GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Oposição celebra e líder petista vê condenação com 'tristeza e dor'


Os partidos de oposição no Congresso elogiaram as penas aplicadas ao ex-ministro José Dirceu no julgamento do mensalão. "Vai se consolidando a ideia de que a impunidade é um capítulo que fica para trás. Não importa se é um engravatado ou um ladrão de galinha", disse o vice-líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM). Para ele, o fato de o ex-ministro ser obrigado a cumprir pena em regime fechado é "um castigo que, antes, não se imaginava que iria acontecer".
Na avaliação do líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), as penas aplicadas aos réus foram razoáveis. "O que o Supremo fez está bem feito. O exemplo que fica para o País é que os fatos estão sendo julgados com rigor", disse Bueno.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), avaliou, porém, que o período da pena de prisão imposto aos petistas "foi pouco". "Mas o importante não é a duração da pena e, sim, a postura de implacabilidade adotada pelo Supremo", ressaltou, afirmando que contra o STF houve a "pressão oficial" de pessoas ligadas ao governo, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não importa o número de anos da condenação e, sim, o gesto de condenar. Acabou a complacência e atendeu às expectativas da Nação."
Para o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, que disputou a Presidência em 2010 pelo PSOL, "o Supremo não se deixou impressionar pelo poderio político do acusado e deu uma pena pesadinha". "Não facilitaram." O ex-deputado Fernando Gabeira (PV) disse que a condenação de Dirceu é "a consequência jurídica de um processo político que já havia sido decidido na Câmara com a cassação do mandato dele".
'Injustiça'. Já o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou que os ministros do Supremo cometeram uma "grande injustiça". "Eles (Dirceu e José Genoino) foram condenados de forma injusta. Eles lutaram contra a ditadura, pela democracia. Vejo com tristeza e dor essa condenação", afirmou Tatto.
Parâmetros. Na avaliação do jurista Miguel Reale Júnior, professor da Faculdade de Direito da USP, as penas aplicadas pelo STF a Dirceu e Genoino são elevadas, mas justificadas do ponto de vista legal. "As penas são elevadas, sem dúvida, mas estão dentro dos parâmetros que foram aplicados a quase todos os envolvidos", afirmou.
Amigo do ex-ministro, o escritor Fernando Morais também criticou o Supremo. "É uma condenação injusta, mas não me surpreende", disse. "Escrevi um artigo para o jornal Le Monde sustentando que este era um julgamento essencialmente político. A sentença é uma confirmação disso. Quem está sendo julgado não é José Dirceu, mas o PT."
Para o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli, o STF aplicou a lei. "A condenação dessas pessoas não é um motivo de comemoração, mas o fato de o Supremo ter cumprido a lei é um motivo de celebração."
Na opinião do sociólogo Rudá Ricci, o Supremo ajudou a virar uma página da história julgando a segunda geração do PT, liderada por Dirceu. "Essa segunda geração elitizou a estrutura de comando do partido, se afastou das lideranças sociais." 

Nenhum comentário: