Têm frases conhecidas sobre mãe, dos tipos: Amor de mãe é incondicional; aproveita esta fase que passa rápido (de quando o filho é bem pequeno ou começa a fazer gracinha); coração de mãe sempre cabe mais um; mãe é padecer no paraíso; entre outras tantas. Sempre ouvi e li estas frases, mas não entendia a imensidão delas até ter minhas duas filhas, hoje com 18 e 14 anos de idade.
Quando fiquei grávida da primogênita, eu tinha 23 anos e uma inexperiência comum da juventude. A única certeza, enquanto ela crescia no meu ventre, era que gerava um ser fruto do amor que me unia ao meu marido. Este sentimento de que o que mais importava era que vinha de uma união de dois seres, que se amam, resultando em um outro, durou até o nascimento dela, quando entendi perfeitamente as “mães solteiras” ou outras tantas que têm filhos, gerados por elas ou não, independente de quem é o pai.
Quando você segura no colo aquele ser indefeso que só tem a você para se alimentar e crescer, aflora em você algo indescritível. É aí que começa tudo. Ser mãe proporciona um sentimento único e individual, difícil de colocar em palavras. “É preciso ter para saber” é a frase mais próxima para explicar.
Outra frase “não joga para o alto que cai na testa”, referente aquela que, ainda não mãe, reclama das atitudes, com muitos mimos ao filho, de outras mães, também é verdadeira e conhecida. Quantas mulheres, antes de ter os seus, vêem situações erradas de outras mães, e falam ou pensam, “quando eu ter os meus não vou fazer isso”. Ledo engano. “Sempre cabe mais um” é conhecido das mães com mais de um filho. Cada um é amado incondicionalmente.
As mulheres que decidiram não ter filhos, mesmo que adotados, que me desculpem, mas desconhecem uma vocação feminina única. É um amor até estranho. Amamos de uma maneira que entendemos perfeitamente todas as outras mães e suas imperfeições, como aquelas que acobertam os filhos nas travessuras ou que insistem em acordar cedo para chamar o filho para trabalhar e fazer o café da manhã, independente da idade dele.
Enquanto disposição e saúde a mãe tiver, ela estará lá, sempre cuidando do filho como se ele fosse pequeno e sentindo uma saudade de quando era bebê, achando que não curtiu como devia. Nessa hora entendemos aquela frase proferida às mamães mais novas “Aproveite que passa rápido”, pois passa. Quando os filhos começam a viver literalmente para o mundo e não “embaixo de nossas asas”, mais precisamente na adolescência, vem a saudade e a vontade que o tempo volte ou pare.
Quando temos um filho, passamos a entender e até se relacionar melhor com nossas próprias mães.
Entendemos aqueles cuidados constantes, que não nos deixavam sair de noite, impondo horários e outras coisas chatas que irritam os adolescentes. Se usarmos a memória, veremos que passamos a agir da mesma forma que nossas mães. Agora o jeito é esperar que as filhas tenham os seus para nos entenderem melhor.
Ainda bem que existe a avó. Nessa hora, sem a responsabilidade de educar (isso fica pra mãe), queremos só mimar.
Também é a hora de tentar consertar algo que, para nós, fizemos de errado, ou pela inexperiência ou falta de tempo, e dar uma maior atenção ao neto. Agora sempre que nos chamam, independente do que estamos fazendo, damos prioridade ao neto, aproveitamos mais o tempo, dando crédito àquela frase “passa rápido”. Acho até que ser avó é uma segunda chance que Deus nos dá para colocar pra fora este sentimento materno, que não teve e não tem fim.
Tem uma frase, a melhor de todas, que expõe todo este sentimento: “Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...”
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
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