O Ministério Público investiga a prestação de contas das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio. Pelo menos, em um dos casos, já se descobriu o uso de nota fiscal fria.
Todas as agremiações estão sob suspeita. A Promotoria verifica a emissão de 43 notas fiscais de empresas localizadas no Rio, São Paulo e Espírito Santo.
As secretarias de Fazenda desses estados foram oficiadas para se descobrir se essas empresas existem ou não.
Já se sabe que a escola de samba União da Ilha apresentou uma nota no valor de R$ 285 mil pela compra de tecidos para a fantasia.
A nota emitida pela empresa Brasil Company, de Cambuí, Minas Gerais. O documento é de 10 de maio de 2010.
De acordo com a Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, a empresa teve o cadastro suspenso de 30 de abril de 2010. O motivo: desaparecimento do contribuinte.
Chamou a atenção dos promotores da 5ª Promotoria de Defesa da Cidadania a data da nota: maio, ou seja, três meses após o Carnaval.
"As escolas receberam a verba antes da festa e pegam o material depois. Isso pode significar que o dinheiro de um ano está sendo usado para o ano seguinte", conta a promotora Glaucia Santana.
Agora, os promotores tentam descobrir quem era o proprietário dessa empresa.
Existe a suspeita que o dinheiro que deveria ser utilizado para o desfile esteja sendo usado para o pagamento de luz, água e gás. Ou seja, a subvenção da escola e não do desfile.
A direção da União da Ilha negou qualquer irregularidade e preferiu aguardar ofício do MP para se pronunciar.
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