Durante cinco décadas, gerações de pulhas sucederam-se na arte de atacar a honra de Leonel Brizola.
Em metade deste tempo eu fui testemunha desta sanha.
De David Nasser a Rodrigo Constantino – embora o segundo não tenha sequer sob análise microscópica o talento do primeiro, assemelham-se no padrão “reservatório da Cantareira” em matéria de qualidades morais -, alguns poderosos sempre contaram com os que emprestavam suas penas levianas para atacá-lo sem qualquer pudor.
Eram fazendas e fazendas que, quando visitadas, como fez, na Veja, o repórter Marco Damiani, mostravam que eram menos, muito menos, do que viera como herança para o casal que formara com D. Neusa.
Hoje, o blog (excelente) do Mário Magalhães, autor da não menos excelente biografia de Carlos Marighela – “O guerrilheiro que incendiou o mundo” – relata e publica o que os documentos da Comissão de Inquérito formada pelo golpe militar – com todo o poder na mão e todo ódio no coração – pôde apurar sobre irregularidades de alguém que já fora deputado estadual, prefeito de Porto Alegre e Governador do Rio Grande do Sul, além do mandato de deputado federal que lhe foi, então, cassado.
Nada, absolutamente nada.
David Nasser (num gesto que Brizola, quando perguntado se tinha arrependimento, dizia que batera, sim, mas num canalha) levou um belo soco no queixo quando os dois se encontraram em 63, no Aeroporto Santos Dumont.
Mas não é assim que se resolvem as coisas, até porque não haveria munheca suficiente para dar em todos da extensa lista.
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