulher que foi atingida no peito.
US President Barack Obama delivers a statement, after a shooting at a community college in Oregon that left up to 10 people dead, in the Brady Briefing Room of the White House in Washington, DC on October 1, 2015. A 20-year-old gunman opened fire inside a classroom at Umpqua Community College in rural Roseburg, before being 'neutralized' by police, authorities said. He was later confirmed dead. AFP PHOTO/MANDEL NGAN (Photo credit should read MANDEL NGAN/AFP/Getty Images)
Logo após o novo caso de mortes em massa com armas, o presidente Barack Obama fez um discurso e voltou a falar da importância de restringir armas nos EUA

Maluf é internado para passar por cirurgia na coluna

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), de 84 anos, passou, na manhã desta quinta-feira, por uma cirurgia para corrigir uma hérnia de disco.
Segundo sua assessoria, Maluf tinha problemas nas costas desde que sofreu uma queda de cavalo nos anos 1980, ao praticar equitação. Durante a campanha do ano passado, quando foi reeleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados, as dores se agravaram, principalmente por causa das carreatas.
Maluf decidiu então passar pela cirurgia. Ele se internou no final da tarde de quarta-feira no Hospital Sírio-Libanês. A cirurgia aconteceu na manhã desta quinta-feira e foi bem sucedida, de acordo com sua assessoria. O ex-prefeito de São Paulo deve ter alta na sexta-feira.

Sem mágoa, Joel cita peso da camisa e torce para Vasco continuar na elite Há dez meses desempregado, treinador não guarda ressentimentos da saída de São Januário e acredita em permanência na Série A do Campeonato Brasileiro


O telefone não parava de tocar. Foi assim durante toda a entrevista, perdemos a conta. Foi um pedido de Joel antes da entrevista para deixar o celular ligado. Ele quer voltar a comandar um grande clube do futebol brasileiro, não quer perder a oportunidade de um convite. Mas não qualquer convite, um atraente, um que esteja à altura de seu currículo, deixa bem claro. A conversa foi num restaurante, um de seus preferidos, em Copacabana, Zona Sul do Rio. A hora era do almoço e a fome de voltar aos gramados é grande.
E foi em meio a fome que todo o longo papo se desenrolou, sem aquele mau humor que nos assola quando estamos em jejum à espera da principal refeição do dia, pelo contrário, resenha pura, como falam os boleiros. Mas engana-se aquele que acha que nada tira o sorriso frouxo de Joel Santana. As duras críticas ao seu trabalho e aqueles que o ridicularizam (palavra usada pelo próprio), principalmente por causa do inglês, embrulham o seu estômago.
Mas se tem mais uma coisa que Papai Joel provou e não digeriu bem foi "atender o DDI" para comandar a seleção da África do Sul e, por consequência, ter de deixar o Flamengo, no dia 7 de maio de 2008 - dia em que Cabañas virou pesadelo dos rubro-negros. O arrependido Natalino tem a convicção que comeria o melhor prato de sua carreira: seria campeão da América com o Fla.

Leia a íntegra e assista ao vídeo de trechos da entrevista de Joel Santana abaixo:

Joel, você está passando um ano em branco pela primeira vez desde que começou sua carreira de técnico.  Vimos que o telefone não para. Mas toca para convites?
Convites sempre chegam. Para ser técnico, conselheiro, supervisor... Mas nem sempre é aquilo que eu quero. Você chega a um certo momento da vida que quem responde não é o Joel Santana é o meu currículo. Lógico que o mercado mudou, tenho que acompanhá-lo, mas eu tenho um preço. Também possuo minha maneira de ser e trabalhar. Se não for aquilo, não tem jeito. Mas hoje não é negócio contratar o Joel Santana.


Porque não é interessante contratar Joel Santana?
Porque sou um técnico que vou rebater. As pessoas criam situações sem conhecer profundamente um profissional. Quantos treinadores ganharam oito títulos cariocas? Foi ganho por acaso? Foi com bandeirinha? E foi com times diferentes, hein?


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Falam muita besteira de você?
Amigos, se não quiserem falar bem, não venham querer me desmoralizar. Pode me criticar, pode achar que escalei errado... O cara nunca viu um treino meu, pode achar que estou ultrapassado, mas não venha querer me ridicularizar. Sou um cara de mais de 60 anos, viajei o mundo, sou formado ali na UFRJ. Aí vem um camarada querer me esculachar? Nunca vi na vida e nunca viu nada meu. Não vou acertar sempre.


É, isso realmente te incomoda...
As pessoas que falam certo, eu cumprimento, tenho muitos amigos na imprensa. O que me incomoda é quando falam besteira, quando a pessoa não sabe nada. Se der uma bola, não dá três embaixadas. Amigo, se você nunca mexeu em carro, como você vai ser mecânico? Ah, leu no livro? Vai lá mexer...


Vamos falar de Brasileirão agora. Acredita na permanência do Vasco na Série A?
Ano passado o Vasco estava numa situação parecida, tinha tomado de cinco do Avaí em casa. Eu conheço o Vasco, como conheço o Flamengo, Botafogo e Fluminense. Sou carioca, conheço da rouparia à presidência do clube. Na época, eu sabia dos problemas e conseguimos virar a situação. Acho que tem chance, quando matematicamente é possível, eu acredito. É um clube que tem torcida, camisa, jogadores e profissionais experientes, não podemos desprezar isso.

   
Joel também tem fé na permanência do Vasco na Série A do Brasileirão

Ficou chateado de não ter continuado no Vasco para temporada 2015?
Infelizmente não fiquei lá, mas o problema não é meu, é da diretoria. Acabou, morreu. Sem ressentimento, sem mágoa, não existe isso.


Como você vê o futebol carioca de maneira geral? O Vasco passando aperto, o Botafogo voltando para elite...
Não gostaria que o Vasco caísse, isso é ruim para nós do futebol. Não que seja a morte. E a sorte está rondando pelo Botafogo, hein? Está bem encaminhado. Tem que ter os quatro lá em cima para brigar com São Paulo. Se Santa Catarina pode colocar três ou quatro, por que não podemos colocar? Estou sofrendo como torcedor. Tem que torcer para Flamengo e Fluminense chegarem à Libertadores também. São times grandes, times que fazem nossa história, pô! Mas muita coisa ainda tem que mudar.


O que tem que mudar, Joel?
O problema do futebol brasileiro é o próprio futebol brasileiro. Não tem essa de copiar lá fora, tirar foto com Mourinho, tirar foto com não sei quem. Ninguém vai se reciclar em uma semana, cara. Isso é uma mentira danada. É um tempo muito curto. Tem que ficar no mínimo seis meses lá fora, fazer um curso e ver o que está acontecendo. O que não deve ser nada de mais, é só cultura diferente de futebol.


Não acontece nada de mais lá fora?
Antigamente, quando o Brasil ficou 24 anos sem ganhar uma Copa, era porque o nosso problema era a preparação física. Quando resolvemos isso, igualamos a eles. Não tem nada diferente, os métodos são iguais.


Então tem muita coisa errada no Brasil?
Quem respeita quem aqui? Aqui tem que valer o quanto pesa. No Brasil você tem que ser debochado, botar um apelido. Ê, botou apelido, ê, legal... Uma vez fui trabalhar num lugar e o cara deu o maior azar. Fez uma musiquinha e deu de cara comigo na televisão. Pô, meu amigo, você faz música ou comenta futebol? Qual é sua área? Temos que separar programa humorístico de futebol.


É difícil trabalhar com medalhão?
Nada, é muito mais fácil. Diz um cara aí que eu não trabalhei. Trabalhei com todo mundo que está aí, de norte ao sul deste país. A gente vai no olho no olho e falamos o que a gente quer. Vocês já viram o Romário fazer média com alguém? Ele é igual a mim, é falador. E sempre fala a verdade. Tem Renato Gaúcho, Viola, Sávio, Pedrinho... Ih, tem tantos...



Joel Santana queria seguir com o Flamengo na Libertadores-2008 
   

Tem algum jogador que você trabalhou durante toda sua carreira que te chamou atenção?
Tive um jogador, que eu quero que fique gravado, que se chama Fábio Luciano. Eu não precisava falar nada.


Você se arrepende de alguma decisão durante todos estes anos como técnico?
Quer saber? Eu me arrependo de ter saído do Flamengo e ter ido para África do Sul. Tenho certeza que íamos ser campeões da Libertadores. Me arrependo muito! O grupo fechou comigo. Quando vinham ponderar alguma coisa, eles falavam o que queriam e eu também falava o que queria. E o Fábio Luciano batia o martelo para mim.


Aquela eliminação para o América do México no Maracanã ainda martela na sua cabeça?
Ih, que nada! Amigos, se martelasse cada jogo que perdi, iria enlouquecer. Vou pensar também no título que perdi com o gol de falta do Pet? Eu tenho que festejar os 200 títulos que eu tenho, pô! Coisa ruim eu já chorei no dia do enterro e pronto. Foi embora.


Já trabalhou com Ronaldinho, né? Como foi o convívio?
Legal, normal, natural. Nenhum tipo de problema. 


   
Ronaldinho foi um dos craques que Joel teve oportunidade de treinar

Você trabalhou no exterior. Como são os jogadores lá? São como aqui no Brasil?
O jogadores lá fora são iguais ou piores aos daqui. Mentirosos para caramba. Matam uma pessoa todo dia e chegam atrasado. A mulher fica grávida duas vezes em menos de um ano. Tá de sacanagem, né? Eles esquecem, anoto tudo na minha prancheta. Ela serve para isso.


A imagem de "Papai Joel" te atrapalha?
Vocês gostavam de apanhar ou ser aconchegado pelo seus pais? O que adianta bater nas pessoas? Isso não leva a lugar nenhum. Eles vão sempre ter o meu carinho quando precisarem. Não batam nos meus jogadores, falem comigo. Deixem eles quietos.


Você tem muitos filhos por aí...
Pois é, mais do que apanhou o Toró? Até hoje ele me liga. "Papai, estou com saudade", "Papai, é isso, é aquilo". E vários outros que eu escalava e nego me batia. E eu acabava campeão com o jogador. Márcio Costa no Fluminense (tirei ele do Bonsucesso), Fahel no Botafogo (é homem, firme, um cara que te ajuda). Essa é a panela boa.


No futebol existe panela?
Tem. Panela é quando os jogadores estão e ao mesmo tempo não estão ao seu lado. Aqueles que te aceitam, mas te derrubam.


Então jogador derruba treinador?
Essa perguntinha é para o Papai Noel? Ah, para com isso, né? Passa para próxima (risos).


E desafeto? Alguém já pisou no calo do Papai?
Ah, devo ter. Cristo, que foi Cristo, penduraram ele. O cara foi lá, beijou e cuspiu. Não vão fazer isso com o Papai Joel? Mas da minha parte não tem nada, não guardo rancor. Sabe o que eu faço quando não quero ver alguma coisa? Vou lá no meu laptop e deleto: "Tuff, tchau!"


E seu futuro, Joel? Sabemos que você está flertando com a política e até para ser comentarista de futebol...
Sobre a política primeiro. Eu atingi um nível de popularidade muito grande. Tiro várias fotos nas ruas, fazem questão de dizer "Fala, Joel"... Eu não sei se isso é simpatia, não sei se isso é gostar de mim, não sei o que é. Uma pessoa muito importante levantou essa situação de entrar para política. Mas esse lance de política é tão complicado. Fico pensando se devo sair da minha vida tranquila para futuramente levantarem alguma suspeita sobre mim. Eu vivo com que eu tenho. Moro num apartamento simples, meu carro é 2010... Sobre ser comentarista de futebol, é meu ramo. Mas eu seria diferente. Vou dizer coisa que não escuto aí. Não vou comentar resultado, e sim, com a razão do jogo.



Romário e Joel sempre se deram bem dentro e fora dos gramados
   
Foi o Romário que te ligou para falar sobre política?
Aí é outra história (risos). Passa para próxima pergunta.


Vocês dois se dão bem, né?
A hora que eu ligar para ele, a gente almoça junto, isso há vários anos. Na época que ele jogava na Holanda, a gente almoçava em São Cristóvão. Aí ele brinca comigo, eu brinco com ele. Mas daquele tamanho ele não vai querer encarnar em mim, né? (risos)


Os problemas de saúde ainda te atrapalham?
Eu estava empurrando muito as coisas com a barriga. Aproveitei para fazer cirurgias. Primeiro tratei do meu antigo incômodo na perna. Começou na esquerda, depois a direita começou a chiar e aí fiz a outra há três meses. Aí veio a catarata de um olho, depois do outro. Aproveitei para colocar pneu e farol novo, o carro já estava precisando.


Então o carro está zero. Pronto para assumir um clube?
Estou prontinho, assumo ontem. Fiz isso a vida toda.

A
s brincadeiras com inglês são comuns nas suas entrevistas. Sentiu um alívio hoje?
Do you have a dollar? (laughs)

PMDB da Câmara aceita Ciência e Tecnologia, Dilma acata indicação para pasta e governo fecha reforma

Presidente Dilma Rousseff discursa à Assembleia-Geral da ONU em Nova York

O governo conseguiu fechar a reforma ministerial que será anunciada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, em um acordo em que a bancada do PMDB na Câmara aceitou o Ministério da Ciência e Tecnologia e a presidente concordou em nomear o deputado Celso Pansera (RJ), a quem tinha resistência, informaram à Reuters fontes ligadas ao partido nesta quinta.
Dilma fez mais uma tentativa, na noite desta quinta-feira, de convencer o ministro da Secretaria de Ação Civil, Eliseu Padilha, a trocar sua pasta pela Ciência e Tecnologia e assim abrir caminho para ceder à bancada peemedebista da Câmara uma pasta da área de infraestrutura, como exigia o líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). Padilha negou mais uma vez e acabou sendo confirmado na Aviação Civil.
Picciani, que confirmara durante a tarde estar esperando um chamado da presidente, chegou no início da noite ao Planalto acompanhado de Pansera e do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que será o novo ministro da Saúde, para ambos serem oficialmente chamados para o ministério.
Dilma resistia a nomear Pansera para o cargo, apesar do deputado ser o preferido de Picciani.  
Durante a conversa com Padilha, a presidente manifestou insegurança em nomear Pansera, que não teria, segundo ela, “densidade política”, contou uma fonte presente ao encontro.
Apesar de não citar o caso, há resistência no governo também devido ao fato de Pansera ter sido citado pelo doleiro Alberto Yousseff, em delação premiada na operação Lava-Jato, como “pau- mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que o deputado nega.
Durante a conversa, Padilha teria então sugerido que Dilma falasse com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), sobre o futuro ministro. O governador já havia dado declarações de apoio à nomeação de Pansera.
A presidente também informou à Helder Barbalho que ele estava confirmado na Secretaria de Portos, como previsto inicialmente. Na tarde desta quinta o ministro já havia até mesmo se despedido dos funcionários da Secretaria de Pesca, que será reincorporada ao Ministério da Agricultura, contou à Reuters uma fonte do PMDB.
Dilma ainda recebe nesta noite o deputado André Figueiredo (PDT-CE), para convidá-lo oficialmente a assumir o Ministério das Comunicações.
O anúncio da reforma será feito pela própria presidente na manhã de sexta-feira, em uma declaração à imprensa, acompanhada de todos os ministros da nova equipe. Dilma pediu a todos, e ao vice-presidente Michel Temer, para que não viajassem para que pudessem acompanhá-la no anúncio.

