GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Primeira reunião, aberta ao público, do Plano Diretor é realizada; cronograma de audiência é rejeitado pelo Comdurb

Cerca de 20 pessoas participaram, na última quinta-feira, na sede da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de São Sebastião, da primeira reunião da etapa de participação popular para a elaboração final do Plano Diretor do município.
O projeto leva o nome de P7 por tratar-se da sétima versão do documento e foi reformulado com base em etapas internas, originadas de primeira, aprovada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Comdurb), que está agora promovendo as devidas adequações através de audiências públicas.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito, o plano está sendo trabalhado internamente há quase dois anos. “A prefeitura se fechou com duas consultorias, uma da Universidade de São Paulo e outra especializada em planos diretores, e produziu sete produtos. Ontem foi levado o produto sete”.

Reunião

Durante a reunião, Hipólito comentou sobre a importância do fortalecimento do Comdurb como coordenador desse processo, visto que é formado por vários segmentos da sociedade, representantes de todos os setores da população, e é o mais antigo e ativo conselho da cidade. “O conselho já conduziu o primeiro e único plano, de 1999, inclusive eu também era o coordenador”, conta o secretário, que também ressaltou a importância da participação popular. “Todos, independentemente se fazem parte ou não de algum grupo de mobilização social, não só podem como devem estar presentes neste processo tão importante e essencial para a cidade”, declara. “Pretendemos levar o projeto ao maior numero possível de pessoas, para que todos contribuam. Esta é a chance que temos de fazer um plano que represente a sociedade. É claro que a parte técnica é importante também, porque dá subsídios”, diz.
Durante a reunião, Hipólito disse que o conselho tem três pilares. “O primeiro é que ele é obrigatório, uma cidade tem que ter seu plano diretor. O segundo é que o plano é como um raio-x da cidade, e a Lei Federal diz que precisamos ter. Outra base é que o plano tem que ser participativo”, declara. Em seguida, o engenheiro civil e doutor em planejamento urbano e ambiental, Ivan Carlos Maglio, diretor da Política e Planejamento Ambiental Ltda (PPA) fez a apresentação do P7.

Cronograma é rejeitado

Segundo a consultora ambiental Miriam Gonçalves, presente à reunião como representante da sociedade civil, após a leitura de alguns trechos do plano, foi passada para aprovação dos conselheiros do Comdurb uma proposta, feita pela prefeitura, de cronograma para futuras audiências, uma no Centro, outra na Costa Sul e mais uma na Costa Norte, sendo a primeira em 17 de setembro e as demais nos dias 21 e 24 também do próximo mês. “Nesse meio tempo, o secretário adjunto da pasta, Sylvio Nogueira Filho, fez comentários dizendo que tinha certeza de que todo encaminhamento que a prefeitura estava dando ao plano era legal”, conta. No entanto, ainda de acordo com Miriam, a proposta não foi aceita pelo Comdurb. “Os conselheiros não aprovaram o cronograma proposto, porque ninguém conhece o plano, nem o Comdurb, nem a população”, comenta. “Como realizar uma audiência pública num prazo tão pequeno, sem ninguém conhecer nada sobre o plano?”, questiona.
De acordo com Célia Pinto, membro do Comdurb, também presente à reunião, é preciso que haja maior interação com a comunidade e apenas duas semanas não são suficientes para isso. “Recebemos um disquete com o plano nesta quinta. Não pode ser assim, a toque de caixa. Temos que ser ouvidos, discutir, já foi o tempo do goela abaixo”, reclama.
Segundo ela, na reunião foi conquistado um prazo de dois meses ao invés de duas semanas. “E se dois meses não forem suficientes para a comunidade estar a par do conteúdo, entraremos no Ministério Público para prorrogá-lo”, avisa.
Segundo Hipólito, não há pressa. “Apresentamos um cronograma que achamos que dava pra tocar. Querem mais tempo? Não tem problema. Uma coisa bem feita é mesmo feita sem pressa”, diz. “De qualquer maneira, a falta de pressa não exclui a necessidade de um cronograma. Vamos descruzar os braços e ajudar a gente. Nem sempre se deu essa oportunidade para as pessoas”, convida o secretário.

Próximas reuniões

Miriam informa que os membros do Comdurb, após recusa da proposta, resolveram que a primeira audiência será realizada no dia 5 de novembro, ao invés de 17 de setembro. De acordo com a prefeitura, uma reunião extraordinária, para leitura técnica e familiarização do contexto do projeto, será realizada no próximo mês.
“Independentemente do Comdurb, faremos reuniões setoriais, com grupos importantes, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o ramo náutico, a associação comercial, a associação de engenheiros e arquitetos, o Porto, a Petrobras, enfim, organizações importantes dentro da cidade, para que nos ajudem”, comenta Hipólito.

Sugestão

Miriam sugere, ainda, que todos – poder público e sociedade civil – leiam o “Kit Plano Diretor”, que também pode ser acessado no site do Ministério das Cidades. “Não podem ser descumpridos os dispositivos constitucionais (Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257-2001) que exigem que todas as fases e partes do Plano Diretor se baseiem em ampla participação popular, considerando que no longo prazo de vigência do Plano, abrangendo vários governos, é a sociedade que sofrerá seus efeitos, colherá seus benefícios e arcará com os encargos”, declara.

Participação Popular

Célia Pinto explica que, agora, os conselheiros irão buscar as lideranças de cada bairro da cidade. “O primeiro pessoal com quem eu quero conversar para montar uma agenda de trabalhos é do Canto do Mar, Jaraguá e Enseada”, conta. “Não adianta pensar que todo mundo terá acesso ao plano pela Internet, isso é ilusão. Apenas 2% das pessoas têm acesso irrestrito à Internet, ninguém vai até uma lan house para ler o plano. E é importante que seja falada a língua do povo, não a técnica”, continua a conselheira, que acredita que serão feitas pelo menos três reuniões por semana de no mínimo duas ou três horas, para que as pessoas entendam a proposta. Ainda de acordo com Célia, o plano deve ser 90% feito pelos moradores de São Sebastião, que tem funcionários adequados para fazer isso. “Melhor do que nós ninguém vai fazer. Somente quem mora aqui sabe onde estão escondidos os erros e os problemas”, declara.
O documento é norteado no ano de 2031, quando a população da cidade (segundo estimativa) deverá ser de aproximadamente 102,5 mil pessoas. “São coisas sérias que irão nortear todo o desenvolvimento do município nos próximos 20 anos, por isso tem que haver um trabalho conjunto para conseguirmos fazer um plano o mais próximo do ideal possível”, finaliza.

Ações finais

Após realizadas as devidas adequações – fase que ainda não tem previsão de término – a Câmara Municipal receberá o Plano Diretor para discussão e votação.

Mais informações

Mais informações sobre o Plano Diretor podem ser obtidas no site da prefeitura - www.saosebastiao.sp.gov.br, onde é possível fazer o download do plano, ou na Semam, localizada na Avenida Antonio Januário do Nascimento, 213, Centro, telefone (12) 3892-6000. Lá, está sendo disponibilizado um plano para consulta e manuseio, segundo Hipólito.

