Quase quarenta por cento dos jovens com idade entre 18 e 24 anos têm ou já tiveram o nome sujo. Esse é o resultado da pesquisa realizada pela Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Foram entrevistados 801 jovens, de ambos os sexos, entre os dias 20 de fevereiro e 06 de março deste ano. De acordo com a CNDL, esse resultado coincide com o endividamento das famílias brasileiras. Isso porque também chega a 40% o percentual da população que terminou 2018 endividada.
A pesquisa entre os jovens apontou que:
- 37,4% dos jovens entrevistados tem ou já teve o nome sujo;
- A maioria deles, 64,9% contribui financeiramente com as despesas da família em casa;
- 52,8% guarda suas reservas em Poupança e 20,2% mantém dinheiro parado (sem rentabilidade) na conta corrente;
- 35,6% possui carteira assinada; 10% dos entrevistados são estagiários; e 23% fazem bicos ou exercem atividades remuneradas informais;
- 46,9% dos jovens não fazem nenhum controle de suas finanças; e quase 20% respondeu que tem preguiça de fazer!!
Esses dados mostram que, não havendo uma mudança nesse panorama, o percentual de endividados no futuro tende a aumentar.
É importante assegurar que os jovens e as crianças tenham acesso à educação financeira desde cedo. Assim, poderão aprender a evitar o endividamento e a se tornarem poupadores e investidores. Com isso, poderão conquistar sua independência financeira mais cedo. Ou seja, serão capazes de formar uma reserva financeira que lhes dê segurança para se manterem, cada vez mais cedo.
Educação financeira em nível nacional
Já comentamos aqui sobre a 6ª Semana Nacional de Educação Financeira realizada entre os dias 20 a 26 de maio deste ano. Foram realizados cursos, palestras, mesas redondas e debates, além de outras ações presenciais em praticamente todos os estados do país. Além disso, também foram oferecidos conteúdo online de acesso via internet. Tudo isso gratuitamente.
Essa iniciativa faz parte da Estratégia Nacional de Educação Financeira coordenada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira – Conef. Ações como essa são fundamentais para reverter esse quadro. O conteúdo está acessível também aos jovens da faixa etária dessa pesquisa.
O tema virou matéria na escola
A boa notícia é que a educação financeira entrou no conteúdo da nova Base Nacional Comum Curricular. Assim, será tema de conteúdos que deverão ser ministrados no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Essa orientação financeira deverá ser tratada de forma interdisciplinar. A abordagem deverá ser feita em distintas matérias como matemática, geografia e história. Mesmo não sendo ainda uma disciplina específica, passará a fazer parte da vida dos estudantes dessa geração em idade escolar.
Comece a orientar suas crianças desde cedo
Inserir a educação financeira como tema de ensino desde a infância é uma tarefa que pode começar em casa. Veja nossas dicas de como introduzir esse tema para as crianças. Seja utilizando a mesada como ferramenta (leia mais em 'economia para crianças: a fortuna da fada do dente') seja ajudando os jovens no planejamento de suas finanças.
São inúmeras as nossas dicas aqui no Canal de Economia da Revista Seleções. Todas essas dicas podem ser compartilhadas também com sobrinhos, afilhados, netos, enteados, até grupo de amigos dos seus filhos. Orientação e exemplo são as melhores formas de compartilhar o conhecimento. Acompanhe nossa Coluna e descubra maneiras criativas de economizar no dia a dia em casa e saiba mais sobre investimentos e finanças.
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