Os deputados estaduais do Rio de Janeiro aprovaram na manhã desta quinta-feira (9) a proposta de antecipação dos reajustes salariais para as quatro entidades de classe da segurança pública fluminense: polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e agentes penitenciários.
O projeto de lei foi encaminhado pelo governo do Estado em resposta à ameaça de greve das categorias, e todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês.
O projeto de lei foi encaminhado pelo governo do Estado em resposta à ameaça de greve das categorias, e todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês.
Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
As quatro categorias da segurança pública do Rio, no entanto, unificaram suas reivindicações e exigem do governo do Estado um piso salarial de R$ 3.500, entre outros itens específicos de cada um dos órgãos. O governo já descartou tal reajuste.
A votação na Assembleia Legislativa (Alerj) ocorreu em sessão extraordinária e durou pouco mais de 15 minutos. Dos 60 parlamentares presentes no pleito, apenas um se manifestou contra o projeto de lei 1.184/12, o deputado Paulo Ramos (PDT).
Segundo ele, o projeto precisa ser ampliado antes de ser colocado em prática, já que não contempla os servidores do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
Policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários devem iniciar uma greve geral às 0h desta sexta-feira (10) caso a proposta seja aprovada em uma grande assembleia conjunta, envolvendo todas as categorias, que está marcada para esta quinta-feira, às 18h, na Cinelândia, na região central da capital.
Segundo ele, o projeto precisa ser ampliado antes de ser colocado em prática, já que não contempla os servidores do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
Policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários devem iniciar uma greve geral às 0h desta sexta-feira (10) caso a proposta seja aprovada em uma grande assembleia conjunta, envolvendo todas as categorias, que está marcada para esta quinta-feira, às 18h, na Cinelândia, na região central da capital.
Bombeiros dizem que prisão de líder não inviabiliza greve
A prisão na noite de ontem do cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros do Rio, não irá enfraquecer o ânimo dos servidores para uma eventual greve, disse o cabo Harrua Leal, vice-presidente da Associação SOS Bombeiros, principal entidade que lidera a pauta de reivindicações da categoria e que tem como presidente justamente Daciolo.
Gravações mostram PMs combinando ações de vandalismo na Bahia
Ele foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão quando voltava de Salvador, na Bahia. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça e exibidas pelo “Jornal Nacional” revelam conversas do cabo discutindo estratégias para fortalecer o movimento grevista no Rio e pressionar pela aprovação no Congresso da PEC 300 –emenda constitucional que prevê o estabelecimento de um piso nacional para os salários de policias civis, militares e bombeiros.
“Temos uma assembleia geral marcada para hoje à noite. Ela está mantida e pode decidir pela greve sim. Os bombeiros do Rio já não suportam mais as condições salariais que aqui operam. O governo do Rio acha que vai enfraquecer o movimento com esta prisão, mas vai fortalecer. Estamos indignados com a prisão (de Daciolo)”, disse Leal.
Sindicato dos policiais civis diz que greve é "inevitável"
O Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol) aprovou mais cedo um indicativo de greve em sua última assembleia antes da mobilização conjunta com policiais militares, bombeiros e agentes penitenciários.
"O governo não sabe lidar com a polícia em greve. E nós sabemos que o Rio de Janeiro vai entrar em greve, a segurança pública do Rio vai entrar em greve", afirmou uma das lideranças, identificado apenas como Oliveira --que esteve na Bahia para observar a estrutura funcional da greve dos PMs naquele Estado.
"A greve se tornou um caminho inevitável, já que o governo do Estado não consultou a categoria para perguntar se a proposta que nos foi apresentada era boa ou ruim. (...) A nossa onda é a greve. (...) Mas a gente não vai tacar fogo em ônibus. Isso é justamente o que o Estado quer para desqualificar a nossa luta", disse o presidente do Sindpol, Carlos Gadelha.
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