Casos de homicídios dolosos crescem 66,6% no LN no mês de julho

Maior incidência ocorreu em São Sebastião que teve dois casos no período contra nenhum no mês anterior; também foi registrado aumento considerado nos casos de roubo

Litoral Norte – Balanço divulgado esta semana pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado aponta que houve um crescimento considerado no número de homicídios dolosos (intencionais) na região no mês de julho. O aumento foi de 66,6% quando comparado com o mês anterior, passando de seis para 10 casos registrados. O maior índice foi registrado em São Sebastião, que teve duas mortes violentas contra nenhuma em junho.
Uma delas ocorreu no dia 17 de julho na rodovia Rio/Santos, Km 157, no bairro de Maresias, Costa Sul de São Sebastião. Segundo a polícia, um telefonema dado à delegacia anonimamente, por volta das 12h de domingo, revelou a presença de um corpo dentro de um barraco no local.
A Polícia Militar foi avisada e encontrou caído no chão do barraco Severino José Alves Bezerra, 45 anos. Ele tinha ferimentos no rosto e cabeça e supostamente provocados por pauladas. A vítima morava sozinha.
Outra cidade que teve registrado dois casos de morte violenta foi Ubatuba, um a mais no período anterior. Caraguatatuba e Ilhabela mantiveram a mesma quantidade de registro, ou seja, quatro e um homicídios, respectivamente.
Em Caraguá, um dos crimes que chamou a atenção foi a morte do comerciante João José Rodrigues, 43 anos, conhecido como João Português. Ele foi baleado no final do mês por volta das 8h30, quando fazia a entrega de uma mercadoria em uma oficina mecânica. Segundo testemunhas, um homem de capacete entrou no estabelecimento localizado na avenida Rio Branco, próximo à rotatória, e fez cinco disparos contra a cabeça da vítima, que morreu no local. O crime chocou as pessoas que trabalhavam nas imediações.

Roubos

Outro crime violento que chamou a atenção no mês de julho foram os roubos, que teve uma crescimento de 22,3% com relação a junho, foram 93 casos registrados no mês passado contra 76 de junho. Caraguá foi a cidade com a maior quantidade, passando de 31 para 38, seguida de Ubatuba com 29 contra 22; São Sebastião com 23 contra 20 e Ilhabela, que manteve três casos de roubo no mês.
Com relação a furtos, quando o bandido não utiliza da violência, houve uma queda de 3,6% no Litoral Norte. Mas esse percentual foi graças a Ubatuba que baixou de 108 para 76 casos no mês passado. Em contrapartida, Caraguá, São Sebastião e Ilhabela tiveram uma elevação nessa tipologia de crime, passando de 151 para 158, 137 para 138 e 48 para 56, respectivamente.

Conseg

O aumento na incidência de crimes violentas na região é preocupante, na avaliação de Tarcísio Alves de Souza, presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Caraguá (Conseg).
Segundo ele, o conselho foi reestruturado com o objetivo de discutir mais sobre segurança na cidade que é considerada uma das violentas. Souza atenta que é necessária, também, a participação da comunidade. “Nas reuniões, têm representantes da Polícia Civil e da Polícia Militar, e eles estão lá para tirar as dúvidas, serem informados de problemas existentes em uma determinada região”.

Écouter...


Esses dias estava lembrando-me que certa vez acordei e como de costume fui tomar café antes de colocar as lentes de contato. Pela manhã sou meio lenta, o meu despertar é lento e é com a xícara de café que vou acordando... aos poucos.

Pois bem, estava então saboreando uma xícara de café quando ouvi um barulho muito estranho. Não conseguia identificar. Fiquei agoniada. Depois de certo tempo o que me pareceu era que havia ratos a andar embaixo do piso. Esta percepção intrigava-me porque moro em apartamento, então como há de ter ratos entre um andar e outro? Definitivamente impossível me pareceu.

O barulho continuava e cada vez mais forte, procurei identificar de onde vinha e de fato era do chão. Parecia um trincar. Coloquei imediatamente as pernas para cima da cadeira e fiquei olhando assustada sem identificar direito o que estava acontecendo devido a ausência das lentes.

Sempre achei que determinadas coisas não fazem barulho e não se mexem, por exemplo, parede, piso, enfim toda a estrutura de uma casa. O que aconteceu foi que o piso pipocou com as pontas para cima devido à dilatação provocada pela mudança brusca de temperatura e pelo fato de ter sido colocado muito próximo um do outro. Desse dia em diante fiquei imaginando os tipos de barulhos, os mais estranhos possíveis, que ouve uma pessoa em pleno terremoto. 
 
Apavorante!!!

Salgadinho

O paulistano Paulo Alexandre Nogueira Salgado Martins (SALGADINHO),

Nasceu na ZONA SUL de São Paulo onde aos 13 anos começou a tocar seu instrumento favorito que é CAVAQUINHO e iniciou a carreira cantando em bares e eventos promovidos por amigos e pessoas envolvidas com casas noturnas.

“PROFISSIONALISMO, PONTUALIDADE, CARISMA e AMOR” a profissão, fizeram com que esse PROFISSIONAL obtivesse o nosso CARINHO e CREDIBILIDADE em NÍVEL INTERNACIONAL.

CANTOR, COMPOSITOR(com mais de 60 (sessenta) canções gravadas) e MÚSICO CONSAGRADO, SALGADINHO lançou em 1995 o “PRIMEIRO VÍDEO AULA PARA CAVAQUINHO NO BRASIL”, REVOLUCIONANDO o MOVIMENTO MUSICAL NO PAÍS(sendo ele um dos maiores músicos deste instrumento no Brasil)

Foi líder do grupo Katinguelê desde 1992, gravou seu primeiro disco intitulado “Bem No Íntimo” venderam mais de 100.000 discos por uma gravadora independente, em 1994 gravou seu álbum de maior sucesso com o grupo de título “No Compasso do Criador” já na gravadora Continental Divisão Warner Music do Brasil e permaneceu no grupo até o ano 2000 vendeu mais de 4.000.000 de CDS, seu currículo de vendas com o grupo: 7(sete) discos gravados, 7(sete) discos de ouro(100.000 por disco), 6(seis) discos de platina (250.000 por disco), 3(três) discos de platina duplo (500.000 por disco) e 1(um) disco de diamante (mais de 1.000.000 de discos).

Artista consagrado por público e crítica, já participou dos principais programas de no Brasil, Especial ROBERTO CARLOS e convidados,  Programa do JÔ, Domingão do FAUSTÃO, Domingo legal(GUGU), Planeta XUXA, FANTÁSTICO, ELIANA, Caldeirão do HULK HEBE CAMARGO, Terceiro Tempo(MILTON NEVES) e muitos outros, além de ter protagonizado seu próprio programa de TV na REDE GLOBO junto com seu companheiro NETINHO e amiga KELLY KEY(na época iniciando carreira), o programa era o SAMBA PAGODE O CIA e ia ao ar todos o sábados a tarde com o melhor da musica popular brasileira, ficou no ar por sete meses no ano de 1998, a quantidade de shows dele e de seu companheiro NETINHO de PAULAS e os compromissos com suas respectivas bandas, não os deixaram prosseguir com o projeto.

O “PRIMEIRO CD SOLO” intitulado “LUA DE MEL”(50.000 discos) foi lançado pela BMG BRASIL, e agora divulga o seu “SEGUNDO CD SOLO”, nesse CD SALGADINHO assina cinco canções.

