GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 29 de março de 2015

Chineses em busca de casas nos EUA promovem criação de tours de US$ 250.000 em jatinhos

Chineses ricos vêm acumulando imóveis no exterior há pelo menos cinco anos.

Erik Coffin, corretor de imóveis de Los Angeles, está confiante de que poderá interessar clientes chineses por vilas exclusivas em Las Vegas: ele vai cobrar US$ 4 milhões por mês só por uma rápida olhadela.
Não é um simples tour. A campanha de marketing deve começar no próximo mês: serão duas jornadas mensais, no valor de $ 250.000 cada, que consistem em uma viagem de sete dias em jato privado e Rolls Royce com motorista até o coração dos EUA. Aos grupos de oito pessoas também serão oferecidas consultas sobre cirurgia plástica, escolha do sexo de bebês e gestão de riqueza.
“Já é uma vitória para nós”, disse Coffin, 42, que emprega 18 falantes de mandarim, quase um terço de seus funcionários, na Gotham Corporate Group, que recentemente abriu um escritório em Pequim.
Chineses ricos vêm acumulando imóveis no exterior há pelo menos cinco anos, segundo a SouFun Holdings Ltd., o maior site de imóveis da China. Agora, empreendedores como Coffin estão aproveitando essa demanda para criar um setor totalmente novo a fim de atender às necessidades deles, com tudo: desde sites até corretores, desenvolvedores, advogados e negociantes internacionais.
“Antes, os consumidores chineses vinham e diziam: ‘Onde eu posso comprar algo com US$ 500.000?’”, disse Andrew Taylor, 44, que ajuda a administrar a Juwai.com, uma plataforma imobiliária que existe há quatro anos, com sede em Xangai, que atende a clientes chineses em busca de casas no exterior. “Agora, eles estão analisando três ou quatro países ao mesmo tempo”.
Juwai, que significa “more no exterior”, diz ter mais de 4,8 milhões de listagens de imóveis em 58 países. Não faltam clientes: 60 por cento das pessoas mais ricas da China estão cogitando se mudar, diz o site.
Destinos
Em Pequim, uma campanha de marketing patrocinada pela SouFun promove um “Tour de Garimpo pelos EUA”, de 12 dias. No fim de semana passado, a capital chinesa também foi a sede de uma exibição de três dias dedicada a imóveis no exterior e à migração, a segunda do tipo em quatro meses. Alguns dos destinos oferecidos: Portugal (“obtenha uma autorização de residência para toda a família”), o Japão (“transmita sua propriedade por gerações”) e os EUA (de novo, “invista por uma pessoa, obtenha um visto de residência para a família inteira”).
As cifras são estonteantes. Os chineses enriquecidos por uma expansão de dez vezes do PIB do país gastaram US$ 39 bilhões em imóveis do mundo inteiro nos seis anos encerrados em 2014, frente a US$ 92 milhões em 2008, segundo a Real Capital Analytics Inc.
Muitos países, entre eles os EUA, oferecem tratamento preferencial para a obtenção de vistos em troca por compromissos de investimento. No ano passado, os cidadãos chineses ficaram com 85 por cento dos vistos americanos EB-5 oferecidos aos estrangeiros que gastem pelo menos US$ 500.000 em projetos de desenvolvimento no país. Foi a primeira vez que a quota anual se esgotou antes do fim do ano.
Nova York
Em Nova York, uma seguradora chinesa decidiu comprar o histórico hotel de Manhattan Waldorf-Astoria no ano passado, dizendo que planejava incorporar “elementos chineses”, como um restaurante chinês. A Greenland Holding Group Co., com sede em Xangai, comprou 70 por cento de Atlantic Yards, o projeto residencial e comercial de 8 hectares no Brooklyn, e diz que pretende expandir o mercado da China no exterior.
Também no Brooklyn, no bairro de Williamsburg, que está se valorizando rapidamente, a chinesa XIN Development, unidade da Xinyuan Real Estate Co., construiu um projeto de sete andares chamado Oosten, cujo nome em holandês, que significa “leste”, é uma homenagem ao legado de Nova York. Neste edifício de 216 unidades, dos 75 apartamentos que foram colocados no mercado, um terço foi comprado por chineses, segundo John Liang, vice-presidente executivo da Xinyuan em Nova York.
Um benefício adicional: O desenvolvedor disse que dará de presente aos compradores de “certas residências premium”, entre elas uma cobertura de US$ 6,4 milhões com cinco ou seis quartos, uma viagem para Amsterdã para conhecer o designer holandês do projeto, Piet Boon.


Nenhum comentário: