O líder do PMDB, Eduardo Cunha, foi recebido ontem, como deve ser recebido qualquer líder de partido, pelo vice-presidente Michel Temer e pelos ministros da Justiça e das Relações Institucionais.
E não obteve o que queria, como deve acontecer com quem usa a representação parlamentar para advogar interesses privados, não os públicos.
A “liberdade” que Cunha defende para a internet é a liberdade das empresas de telefonia de definirem quem e por quanto terá uma velocidade de tráfego de dados maior pela rede mundial de computadores.
É o direito de ir e vir, cibernético, traduzido da monstruosa forma de fazer uns irem a jato e outros de patinete, dependendo de quanto pague.
Não se está falando de velocidade de conexão ou de capacidade dos servidores que utiliza, mas do direito de trafegar pelas infovias em velocidades “diferenciadas”.
Uma Higiénópolis digital.
Poucas pessoas têm a coragem de dizer isso, na imprensa.
Um delas, como sempre, é Guilherme Araújo, que o faz, hoje, no Blog do Guilherme Araújo.
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