A “CARREIRA SOLO”  alcançou com algumas canções,  “ALTOS ÍNDICES de EXECUÇÔES”, a música “NUMA BOA” que intitula o CD lançado pela SONY MUSIC.

São inúmeras as musicas de sucessos de SALGADINHO até hoje, as mais conhecidas são RECADO 

À MINHA AMADA(LUA VAI...), INARAÍ, NO COMPASSO DO CRIADOR(CHUVA CAAAI...), 

MARIANA PARTE MINHA(grupo SEM COMPROMISSO), CAPOEIRA(grupo SENSAÇÃO), tem musicas gravadas com OS TRAVESSOS, EXALTASSAMBA, ZECA PAGODINHO, MARTINHO DA VILA, PIXOTE, OS MORENOS etc...

SALGADINHO, já levou o seu show por vários países, EUA, FRANÇA, ITÁLIA, SUIÇA, JAPÂO, PORTUGAL, ESPANHA, etc...
A
RTISTA DE GRANDE RETORNO COMERCIAL, onde quer que se apresente,  SALGADINHO tem confirmada a sua volta, pois a ALEGRIA, PROFISSIONALISMO e CARISMA de sua parte são contagiantes.

“MADURO O ARTISTA RECICLOU- SE”.

Em 2008 gravou o CD e DVD, ¨A VOLTA¨, com o grupo Katinguelê sua banda de origem viajando por dois anos todo o Brasil com a turnê de sucesso incontestável, retornando agora em 2010 com sua CARREIRA SOLO, já com agenda contendo shows de norte a sul do país.

O CANTOR SALGADINHO, é considerado hoje arista completo, FAZ PARTE do grupo RENASCER PRAISE, o maior grupo de louvor da América latina, sendo ele uma das melhores vozes do cenário musical nacional. Alguns críticos dizem;

“A VOZ MAIS SUAVE E AFINADA DO PAGODE”.

SALGADINHO ARTISTA DE FINO TRATO VOZ , IMAGEM E COMPORTAMENTO MARCANTE E INCONFUNDÍVEL, ESTÁ MELHOR DO QUE NUNCA !

Benito di Paula




Uday Veloso ganhou fama nacional com o pseudônimo de Benito Di Paula. Nascido em 1941, em Nova Friburgo, RJ, é um dos grandes nomes da canção nacional dos anos 70. Foi crooner de boates do Rio de Janeiro, e depois continuou tocando na noite paulistana. Iniciou carreira pela gravadora Copacabana no início dos anos 70. Seu estilo musical é conhecido como "samba jóia", ao combinar o samba tradicional com piano e arranjos românticos e jazzisticos. Seu primeiro disco "Benito Di Paula" de 1971, foi censurado por trazer a música "Apesar de Você" de Chico Buarque.
Seu segundo LP, "Ela" também não trouxe grande êxito. Mas estourou nas paradas de sucesso com o terceiro, "Um Novo Samba", onde já aparecia na capa com sua longa barba e cabelos, inúmeras correntes, brincos, pulseiras, etc. O grande sucesso desse disco foi a música "Retalhos de Cetim".
Teve inúmeros sucessos ao longo de sua carreira como "Charlie Brown", "Vai Ficar Na Saudade", "Se Não For Amor", "Amigo do Sol, Amigo da Lua", "Mulher Brasileira". Chegou nos anos 70, a disputar a venda de LPs juntamente com Roberto Carlos, tendo composto muitas músicas para este.
Comandou o programa "Benito di Paula e seus convidados - Brasil Som 75" na TV Tupi. Tem mais de 35 discos gravados, tendo parte importante de sua obra relançada em CD, devido ao sucesso de suas músicas. Chegou a fazer sucesso em nível internacional como no México, Japão, Estados Unidos e principalmente na América Latina.
Teve parte de sua história contada no livro "Eu Não Sou Cachorro Não" do historiador, jornalista e escritor baiano Paulo César de Araújo.
Após 10 anos sem gravar, Benito di Paula lançou, em 2009, pela EMI Music seu segundo CD e primeiro DVD ao vivo, gravado no Vivo Rio, e que traz seus maiores sucessos, como Retalhos de Cetim, Sanfona Branca e Charlie Brown.

As Últimas 72 horas

Fotografia Guilherme Araújo - Napoli - Itália
22 de Julho 2010

Anoitece em Napoli. Vista da janela do hotel.

Fotografia Guilherme Araújo- Napoli - Itália
23 de Julho 2010

Amanhece chovendo em Napoli. Dizem que levo o Sol quando viajo, já agora de partida vem a chuva.  
 
Fotografia Guilherme Araújo - Napoli - Itália
23 de Julho 2010

Último almoço na Itália, aeroporto de Napoli. Salada, pasta (macarrão) e de sobremesa Tiramisú, que estava saboroso.


Fotografia Guilherme Araújo - Roma - Itália
23 de Julho 2010

Aeroporto de Roma. Viajando pela Alitália, eu recomendo.
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma - Itália
23 de Julho 2010

Aeroporto de Roma. Este doce é maravilhoso. O melhor doce que comi nesta viagem. Imperdível!!! 

Fotografia Guilherme Araújo - Roma - Itália
23 de Julho 2010

Pôr-do-Sol em Roma. 
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma - Itália
23 de Julho 2010

Hora do embarque, aeroporto de Roma. É muito bom voltar para casa.
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
23/24 de Julho 2010

Painel com trajeto do vôo AZ 672 Roma - Rio de Janeiro

Distance to Rio de Janeiro 7683 km 

Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
23/24 de Julho 2010

Fuso horário. Quando é noite aqui e lá.
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
23/24 de Julho 2010

Outside air temperature: - 45,4 F

Distance to Rio de Janeiro: 4768 miles
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
24 de Julho 2010

Dia/Noite diferença de fuso horário. 
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
24 de Julho 2010

Chegando ao Rio de Janeiro
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
24 de Julho 2010

Câmara externa do avião. Pista de poso do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, Rio de Janeiro.
 
Fotografia Guilherme Araújo - Roma/Rio de Janeiro
24 de Julho 2010

Câmara externa do avião. Aterrizagem, Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, Rio de Janeiro.


Fotografia Guilherme Araújo - mesa de almoço
24 de Julho 2010

Almoço de chegada e comemoração de meu aniversário na casa de mamãe. Menu: feijoada, feijão tropeiro, tutu de feijão, salada de feijão com bacalhau, arroz a grega, ervilha com ovos, salada de alface, tomate e ovos de codorna, e Chester com pêssegos em calda. Para sobremesa Torta de chocolate com recheio de brigadeiro e chantili e cobertura de morangos com carolinas. Tudo muito gostoso. Mãe, obrigada pelo carinho. Como é bom comer feijão com arroz!

Conheça o que há em Milano

A moda da casa - Milão - Itália - 09 de Julho 2010

* uma das vantagens de ter seios fartos é poder desocupar as mãos.

Chegar em Milão após Madri comporta em um impacto visual urbanístico, pois Madri, bem como toda Espanha é muito florida, já Milão é o oposto, de uma urbanidade feia. No entanto Milão é como uma Torre de Babel, onde todos os povos desfilam pela Praça de Duomo onde fica a Catedral de Duomo e na Galeria Vittorio Emanuele II. Capital da Moda, Milão acolhe pessoas do mundo inteiro a procura das grandes marcas e de muita elegância, aqui tudo é muito caro.

Na Espanha 90% das pessoas tem porte esguio e são magras, donas de uma elegância invejável, já na Itália o porte é mais arredondado, seguindo o padrão das mulheres brasileiras, com peito, bunda e coxas carnudas.

O povo italiano é de um acolhimento muito maior do que o espanhol, e me parece mais feliz. Feliz na mesa e feliz na cama e posso dizer também que me sinto muito mais feliz na Itália.

No dia-a-dia procuro exercitar o italiano, é minha primeira opção, caso fique difícil a comunicação então recorro ao inglês. O italiano opta logo pelo inglês, já o espanhol mantêm a língua hispânica e opta pela não comunicação utilizando-se do ¨no comprendo¨, são extremamentes complicados e agressivos, diferente do italiano que são sensuais e cativantes, além de mais bonitos.

Tudo aqui na Europa é diferente, tudo é novidade, tudo é curioso, palco especial para exercitar meu olhar de estrangeira, a que é estranha. Penso que ser estrangeiro é isso, é ser estranho, é estranhar o que está em volta. Olhar pela primeira vez, descobrir, aventurar-se em terra estranha.

Todos os dias acontecem coisas incríveis e ontem em Milão me surpreendei atravessando uma ponte elevadissa de um castelo medieval, Castello di Sforzesco. Eu nunca havia imaginado que um dia isso aconteceria e enquando passava pela ponte veio-me a sensação da importância do impacto, pois quem já é antigo por aqui há de se lembrar que já referi as histórias que meu pai me contava sobre o Rei Artur e seus cavalheiros. Experiências assim possuem um impacto diferenciado.

Fotografia Guillherme Araújo - Castello di Sforzesco
Milão - Itália - 08 de Julho 2010

Quanto ao mais, os dias são sempre cheios de informação, pois são muitos fatos históricos para assimilar, é muita novidade e um andar sem fim, que comporta o dia inteiro a andar e andar. Em Milão comprei um bilhete de metrô que é válido por 48 horas a custo de 5 euros, e pude me locomover na sexta e no sábado, indo de um lado para outro no centro histórico.

Há muitas curiosidades e uma delas encontrei pesquisando no Google, então fiquei sabendo que o Bife a Milanesa é originário daqui de Milão, claro, mas nunca havia feito essa associação, muitas coisas por aqui são denominadas de Leonardo em homenagem a Leonardo da Vinci, até mesmo um parque de diversões infantil, as outras curiosidades serão motivo de novos postes, percebendo e fotografando tudo, já se foram 19 GB de memória da câmara, e vamos que vamos, delícia tudo isto!

Fotografia Guillherme Araújo - Milão
Propaganda Parque de Diversões Leolândia
Itália - 09 de Julho 2010

