GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Dilma indica filha de ministro do STF para desembargadora federal



Vejam como as coisas funcionam nesse país. A filha de Marco Aurélio Mello cuja mãe Sandra de Sanctis também atua no judiciário, é desembargadora federal, foi indicada a desembargadora federal pela presidenta Dilma Houssef depois de concorrer a uma vaga pelo quinto constitucional vindo a compor uma lista tríplice sendo a mais votada com outros dois colegas de profissão mais experientes.

A classe  em peso votou na garota prodígio de apenas 37 aninhos de idade. Adivinhem por que? Se você pensou que foi porque os advogados que votaram na filha do ministro Marco Aurélio de Mello o fizeram pelo fato de advogarem no STF, ou na intenção de afagar o ego do ministro se não acertou com 100% de precisão andou bem perto.

Certamente muitos desses advogados bajuladores, principalmente os das grandes bancas que têm livre acesso aos ministros do STF e influência para demandarem um poderoso lobby junto a classe em favor da filha do ministro foram decisivos para colocar o nome dela na lista tríplice e ainda por cima, em primeiro lugar, fator decisivo já que há uma tradição nefasta adotada por Lula e seguida por Dilma de sempre indicar o primeiro de qualquer lista tríplice sem olhar as qualificações, posicionamentos ideológicos, o espírito de classe que predomina nessas corporações apinhadas de privilégios que quando chegam ao conhecimento da velha mídia deveriam ser fortemente denunciados em nome do interesse público mas são cuidadosamente guardados como moeda de troca para se fazer barganhas e chantagens como as que enredaram o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, uma blindagem somente possível se e quando quem detém tal cargo de poder se submeter aos interesses espúrios desses meios de comunicação.

No caso de Gurgel que saiu incólume de uma série de denúncias do senador Fernando Collor de Mello de haver prevaricado ao sentar-se em cima de 2 grandes operações da PF que retardaram a eclosão do esquema de corrupção de Carlinhos Cachoeira e outros figurões da oposição o preço pago foi fazer uma denúncia contundente em desfavor dos réus da ação penal 470, o famigerado mensalão. A via de escape de Gurgel. Tivesse apresentado uma denúncia diferente conforme exigiam as provas dos autos teria sido escalpelado em praça pública numa campanha midiática que colocaria a PGR moralmente de joelhos perante a opinião pública.

Se Letícia Mello não fosse filha de quem é jamais seria indicada a desembargadora federal. Não na idade que tem, não pela experiência que lhe falta. Isso mostra o tipo de justiça que temos nesse país, funcionando à base do compadrio, do apadrinhamento. Uma justiça de elite para as elites. Uma jovem advogada que agora é funcionária pública de um cargo vitalício com salários e sinecuras na casa dos milhares, sem passar por concurso público, apenas por ostentar o sobrenome de um ministro do STF, membro de uma justiça aristocrática, colocada numa lista tríplice pela maioria de advogados classistas que atua no STF, tendo livre acesso aos ministros daquela corte para fazer os ditos "embargos auriculares" que tanto influenciam as decisões de certos ministros.

E nossa presidenta? Ah, nossa presidenta! refém desse sistema político carcomido cumpre a parte que lhe cabe neste latifúndio, dá a canetada que finalizou uma situação que é uma tremenda infâmia em desrespeito aos outros dois advogados que concorreram com a filha do ministro apenas para dá ares de legalidade a uma escolha já de antemão conhecida, no afã de fazer um mimo ao ministro Marco Aurélio Mello para ver se distende a trincheira oposicionista infincada no STF e lá receba um melhor tratamento. Isso é Brasil e é assim que funciona.

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