Guerrero entra em lista de melhores do mundo da Fifa, dizem jornais Atacante peruano é o único jogador que atua no Brasil entre os relacionados para o prêmio

Uma pré-lista com 70 nomes para concorrer ao prêmio Bola de Ouro, concedido pela Fifa ao melhor jogador do ano, conta com um atacante que atua do Brasil. Segundo informações do jornal espanhol 'Mundo Desportivo' e do italiano 'Gazzetta Dello Sport', o peruano Paolo Guerrero, do Flamengo, está presente nesta importante relação.
Na temporada 2015, Guerrero se destacou na seleção peruana, sendo um dos artilheiros da Copa América com quatro gols marcados. Ele foi um dos principais jogadores da equipe, que terminou a competição em terceiro lugar.

Guerrero - atacante do Flamengo (Foto: Paulo Sérgio/Lancepress!)

Pelos clubes, o peruano começou bem o ano pelo Corinthians. O atacante fez quatro gols na Libertadores e foi o maior goleador do Timão no Campeonato Paulista, marcando seis vezes.
Sem acordo com o time paulista para a renovação de contrato, o atacante acertou com o Flamengo no fim de maio. Valorizado depois da Copa América, o peruano chegou decidindo e dando assistências no Fla. Com a camisa Rubro-Negra, ele marcou três gols no Brasileirão e um na Copa do Brasil.
Dos 70 jogadores selecionados, apenas três são brasileiros: Neymar (Barcelona), Willian (Chelsea) e Philippe Coutinho (Liverpool). Real Madrid e Barcelona são os times que tiveram mais jogadores na lista: sete de cada.

Alondra García Miró

Conheça a namorada de Guerrero, que promete ser a nova musa da torcida do Flamengo


Dono do patrocinador master do Flu festeja saída de R10: 'Bebe muito'



A saída do Ronaldinho Gaúcho do Fluminense, após ter rescindido o contrato na noite da última segunda-feira, foi considerada espetacular para Neville Proa, dono da Viton 44, o patrocinador master do clube das Laranjeiras. Segundo o empresário, a presença do agora ex-camisa 10 tricolor não era positiva para a equipe.
Saída? Eu não vi nem entrar. O cara está com 35 anos. Bebe muito. É um farrista. A contratação do Ronaldinho Gaúcho foi péssima. É um jogador de nome, mas acabou o nome dele - afirmou o executivo, descartando também uma proposta feita por Assis, irmão de Ronaldinho, para o jogador ser garoto-propaganda da Viton 44.
Vieram aqui vendendo a imagem dele, que ele ia falar alguma coisa (sobre os produtos da empresa), para eu pagar. Nem deixei eles falarem em dinheiro. Não quero saber de vocês aqui. Podem dar meia volta e ir embora - revelou, em entrevista ao site Máquina do Esporte.
Fluminense e Viton 44 fecharam um acordo no fim do ano passado, com validade até o fim de 2016, quando termina o mandato de Peter Siemsen. No contrato inicial, entretanto, existe uma cláusula que prevê a possibilidade de rompimento, a partir do próximo mês de outubro, desde que ambas as partes concordem.
Por mim, eu quero sair (após o fim do Campeonato Brasileiro). Mas se me obrigarem, vou ter que cumprir o contrato - encerrou.

Saiba quais são as acusações contra Eduardo Cunha

Procuradores suíços bloquearam contas do presidente da Câmara.