domingo, 28 de agosto de 2011

36 horas no centro de Manhattan


36 horas no centro de Manhattan

O One World Trade Center está subindo, o Memorial de 11/09 será aberto bem
abaixo dele no próximo mês, no décimo aniversário dos ataques terroristas.
Embora o progresso no local onde era o World Trade Center tenha sido lento,
os bairros circundantes não esperaram para reviver (e em alguns casos se
reinventar) após toda a devastação emocional e econômica. O distrito
financeiro está movimentado, Chinatown está mais peculiar e sedutora do que
nunca e o TriBeCa está a todo vapor com novos restaurantes, bares e hotéis.
Com exceção de quem procura uma noite de incessante balada, os turistas
quase não precisam seguir para o norte da Canal Street para ter um fim de
semana completo em Nova York.
Sexta-feira
14h – Cruzeiro pelo porto
Já esteve lá (Liberty e Governors Islands) e já fez isso (andar
gratuitamente na balsa de Staten Island)? Existem outras opções de cruzeiros
pelo porto, e qual é a melhor maneira de ter um panorama de Lower Manhattan?
Uma possibilidade é velejar 90 minutos a bordo do navio Clipper City,
réplica de uma escuna de transporte de madeira do século 19 (Manhattan by
Sail; 800-544-1224; manhattanbysail.com), que parte do South Street Seaport.
Outra é um cruzeiro de uma hora pelo porto com o Statue Cruises Hybrid, movido por várias fontes de energia, incluindo células de
combustível de hidrogênio, painéis solares e turbinas eólicas.
16h – Açúcar e sabonete
Vá para o TriBeCa para se fartar na Duane Park Patisserie (179 Duane St.;
212-274-8447; duaneparkpatisserie.com; tortas de limão a US$ 5; 'magic
cupcakes’ a US$ 4) no arejado parque que tem o mesmo nome. 
Depois, passeie
pelas lojas das redondezas, que vão do delicado ao sério. 
Na Lucca Antiques objetos de madeira velha e metal da Europa e os transformam brilhantemente
em móveis, lâmpadas e quadros modernos. A Torly Kid (51 Hudson St.;
212-406-7440; torlykid.com) tem roupas surpreendentemente funcionais para
bebês a adolescentes. No Working Class Emporium (168 Duane St.;
212-941-1199; workingclassinc.com) você pode comprar presentes peculiares
como quebra-cabeça tridimensional e sabonete em forma de cães.
18h30 – Happy-hour dos banqueiros
Se você se ressente com os salários e bônus de banqueiros de investimento,
aqui está mais um motivo para ter inveja: o trecho de paralelepípedos da
Stone Street. Esse pode ser o maior ponto de bebidas ao ar livre de Nova
York e fica bem próximo da ex-sede da Goldman Sachs. Quando está calor, esse
bairro singular, paralelo a edifícios de arquitetura de inspiração grega do
século 19, é praticamente bloqueado por mesas ocupadas por figuras do setor
financeiro, alguns moradores e turistas conhecedores. Escolha uma mesa fora
do Adrienne’s Pizzabar (212-248-3838; 54 Stone St.; adriennespizzabar.com) e
peça uma pizza de almôndega e brócolis (US$ 28,50), o suficiente para três
pessoas, uma garrafa de vinho custa alguns dólares a mais. 22h – O Anti-Copa
O Midtown’s Copacabana, recentemente reaberto, traz alguns flashbacks ao
cenário musical de Nova York. Mas para curtir o verdadeiro flashback,
experimente a festa que ocorre nas noites de sexta-feira na 2020 (20 Warren
St.; 212-962-9759; 2020latinclub.com), onde os latinos que trabalham em todo
tipo de setor do centro vão para dançar os ritmos caribenhos de língua
espanhola tocados pelo DJ.
Sábado
10h30 – Brunch de Buenos Aires
De uma forma ou de outra, o dono de restaurante Stacey Sosa tem gerenciado
um restaurante argentino nesse espaço legal de TriBeCa desde 1997. E apesar
de um brunch na Estancia 460 (212-431-5093; 460 Greenwich St.;
estancia460.wordpress.com) ser muito a cara de Nova York, com fritadas,
granola e alguns pratos inovadores com ovos, há um toque de Buenos Aires,
como a torrada com doce de leite. (O brunch para duas pessoas custa cerca de
US$ 30.)
Meio-dia – Manahatta
Muitas pessoas não colocam o Museu Smithsoniano na sua lista de lugares de
visita obrigatória de Nova York. Mas o Museu Nacional do Índio Americano alfândega, próximo ao Battery Park, é um lembrete de que Manhattan e o resto
do Hemisfério Ocidental têm uma longa e vibrante história cultural. A
exposição Infinity of Nations tem de tudo, desde um cocar de penas de arara
e de garça brasileiro a um chapéu de caça com esculturas de marfim do
Ártico. Para se ter uma vista de perto de um cinto de conchas e das libras
de milho usadas pelos índios lenape, que chamavam a ilha de Manahatta, vá
até o centro de recursos do museu e peça informações. A entrada do museu é
gratuita – não muito longe do preço pelo qual os lenapes venderam Manhattan
para os holandeses. 14h – Centro do doutorado
Continue sua educação histórica com uma visita ao Big Onion. O centro é um
lugar complicado, com camadas e camadas de história: holandesa,
afro-americana, revolucionária e financeira, entre outras. É preciso ter a
ajuda de um doutorando para decodificá-lo e ele é quem irá te levar a um
passeio de duas horas por US$ 18 que pode incluir 'TriBeCa Histórico’, 'Nova
York Revolucionária’ ou 'Distrito Financeiro’. Os horários variam. Acesse
bigonion.com.
19h – Vinho na camiseta
No bar de vinhos Terroir Tribeca (24 Harrison St.; 212-625-9463;
wineisterroir.com), os jovens garçons trajando camisetas com tema de vinho
não parecem saber do que estão falando, mas não os provoque. (Na verdade,
provoque-os.) Uma taça de vinho é vendida a partir de US$ 8,75, e o cardápio
é repleto de tentações tão fora do padrão que você pode justificá-las: bolas
fritas de risoto, vinho e rabada (US$ 8), por exemplo, é uma maneira
perfeita de gastar sua cota de calorias bem engorduradas.
21h – Bruschetta de um lado, reforma de outro
Quem sabe quantos clientes já saíram do Locanda Verde, de Robert DeNiro e
amigos, o grande ponto italiano do norte, e se perguntaram o que estava
acontecendo no pequeno e movimento restaurante do outro lado da rua?
Decorado com materiais recuperados que lembram uma antiga fábrica ou
armazém, o Smith and Mills (71 North Moore St.; 212-226-2515;
smithandmills.com) acomoda 22 pessoas em mesas na calçada entre as multidões
que bebem em pé. O cardápio inclui bruschetta de tomate, ostras com rábano,
hambúrgueres e pudim de brioche; o jantar para duas pessoas custa cerca de
US$ 70, com bebidas. Não deixe de conferir o banheiro, em um elevador de
ferro da virada do século.
23h – Bebidas na Doyers
Vá para o leste de Chinatown, onde o Apotheke (9 Doyers St.; 212-406-0400;
apothekenyc.com) é um intruso não-chinês que fica no cotovelo da Doyers
Street, em formato de L, o local é conhecido como a esquina sangrenta dos
assassinatos relacionados a gangues cometidos no início do século 20. Lá
você encontrará um dos melhores bares de coquetel da cidade, com decoração
antiga e iluminação baixa. Experimente o Deal Closer, feito com pepino,
vodca, hortelã, limão e baunilha, juntamente com os 'afrodisíacos de
Chinatown’ (US$ 15). Domingo
8h – Atravessando a ponte do Brooklyn
Com a chegada do dia dos cães, você tem de se levantar muito cedo para
atravessar este amado marco com conforto. Romântico como sempre, uma
caminhada ao longo da passarela de pedestres elevada oferece uma
oportunidade de tirar uma foto em um minuto. No caminho de volta, pare no
City Hall Park para ver quatro décadas de esculturas de Sol LeWitt, em
exposição até 3 de dezembro. Depois, vá para o oeste pela Chambers St. para
comprar bagels e salmão defumado no Zucker’s (146 Chambers St.;
212-608-5844; zuckersbagels.com).
12h30 – In memoriam
Em 12 de setembro, o Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro, com seu
par de espelhos d’água de 4 mil metros quadrados cada no espaço onde eram as
torre, os nomes das vítimas inscritos em painéis de bronze e árvores de
carvalho branco do pântano por cima. O museu local terá exposições sobre o
World Trade Center original e o dia dos ataques. Os visitantes podem
reservar entradas gratuitas no site 911memorial.org. Não é necessário
ingresso para visitar a exposição 'Unwavering Spirit: Hope and Healing at
Ground Zero’, na Capela de St. Paul, próxima dali (209 Broadway;
trinitywallstreet.org). A St. Paul tornou-se um refúgio para as equipes de
resgate nos dias após os ataques. Agora abriga fotografias, depoimentos e
artefatos daquelas semanas após a mudança irrevogável da cidade.
Se você for
O Greenwich Hotel (212-941-8900; 377 Greenwich St.; thegreenwichhotel.com),
criado em 2008 por Robert DeNiro, tem 88 acomodações decoradas
individualmente, no coração de TriBeCa. Internet e chamadas telefônicas
locais são gratuitas e, em acomodações que custam a partir de US$ 495 por
noite, você pode escolher o jornal local.
Para manter a sofisticação, porém com preço baixo, experimente o Gild Hall
(15 Gold St.; 212-232-7700; thompsonhotels.com), membro da Thompson Hotels,
onde pés-direitos de 3,6 metros e piso de banheiro em mármore saem por US$
179 a noite nos fins de semana.

UNDATED -- BC-TRAVEL-TIMES-DOWNTOWN-MANHATTAN-ART-NYTSF -- Continue your historical education with a Big Onion tour. Downtown’s a complicated place, with layers upon layers of history: Dutch, African-American, Revolutionary and financial, among others..(CREDIT: Nicole Bengiveno/The New York Times)

A cada esquina, uma "quase" obra de arte

A cada esquina, uma "quase" obra de arte - 1 (NYT)
Passagem subterrânea sob o Rockefeller Center, em Manhattan, ladeada por vitrines vazias que serão ocupadas por anúncios - mas, por enquanto, mostram apenas muito material colorido. É muito comum ver espalhados pela cidade esses trabalhos de "quase arte".

