O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira (3) que apesar do governo federal enfrentar atualmente uma crise tanto política como ética, ele acredita que não há razões para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). As declarações foram feitas em entrevista à rádio Jovem Pan.
O tucano defendeu que é necessário aguardar o término das investigações feitas pela Operação Lava Jato, lembrando que até agora não houve provas de crime de responsabilidade da petista no escândalo. Por outro lado, ele disse que se o regime político do país fosse parlamentarista, e não presidencialista, o atual governo já teria caído, "porque perdeu a confiança".
"Em relação ao impeachment, não vejo neste momento razão para isso. Nós acabamos de sair de um processo eleitoral", disse Alckmin. "Se o regime fosse parlamentarista, o governo já tinha caído, porque perdeu a confiança. No presidencialismo, um impeachment é extremamente traumático", acrescentou.
O governador disse que é difícil saber quais serão os desdobramentos das investigações da Petrobras, mas que o PSDB não teme a lista de políticos que deve ser entregue hoje ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Alckmin ainda afirmou que seu partido não irá participar das manifestações programadas para 15 de março, pedindo o impeachment da Dilma.
Por fim, o tucano avaliou como "extremamente infeliz" a declaração feita na semana passada pelo ex-presidente Lula durante ato em defesa da Petrobras. Na ocasião, o petista citou um "exército" comandado por João Pedro Stédile, do MST (Movimento dos Sem-Terra), para defender a atual presidente. "Tudo que o Brasil não precisa é brasileiro contra brasileiro. É pregar a discórdia. [Lula] Foi extremamente infeliz", disse Alckmin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário