A sentença a ser proclamada pelos jurados no fim do julgamento não definirá apenas o futuro de Gil Rugai, mas também a partilha da herança deixada por Luiz Carlos Rugai. Estima-se que, atualmente, cerca de R$ 22 milhões estejam parados aguardando o júri. Se absolvido, o réu terá direito a usufruir os cerca de R$ 5,5 milhões a que tem direito - o porcentual representa 25% do total, já que a família de Alessandra Troitino deve receber R$ 11 milhões. A outra metade, pela lei, será dividida entre os dois irmãos ou será entregue apenas a Léo Rugai - caso Gil seja condenado.
Luiz Carlos e Alessandra não eram oficialmente casados, mas estavam juntos havia mais de 10 anos. De acordo com a legislação brasileira, a relação do casal já era considerada uma união estável, o que dá direito à metade dos bens à mulher. A família de Alessandra Troitino pleiteia o direito na Justiça e os parentes de Gil Rugai contestam.
Leo Grego Rugai, de 27 anos, disse nesta quarta-feira, 20, que acredita na inocência de seu irmão, Gil Rugai, de 29, acusado de matar a tiros seu pai e sua madrasta, em 28 de março de 2004. Em depoimento no terceiro dia do júri de Gil, ele saiu em defesa do irmão. "Foi uma coisa de olho no olho. Ele me garantiu (que não matou Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e Alessandra Troitino, de 33). Olhei no dele e acreditei", disse Leo. A sentença deve sair na quinta-feira, 20.
Testemunha de defesa no julgamento realizado no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, Leo contou que não sabe quem matou seu pai e sua madrasta. Afirmou também desconhecer a razão pela qual os dois foram assassinados. Disse ainda que esteve com Luiz Carlos e Alessandra, na casa deles, em Perdizes, onde morreram, dois dias antes do crime. Segundo ele, não ouviu nenhum comentário sobre eventual desentendimento entre eles e seu irmão.
O casal foi assassinado na residência onde morava, uma mansão em Perdizes, na zona oeste de São Paulo
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