Fechando a ferida do tráfico humano


Fechando a ferida do tráfico humano

Os raros visitantes de Hop Tien costumam ter um borrão como primeira impressão dessa aldeia indolente, enquanto passam nervosamente por uma curva fechada nas montanhas acima.
O que eles não enxergam ao contemplar o relevo irregular dos belos territórios ao norte do Vietnã é o ostracismo de muitas mulheres da região e a determinação empreendedora de uma mulher que começou a lutar contra o problema.
Há mais de uma década, os traficantes de gente chegaram a este pedaço de terra aparentemente esquecido, localizado entre altos penhascos calcários e vales exuberantes, para sequestrar mulheres e crianças e vendê-las na fronteira com a China, a menos de 6,4 quilômetros de distância.
Os primeiros predadores chegaram a Hop Tien em 2003, oferecendo-se inocentemente para comprar novos sapatos para algumas jovens. Em seguida as mulheres desapareceram. Dentro de pouco tempo, outras mulheres também sumiram, todas com idades entre 16 e 22 anos, para ser vendidas como esposas, trabalhadoras forçadas ou escravas sexuais.
De acordo com Matthew Friedman, o gerente de projeto regional para o Projeto Interagências sobre o Tráfico Humano da ONU, essas mulheres foram vítimas de um problema relativamente generalizado no Vietnã, que incluía o sequestro e o tráfico de crianças pequenas entre 5 e 6 anos.
A polícia chinesa afirma que, de acordo com relatório do Departamento de Estado sobre direitos humanos, entre 2001 e 2005 foram resgatadas mais de 1.800 vítimas de tráfico na fronteira com o Vietnã. Desde então, particularmente nos últimos três anos, o Vietnã "iniciou uma importante e bem-sucedida campanha contra o tráfico humano``, explica Friedman. Porém, o país ainda enfrenta desafios e o tráfico permanece um problema.
Também permanece um problema o estigma atribuído às vítimas que foram resgatadas. Depois que os aldeões relataram os sequestros, as autoridades vietnamita,s em colaboração com oficiais chineses, encontraram as mulheres e de uma maneira extraordinária as trouxeram de volta para casa.
Mas a euforia dos aldeões transformou-se em horror quando se percebeu que duas das mulheres sequestradas haviam engravidado. Rapidamente, espalhou-se pela cidade a notícia de que as outras mulheres também tinham sofrido abuso sexual e mesmo aquelas que não carregavam consigo sinais evidentes de abuso acabaram pagando o preço.

Vang Thi Mai, who started a textile cooperative for women rescued from the sex trade, at her home in the village of Hop Tien in Vietnam, Aug. 15, 2011. Mai's co-op has managed to preserve the traditions of her Hmong minority while improving the region’s economy and empowering its women, a hat trick that has steadily earned her the support of political figures and nongovernmental organizations alike. (Justin Mott/The New York Times)

Quem precisa de Steve Jobs?


Quem precisa de Steve Jobs?

A Apple se sairá incrivelmente bem sem Steve Jobs. Há poucas coisas que são
certas em tecnologia, mas isso é algo que você pode levar em conta: a Apple
não vai morrer agora que Steve Jobs demitiu-se da presidência. Ela não irá
nem mesmo tropeçar.
Não tenho a intenção de descartar as contribuições feitas por Jobs. Ele tem
sido central para o sucesso da Apple como nenhum homem foi para uma firma na
história dos negócios. Mas a conquista de Jobs não foi apenas transformar a
Apple de uma empresa falida para uma assombrosamente bem-sucedida. O mais
importante foi como ele transformou a empresa – ao refazê-la do começo ao
fim, instalando uma série de gestores brilhantes, processadores imbatíveis e
algumas orientações de negócios que estão agora permanentemente presentes em
sua cultura coorporativa. A Apple opera hoje na imagem de Steve Jobs – e
isso permanecerá dessa maneira por muito tempo depois de sua partida.
Você pode ver isso em quase todos os aspectos de seus negócios. Tome, por
exemplo, a brutal eficiência da sua linha de produção. A Apple costumava ser
ridicularizada como um fabricante de bugigangas caras e bem concebidas. Sob
Jobs e Tim Cook – ex-diretor de operações e agora presidente – ela dominou o
processo de produção global de uma maneira que nenhuma outra empresa
conseguiu igualar. A Apple produz mais aparelhos a um custo menor e com
menos defeitos do que qualquer outra firma no mundo. E ela faz isso ano após
ano, em um calendário tão rigoroso que nós podemos segui-lo de acordo com as
estações do ano (iPhones no verão, iPods no outono, iPads na primavera).
Como resultado, a Apple ganha hoje de todos seus competidores em preço e
lucro.
Não apenas o iPad é um dos tablets mais baratos de sua classe, mas a Apple
ganha mais dinheiro com ele do que qualquer outra empresa que produz
aparelhos mais caros, um padrão que ela guarda para vários de seus outros
produtos. Nesse contexto, Jobs fez algo sem precedente no mercado de bens de
consumo: ele transformou uma marca de luxo em uma marca popular enquanto
ainda mantém lucros de luxo. Essa última questão – manter os lucros – é
outro pressuposto central da liderança de Jobs que não irá desaparecer
depois que ele for embora. De fato, se você tivesse de resumir toda a
abordagem de Jobs para os negócios em uma única linha, ela seria algo asim:
Faça boas coisas. Faça barato. Venda por mais do que gasta produzindo.
Eu sei que isso soa tão óbvio a ponto de ser ridículo, mas essa teoria é
considerada antiquada pela maior parte do mundo tecnológico. Companhias no
Vale do Silício dão seus produtos gratuitamente ou os vendem mesmo com
perdas, esperando ganhar dinheiro em propaganda, conteúdo digital, suporte
técnico ou vários outros serviços auxiliares de baixa margem de lucro.
Jobs evita esses truques. Sob seu comando, a Apple conseguiu ganhar dinheiro
com tudo o que fez, algumas vezes com falhas (até recentemente eles cobravam
pelos seus serviços de e-mail online). Isso algumas vezes reduziu a fatia de
mercado da Apple, para o grande aborrecimento de especialistas e analistas
de ações. De volta à era do netbook, Jobs era constantemente perseguido
sobre como a Apple parecia fadada a cair na ameaça dos computadores
ultrabaratos. Mas Jobs nunca seguiu o mercado, se isso significasse
sacrificar lucros, e valeu a pena. Apesar de a Apple vender poucas unidades
no total dos computadores do mundo, ela ganha atualmente mais de um terço
dos lucros de operação da indústria do computador pessoal. Não espere que
isso mude após sua partida. Jobs também será lembrado por promover um clima de absoluto sigilo e,
relacionado a isso, por seu brilhantismo com o marketing. Como jornalista
que cobre a Apple, odeio ambas as coisas. Eu nunca posso acreditar em nada
que a Apple faz ou diz por aquilo que está sendo dito em um primeiro plano,
porque ele vê a imprensa como um exército de marqueteiros de guerrilha. Se
eu fosse investidor da Apple, no entanto, não ia querer que a companhia
mudasse essa prática de modo algum. A abordagem da Apple com os jornalistas
— ao nos manter pendurados durante meses, construindo um tipo de antecipação
que nos obriga a divulgar em tempo real cada um de seus eventos – não
funcionaria se eles não fizessem ótimos produtos. Mas muitas empresas fazem
ótimos produtos. A Apple chama mais a atenção da imprensa do qualquer uma
delas e consegue isso porque seu sigilo e seu marketing abastecem a demanda
do consumidor de uma maneira que nós jornalistas não podemos ignorar. E
depois a cobertura desperta mais interesse, que desperta mais cobertura... e
assim vai.
A Apple dominou essa técnica de engenharia do rumor durante os últimos
quatro anos, quando introduziu dois novos produtos – o iPhone e o iPad – que
criaram duas categorias de produto completamente novas. Por uma questão de
marketing, nenhum destes produtos era de uma venda fácil. Um telefone sem
botões? Um computador tablet que não respondia a nenhuma necessidade clara?
Porém, a Apple trabalhou na imprensa e bombardeou cada canto da televisão e
da mídia impressa com propaganda suficiente para tornar seu aparelho
irresistível. No momento em que o iPhone e o iPad chegaram às ruas, as
pessoas estavam dispostas a gastar centenas de dólares sem ver o produto. E
isso continuará depois da partida de Jobs.
A Apple certamente mudará em pequenas coisas. O Stevenote – a apresentação
fluida e envolvente de produtos realizada pelo próprio Jobs – vai se
transformar em uma apresentação em palco com um grupo de executivos
revezando-se para inaugurar produtos, nenhum com o brio que Jobs trouxe para
a tarefa. Nós também não veremos Tim Cook escrever e-mails às pressas para
consumidores curiosos e não acredito que Cook terá o mesmo interesse por
design de softwares ou tipografia. (Ainda assim, haverá outros na Apple que
certamente terão.) Mas nenhuma destas coisas é central para o sucesso da
Apple. No que toca às grandes questões, Jobs e a Apple conseguiram alcançar
uma total união. Ele irá embora, mas será impossível de esquecê-lo.

