GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Vendidos por ambulantes, aparelhos falsos causam prejuízos aos dentes

Vendidos por ambulantes, aparelhos falsos causam prejuízos aos dentes

Colocado muitas vezes pelo próprio ambulante - que não usa luvas - com um secador de cabelo, cola adesiva instantânea - vendida nos mercados -, fios de arame que muitas vezes saem do bolso do vendedor, sem nenhum tipo de esterilização, os aparelhos falsos fazem sucesso entre jovens e adolescentes. Nas redes sociais, eles exibem sorrisos metálicos com borrachas coloridas e parecem desconhecer os riscos que correm.
“Eles (ambulantes) não têm o equipamento necessário, o que representa graves riscos à saúde”, afirma o secretário-geral do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) Marco Antonio Manfredini. As populares “borrachinhas” apreendidas com ambulantes são de marcas comerciais comuns no mercado. Os fios que são utilizados pelos compradores compram dos ambulantes são mais grossos do que os utilizados habitualmente, segundo o secretário-geral. “Eles são vendidos sem ter embalagem, o que fica difícil rastrear”, afirma, Manfredini, que acredita haver contrabando das mercadorias apreendidas.
Atualmente, há uma luta da categoria para que se normatize a comercialização desses materiais, permitindo que só profissionais registrados tenham acesso aos produtos. Segundo o executivo do CROSP, a popularização do acesso a esse tipo de produtos começou, na prática, no segundo semestre de 2013. “Portais de compra coletiva começaram a vender para a população em geral”, afirma.
Segundo Manfredini, houve queixas de venda e colocação de aparelhos por ambulantes na capital paulista e na grande São Paulo. Há denúncias também do mesmo fenômeno em Brasília. A preocupação do conselho é alertar a população. “Como essa atividade virou uma certa ‘moda’ pode parecer que não traz problemas para saúde, mas nós estamos identificando várias pessoas que têm problemas bucais”, diz.
Riscos
Segundo o especialista em ortodontia e ortopedia facial Pedro Benatti, entre os riscos que os jovens correm ao utilizar aparelhos falsos e sem a recomendação de um profissional estão a reabsorção das raízes dos dentes devido a movimentações excessivas e mal controladas e reabsorções do osso que podem provocar mobilidade dos dentes e até mesmo a perda deles, além de acúmulo de placa bacteriana devido ao posicionamento errado das peças do aparelho, ocasionando inflamação da gengiva e sangramentos. Sem o acompanhamento de um especialista, quem usa esse tipo de aparelho falso, pode ainda ter cáries, dores de cabeça e desencaixe dos dentes.
Benatti ressalta que, além destes riscos, estes aparelhos provavelmente não têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ou seja, são materiais de procedência incerta com especificações impróprias que podem gerar movimentos incorretos dos dentes.  De acordo com ele, devido ao uso de um cimento e cola impróprios, pode haver infiltração por baixo da peça, provocando cárie nos dentes. Por fim, existe o risco de fratura do esmalte do dente na hora da remoção do aparelho devido ao uso de colas e materiais não biocompatíveis.

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