O Ministério Público da Suíça transferiu para o Brasil uma investigação sobre o envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com corrupção passiva e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. Na fase inicial da investigação criminal, procuradores suíços localizaram e bloquearam contas em nome de Cunha e de familiares do deputado.
Abaixo, as acusações contra Cunha:
A 1ª denúncia: Em janeiro, o doleiro Alberto Youssef disse que Cunha recebeu propinas de contrato com as empresas Samsung e Mitsui, representadas por Júlio Camargo. Youssef afirmou que aliados de Cunha pressionaram a Mitsui e Camargo após interrupção no repasse do dinheiro.
Requerimentos: Em março, O GLOBO mostrou que Solange Almeida (PMDB-RJ), deputada aliada de Cunha, fez dois requerimentos em 2011 pedindo dados ao TCU e a Minas e Energia sobre auditorias, aditivos, licitações e contratos da Mitsui com a Petrobras. Em abril, registro eletrônico da Câmara, segundo a “Folha de S. Paulo”, apontava que o autor do documento que deu origem ao requerimento é “Dep. Eduardo Cunha”. Em maio, o STF autorizou a apreensão de registros da Câmara e, em julho, a PGR concluiu que Cunha foi o real autor dos requerimentos.
US$ 5 milhões: Em julho, Júlio Camargo disse à Justiça ter sido pressionado por Cunha a pagar US$ 10 milhões em propinas relativas a 2 contratos de navios assinados pela Petrobras eme 2006 e 2007. Segundo ele, Cunha pediu US$ 5 milhões. O delator disse não ter falado antes por medo.
“Pau-mandado”: Também em julho, Youssef afirmou ao juiz Sérgio Moro que estava sendo intimidado “pela CPI da Petrobras, por um deputado pau-mandado do deputado Eduardo Cunha”. O “pau-mandado” seria o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).
No STF: Em agosto, Cunha se tornou o 1º presidente da Câmara no cargo denunciado pelo MPF. Enviada ao STF, a denúncia diz que ele recebeu propina de US$ 5 milhões, paga no Brasil e no exterior por meio de consultorias não prestadas, notas fiscais frias e transferência à Assembleia de Deus.
Baiano fala: Em setembro, Baiano confirmou, em delação premiada, o repasse de US$ 5 milhões a Cunha. O operador do PMDB teria corroborado “todas as acusações” a Cunha feitas por Camargo e Youssef. Moro enviou ao STF cópia de depoimento do suposto operador João Augusto Henriques, que, à PF, disse ter feito transferência ao exterior para a conta de um político. Segundo procuradores, seria Cunha.

E agora Cunha que o MP da Suíça encontra US$ 5 milhões em contas?

O Ministério Público na Suíça encontrou cerca de US$ 5 milhões em contas controladas por Eduardo Cunha. No registro das contas, o nome de Cunha, da mulher Cláudia Cruz e de uma de suas filhas aparecem como reais responsáveis pela movimentação financeira. As informações foram repassadas às autoridades brasileiras, que passarão a investigar crime de lavagem de dinheiro.
Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmar que o presidente da Câmara e familiares dele têm contas bancárias na Suíça que são investigadas por autoridades do país europeu, o peemedebista desistiu da viagem que faria a partir desta quinta-feira para a Itália. Fragilizado pelo aumento de denúncias contra ele por suspeita de participação no esquema da Petrobras, o parlamentar reagiu com ironia ao ser perguntado se estaria perdendo apoio à sua permanência na presidência da Casa.
— Eu não estou atrás de apoio, por que é que eu vou perder? — respondeu Cunha, em entrevista coletiva nesta tarde.
O presidente da Câmara negou-se novamente a comentar sobre o envio, pela Promotoria da Suíça, dos autos de investigação contra ele sob suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, explicando que quem fala por ele é seu advogado. Indagado sobre as contas no exterior, Cunha não respondeu.
— Perguntem a ele (o advogado). Não vou responder nada que não seja pelo meu advogado — afirmou.
Cunha iria à Itália para do participar Fórum Parlamentar Itália-América Latina e Caribe. Ao informar sobre o cancelamento da viagem, Cunha justificou que pretende comparecer ao casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), no sábado.
— Eu decidi ontem à noite. Primeiro, tenho convite para o casamento do Jucá, de quem eu sou muito amigo — disse Cunha, acrescentando:
— Era uma viagem muito comprida, tinha que voltar na segunda e faria apenas um discurso no evento. Achei que seria muita corrida para um evento que não tem tamanho que justificasse — afirmou.
Ele negou que a desistência esteja relacionada com a denúncia.
— Não tem nada a ver com nada — afirmou.
ENTENDA A INVESTIGAÇÃO NA SUÍÇA
A investigação na Suíça foi aberta em abril, quando as contas bancárias de Cunha e familiares foram bloqueadas. O presidente da Câmara é suspeito de receber propina por vazamento de informação privilegiada na venda, para a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África.
“Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça. O instituto da transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a persecução penal”, informa a PGR, em nota.
Parte das suspeitas das autoridades suíças foram confirmadas pelo lobista João Augusto Rezende Henriques. Em depoimento à Polícia Federal em Curitiba, na sexta-feira passada, João Henriques disse que fez depósito numa conta que, mais tarde, ele descobriu pertencer a Cunha. A conta destinatária do pagamento foi indicada a ele pelo lobista Felipe Diniz, filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), já falecido, um ex-aliado do presidente da Câmara.
Em nota divulgada na quarta-feira, o advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza, disse que desconhece a investigação na Suíça. “A defesa do deputado Eduardo Cunha desconhece qualquer procedimento investigatório realizado naquele país. Por tal razão, está impedida de tecer comentários acerca dos supostos fatos noticiados. A defesa do deputado Eduardo Cunha está pronta para prestar os devidos esclarecimentos que se façam necessários, mas mantendo a sua postura de se manifestar exclusivamente nos autos de processos e caso formalmente questionada pelas autoridades competentes"

MPF propõe ação contra Renan Calheiros por omitir informações

<p>Ação trata de supostas irregulares na ocupação de cargos do Senado.</p>

O Ministério Público Federal (MPF) pediu hoje (1º) a abertura de ação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por improbidade administrativa. De acordo com os procuradores, Calheiros deixou de fornecer informações a respeito de supostas irregularidades na ocupação de cargos comissionados no Senado.
No pedido, o MPF argumenta que a ação foi proposta após Calheiros ter deixado de responder a sete pedidos de explicações sobre a ocupação de cargos comissionados. Entre os dados requisitados estavam a relação de ocupantes dos cargos comissionados, remuneração e lotações destes funcionários, horário de expediente, controle de frequência e a atividade desenvolvida pelos profissionais.
Os procuradores queriam saber também se eles desempenhavam atividades de chefia e coordenação e se tinham algum vínculo de filiação com partidos políticos. Além disso, pediram o número de candidatos aprovados em concursos públicos que aguardavam nomeação.
Na ação, o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes argumenta que Calheiros era obrigado a dar retorno aos pedidos, uma vez que as requisições têm caráter impositivo,  não se configurando em mero requerimento, de atendimento facultativo.

Ostentação de ex-prefeita não é investigada, diz delegado

Apesar de ter ganhado projeção nacional graças à publicação no Instagram de fotos a bordo de jet-skis ou em boates com taças de champanhe, a ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Rocha, não terá seus perfis em redes sociais investigados.
“A presença dela nas redes sociais não foi levada em conta em nenhum momento na investigação, nem é citada no inquérito”, diz delegado da Polícia Federal responsável pelo caso.
"A presença dela nas redes sociais não foi levada em conta em nenhum momento na investigação, nem é citada no inquérito", disse à BBC Brasil o delegado da Polícia Federal Ronildo da Silveira, responsável pelo caso. "O Instagram da prefeita, para nós, é irrelevante."
Depois de passar 39 dias foragida, a ex-prefeita se entregou à Superintendência da Polícia Federal(PF), em São Luís, na última segunda-feira (28). Atualmente sem partido (ex-PP), Rocha é indiciada por crimes de associação criminosa, peculato e fraude em licitações para reformas de escolas.
Para o delegado, a importância dada às publicações da "prefeita ostentação" seria "mais uma criação da mídia do que de fato a investigação da polícia".
Magno Linhares, juiz responsável por determinar o destino da ex-prefeita e de seu ex-namorado e ex-secretário de Articulação Política, Beto Rocha, e do ex-secretário de Agricultura Antonio Gomes da Silva, concorda com o delegado da Polícia Federal.
"Eu não avalio pelo aspecto moral, mas pelo aspecto jurídico", diz Linhares, da 2ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF).
"(O foco na ostentação) é interessante, porque mostra que a sociedade está atenta a seus gestores. Mas também mostra um aspecto negativo, porque pode ensejar em pré-julgamento contra os supostos desvios que estão sendo apurados."
Os advogados da ex-prefeita não responderam aos pedidos de entrevista.
Segundo o Ministério Público Federal e a PF, a ex-prefeita e seus assessores teriam participado de fraudes em licitações para a reforma de escolas públicas.
Também teriam sacado, em espécie, R$ 300 mil destinados à merenda escolar do município. "A estimativa é que os supostos desvios cheguem a R$ 15 milhões", diz o juiz responsável pelo caso.
Com IDH de 0,538 (a média nacional é 0,730), o município de Bom Jardim está entre os lanterninhas nos rankings de educação e qualidade de vida de todo o Brasil.