UNDATED -- BC-SLATE-STEVE-JOBS-ART-NYTSF -- NYT/SAN FRANCISCO, CA (6 JUN 2011):  Steve Jobs addressing the audience at Apple's Developer Conference. .(CREDIT: Jim Wilson/The New York Times)

Reformando a casa retrô


Reformando a casa retrô

No começo de 2008, Stephan Edwards comprou um apartamento em Palm Springs, Califórnia, e nos quatro meses seguintes ele reformou o banheiro, usando acessórios datando aproximadamente de 1958, ano em que o prédio foi construído. Quando ele terminou, enviou fotos para uma pessoa que ele sabia que realmente valorizaria seus esforços: Pam Kueber, da retrorenovation.com.
Helen Stickler passou dois anos tentando juntar um conjunto de armários de aço antigos para a sua casa dos anos 1950 em Los Angeles porém, após incontáveis horas revirando a Craiglist, ainda lhe faltava um armário. No desespero, ela contatou Kueber, que enviou um apelo e seu nome no retrorenovation.com.
Sem ideia de como decorar seu banheiro cor de rosa em sua casa de meio de século que ela e seu marido compraram em Lexington, Kentucky, Judi Forston digitou “1959 Rancho” no Google. “Achei que fosse encontrar algo arquitetônico ou erudito, sobre casas construídas naquela época”, disse Forston. No lugar disso, ela encontrou o retrorenovation.com.
Desde que Kueber lançou seu site em 2007, ele se tornou o epicentro de um pequeno porém devoto grupo de fãs de projetos modernistas, um destino para proprietários que menosprezam as últimas tendências de decoração, em favor de recolocar os azulejos de seus banheiros em mosaicos cor de turquesa dos anos de Eisenhower ou instalar torneiras de cozinha Dishmaster, cuja forma volumosa lembra aquela dos modelos Studebaker.
Muitos dos seguidores de Kueber vivem no que ela chama de lares “modestos de meio de século”: casas em estilo ranch ou Cale Cod, construídas na expansão imobiliária pós-Segunda Guerra Mundial. E pelo fato de terem crescido naquele período, ou por apreciarem a estética, querem reformar suas casas, tornando-as algo que lembre o esplendor original.
Como Edwards diz: “Gosto de coisas antigas. Quero que as coisas sejam absolutamente autênticas”.
Ser autêntico não é fácil. O tamanho de equipamentos, aparelhos e até mesmo de móveis mudou significativamente nos últimos 60 anos. Contudo, a Retro Renovation, com sua abundante e específica informação sobre decoração vintage, oferece um recurso prático, para realizar o impraticável. Antigos anúncios de azulejos de banheiro, dicas para limpar uma mesa Saarinen, guias de onde comprar peças de encanamento – navegar pelo blog é como visitar uma fenda no tempo da Home Depot.
Kueber, consultora de comunicação corporativa de 52 anos, gerencia novidades de produtos, conselhos e encorajamento em um tom enérgico e solidário.

Stephan Edwards in the renovated bathroom of his home in Palm Springs, Calif., Aug. 14, 2011. Retro Renovation, a website started by Pam Kueber in 2007, has become the go-to destination for homeowners who want to restore their homes built during the post-World War II housing boom to the original splendor. (Stephanie Diani/The New York Times).

Casas de boneca: hobby a se manter controlado


Casas de boneca: hobby a se manter controlado

Para meu aniversário de 7 anos, meus pais me deram de presente uma casa de boneca simples e inacabada. Tinha seis quartos vazios, dois andares, uma escada e uma porta que dava para um pequeno alpendre frontal. As janelas abriam e o telhado retraía para um dos lados, revelando um sótão.
Era 1988. Meu quarto estava repleto de bonecas Barbie, Meu Querido Pônei e roupas da She-Ra. Porém, imediatamente passei a amar a casa de boneca mais do que a todos os meus brinquedos de plástico rosa combinados.
Numa tarde de verão, meu pai e eu pintamos a casinha juntos no quintal: rosa bebê com detalhes brancos. Aplicamos papel de parede em cada um dos quartos e logo os espaços vazios começaram a ganhar vida A casa tinha uma cozinha, um hall de entrada, uma sala de estar, um banheiro/lavanderia e três quartos de dormir (o maior; o quarto do bebê no sótão e o quarto dos irmãos mais velhos que ressentiam o bebê por fazê-los dividir o espaço).
Perto da minha casa em Milton, Massachusetts, existia uma loja especializada em miniaturas para casas de boneca. Todas as vezes que eu entrava no lugar, era transportada da calçada barulhenta da cidade, de frente para uma parada de ônibus, para um mundo da mais perfeita ordem. Eu gastava minha mesada com revistas em miniatura para a mesa de café, pequenos rolos de papel higiênico numa cesta para o banheiro e uma torta assada numa tampa de cerveja, que estaria sempre esfriando no topo do forno.
A maioria dos outros clientes da loja eram mulheres mais velhas, o que dava ao meu hábito algum elevado sentido de importância. Eu sabia que a minha casa de boneca era um brinquedo, mas de certo modo ela parecia ser um portal para a vida adulta. Eu não costumava brincar com ela da mesma maneira que eu o fazia com a minha casa dos sonhos da Barbie. Em vez disso, mobiliava minha casa de boneca. Eu a mantinha totalmente organizada e a decorava para cada estação. Eu tinha lanternas feitas com morangas para o outono e uma árvore de Natal com pisca-pisca de verdade para o inverno.
Durante os fins de semana, fui com a minha mãe para algumas feiras de casa de boneca e comprei caixas de Tide e Cheerios do tamanho de selos postais.
Enquanto as minhas amigas estavam jogando queimada na rua, eu estava na sala de conferência de um hotel em Boston, discutindo o preço de uma miniatura de chapeleira vitoriana.
Em algum momento eu superei a casa de bonecas e, como todo o resto dos meus brinquedos, ela se tornou domínio da minha irmã, Caroline. Nove anos mais nova que eu, ela não se interessava pelas brincadeiras superfemininas que eu adorava. Ela cortou os cabelos das minhas bonecas American Girls e quebrou em pedaços meu conjunto de chá.

J. Courtney Sullivan's childhood dollhouse, in Milton, Mass., Aug. 11, 2011. For her seventh birthday, Sullivan received a dollhouse which became a childhood hobby, and as an adult, she again found herself drawn to the little house she'd loved as a child. (Erik Jacobs/The New York Times)

O caminho cultural de Santiago


O caminho cultural de Santiago

Em uma tarde nublada depois da missa de meio-dia, na ornamentada catedral de granito na cidade espanhola de Santiago de Compostela, a praça adjacente estava abarrotada de turistas, muitos andando com varas de madeira e carregando mochilas. Por séculos, os autodenominados peregrinos têm caminhado dúzias – e algumas vezes centenas – de quilômetros para chegar até aqui, tendo percorrido as antigas rotas cristãs coletivamente conhecidas como 'El Camino de Santiago’, ou Caminhos de Santiago, porque acredita-se que a catedral guarde os restos mortais do apóstolo São Tiago Maior.
Enquanto muitos andarilhos são religiosos, um número crescente de pessoas (atraídas talvez pelo apelo épico do percurso) têm feito a migração para a cidade, na região esparsamente povoada do noroeste de Galiza, por razões seculares. Lara Steinbiss e Irene Arbeiter-Sanchez, duas adolescentes da Alemanha, chegaram à catedral depois de caminharem durante nove dias, como parte de um trabalho para a escola. O jardineiro orgânico da Inglaterra Jon Cope, 30 anos, inclinou-se descalço na praça, com as unhas do pé pretas servindo como prova da árdua jornada de 86 dias e 2.253 quilômetros, que ele descreveu como “religiosa no sentido da adoração à vida, em vez da adoração a Deus”.
Quaisquer que sejam os motivos, eles estão chegando a um lugar sedento por expandir seu apelo para além da devoção religiosa. Neste ano, enquanto a cidade observa o aniversário de 800 anos da consagração da catedral com uma série de festivais e eventos culturais que celebram a rica herança religiosa da cidade, ela também comenta orgulhosamente sobre um novo e decididamente moderno atrativo: uma estrutura espetacular chamada Cidade da Cultura da Galiza.
O centro cultural, inaugurado oficialmente em janeiro, fica a menos de um quilômetro do centro histórico da cidade. Embora ainda não esteja terminado completamente, o ambicioso projeto já está sendo proclamado como um farol da cultura do século 21, em uma cidade que depende de sua fama como destino religioso desde a Idade Média.
Em janeiro, visitantes tiveram o primeiro vislumbre do interior da Cidade da Cultura, um amplo complexo projetado pelo arquiteto americano Peter Eisenman, que está em construção há dez anos, com um custo de aproximadamente 400 milhões de euros (aproximadamente US$ 557 milhões). O design de Eisenman, um pesado campus de granito de edifícios aninhados para formar ondas gigantes de pedra e vidro, foi modelado com base na antiga cidade histórica de Santiago e venceu projetos de arquitetos de ponta como Rem Koolhaas, Ricardo Bofill, Jean Nouvel e Daniel Libeskind, em um concurso internacional patrocinado pelo governo regional em 1999.
12 anos depois, o príncipe herdeiro Felipe e sua esposa, a princesa Letizia, ajudaram a inaugurar os dois primeiros edifícios prontos, agora abertos ao público: uma biblioteca e um arquivo cheios de documentos culturais e históricos. Duas outras estruturas – um museu, que irá sediar exposições itinerantes, e um edifício de escritórios administrativos – estão agendadas para inauguração no final desse ano, enquanto os componentes finais do projeto, incluindo um centro artístico de diversos andares para música e performances, ainda estão em construção.
O projeto não correu sem complicações, tendo sido iniciado nos anos que sucederam o sucesso do Museu Guggenheim projetado por Frank Gehry, na cidade espanhola de Bilbao, mas foi construído em uma era de maior austeridade.
Roberto Varela, ministro regional da cultura e turismo, prefere a Cidade da Cultura a alguns edifícios largamente aclamados. “Pela primeira vez, temos uma estrutura que é verdadeiramente nova e moderna, e pode competir com outras estruturas similares da Espanha”, diz ele, especificamente citando o museu de Bilbao e a Cidade das Artes e das Ciências em Valência, comparações que sublinham o enorme tamanho e o escopo ambicioso da Cidade da Cultura – como se chamá-la de 'Cidade’ não fosse sugestivo o suficiente.

The Catedral de Santiago de Compostela on the main plaza in the city of Santiago de Compostela, Spain, July 28, 2011. This year, the city is observing the 800th anniversary of the consecration of the cathedral with a series of festivals and cultural events that celebrate the city's religion-rich heritage. (Carlos Lujan/The New York Times)

Fundadores do blog 'Street Etiquette' renovam moda negra nos EUA


Fundadores do blog 'Street Etiquette' renovam moda negra nos EUA

As melhores postagens do blog de estilo 'Street Etiquette’ encontram seus criadores, Travis Gumbs e Joshua Kissi, em movimento. Diferente das fotos congeladas de estilo de rua de 'The Sartorialist’ e outros, estas imagens são ficções produzidas e representadas – mas também movimentadas, retratando dois jovens negros tomando posse não só do corpo e do que vai sobre ele, mas também do ambiente que o cerca. Ninguém jamais sorri no Street Etiquette: há negócios a serem feitos.
Na maior parte dos dias, o negócio real de Kissi e Gumbs ocorre num escritório/casa noturna no Brooklyn. Com blusas vintage penduradas no teto e livros de arte forrando as paredes, este é o centro nervoso da Brooklyn Circus, cuja principal loja fica a apenas dez passos de distância e é um fundamental parceiro colaborativo do Street Etiquette – que começou como um simples blog de coisas bonitas em 2008 e hoje é um dos mais importantes repositórios online de estilo negro.
Os posts do Street Etiquette englobam o moderno e o histórico. Gumbs e Kissi, ambos com 22 anos, destacam temas específicos – estampas florais, o sapato-sela e assim por diante _, posando com eles e detalhando sua história. Eles agem como cuidadosos zeladores, estudantes respeitosos, leais costureiros e bonitos modelos.
E se tornaram os polivalentes da moda na era da internet: cabeleireiros e modelos, mas também escritores, preservacionistas, fotógrafos, editores – e, em breve, estilistas e varejistas.
Eles já possuem um amplo alcance: o Street Etiquette recebe 20 mil acessos por dia. Os dois rapazes são os rostos públicos mais proeminentes na nova onda de estética negra surgindo em pequenas lojas de varejo, linhas de moda de nicho e elaborados blogs de estilo.
“Agora há mais do que apenas um 'cool’ para os negros”, declarou Gumbs numa recente terça-feira no estúdio da Bergen Street, usando um finíssimo cavanhaque e óculos escuros acentuando seu rosto redondo. “Quando estávamos crescendo, havia apenas um tipo de 'cool”'.
Esse era o hip-hop, com seu estilo hegemônico. Mas os rapazes do Street Etiquette e seus pares praticam uma deliberada elisão do estilo hip-hop (exceto nos primórdios do site, quando os dois ainda andavam livres de seus tênis Air Jordan). Eles até mesmo evitam a pedante excentricidade de André 3000 ou a exuberância cosmopolita de Kanye West.

Merchandise on display at the history-inspired boutique Brooklyn Circus in New York, Aug. 9, 2011. The shop collaborates with the founders of Street Etiquette, which began as a basic beautiful-things blog in 2008 but is now one of the foremost online repositories of black style. (Danny Ghitis/The New York Times)