Nas palavras de um morador, pela internet, os cidadãos bonjardinenses convivem com "escolas sem nenhuma condição, ruas sem asfalto, bairros sem água, energia que toda hora falta".
Por isso, segundo os responsáveis pela investigação, os supostos crimes que teriam sido cometidos têm "total prioridade" sobre as imagens de luxo publicadas pela ex-prefeita nas redes sociais.
Para o criminalista David Rechulski, especializado em administração pública e crimes de internet, as contas da "prefeita ostentação" na internet são "irrelevantes" na investigação.
"A partir do momento em que se descobre algo efetivo, o comportamento extravagante dela se torna secundário", diz. "Teria relevância maior se ela tivesse cometido algum crime usando meios eletrônicos" - o que, segundo os responsáveis pela investigação, não faz parte do inquérito.
O advogado associa a reação da opinião pública às fotos da ex-prefeita a bordo de jet-skis e em boates com joias e taças de champanhe com a crise política no governo federal.
"As pessoas estão vivendo um desgaste tão grande em relação ao comportamento dos agentes públicos e ao uso do dinheiro público que a forma de usar o dinheiro desviado acaba gerando mais indignação do que o próprio desvio em si."
Pelo Instagram, respondendo a uma crítica em uma foto de sua caminhonete (cujo preço estimado é de R$ 115 mil), a ex-prefeita disse: "Devia era comprar um carro mais luxuoso porque graças a Deus o dinheiro está sobrando".
"Eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem. Beijinho no ombro pros recalcados", afirmou, também pelo Instagram.

'Força do impeachment vem da rua, e não do Congresso', diz Fernando Henrique

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta quinta - feira, 1, em entrevista ao telejornal SBT Brasil, que um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não virá de dentro do Congresso Nacional, onde estão protocolados dezenas de pedidos, mas das ruas.   
"A força do impeachment, se houver, vem da rua, e não de dentro do Congresso. Com o Collor foi assim", afirmou o tucano. O discurso moderado do ex-presidente contrasta com o dos deputados do PSDB na Câmara, que integram o movimento pluripartidário pelo impedimento da presidente. 
Ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, FHC disse que ainda não examinou "com cuidado" a petição protocolada na Câmara pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, mas questionou a argumentação apresentada pela dupla. "Eles argumentam que foi de tal natureza a agressão à Lei de Responsabilidade Fiscal (no caso das pedaladas fiscais) que isso configuraria o impeachment. Talvez tenham razão, mas não basta. É preciso que a população entenda. Você falar de pedalada fiscal é muito abstrato" . 
ctv-cuq-fhclivrariadaniel: O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
O pedido de impeachment  assinado por  Bicudo e Reale Jr, considerado pelos partidos de oposição o mais consistente entre os que foram protocolados na Casa, tem como base as chamadas pedaladas fiscais. 
A manobra, que está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), consiste no atraso de repasses do Tesouro Nacional para instituições financeiras públicas e privadas que financiam despesas do governo, como benefícios sociais e previdenciários, Bolsa Família, seguro-desemprego e os subsídios agrícolas.
Sobre a reforma ministerial promovida por Dilma, que entregou 7 ministérios ao PMDB, FHC afirmou que  o "pragmatismo" é necessário sempre, mas que também "é necessário ter valores". "Talvez para ganhar uma sobrevida sim, ela esteja certa", afirmou o tucano. 
Questionado sobre a troca de e-mails entre executivos da construtora Odebrecht  que indicam que o Lula, em sua gestão no Palácio do Planalto, fez lobby para a Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse considerar "normal" que os presidentes defendam os interessas das empresas do seu País".