Antes de embarcar: Foliões encontram dificuldades para estacionar seus carros

 Antes da folia ir a alto-mar, foliões encontraram dificuldades para estacionar seus carros e embarcar na 22ª edição do Carnamar, tradicional desfile de embarcações. O ponto de embarque e desembarque foi o Píer da Figueira, costumeiramente usado apenas por pescadores, ontem os caiçaras dividiram o local com os mais diversos foliões, turistas ou não.
Mas até o momento dos ventos soprarem a favor da festividade e as embarcações seguirem para o Carnamar, as placas dos veículos estacionados em frente ao píer, como nas redondezas foram devidamente anotados por um agente da Polícia Rodoviária. Porém, o policial Amado Oliveira garantiu que não estava autuando nenhum veículo, mas apenas orientado os motoristas a estacionarem em outro local. Perguntado a razão das anotações com o número das placas, Amado justificou apenas que era por uma questão de segurança e que estava ali por outro motivo. “Estou aqui em outra ocorrência. Há um carro que não tem documentação e será aprendido. Quanto aos demais, estou apenas orientado”, garante o policial.
Além de Amado, estava presente agente do Departamento de Estradas de Rodagem(DER), que também garantiram não multar ninguém. O inspetor de tráfego rodoviário, Flávio Risther Moraes disse à reportagem que ocorria ali, apenas um trabalho de fiscalização. “É um trabalho de socorro aos usuários, de apoio emergencial, além de auxiliar no trânsito”, diz.
De acordo com Risther, o trecho frente ao píer da Figueira é considerado estadual. “Do quilometro 120 ao 113 é trecho operacional da UBA (Unidade Básica de Atendimento ao Usuário)”, fala.
O inspetor do DER explica que de acordo com o Código de TransitoBrasileiro (CTB) não é permitido estacionar em acostamento de rodovias. Assim, os agentes do DERfiscalizaram a rodovia também utilizando radar móvel.
Apesar de haver momentos de tumulto entre veículos em busca de lugar para estacionar, o pescador Adelino Junior aprova o píer como ponto de embarque para o Carnamar. “Aqui é utilizado há quatro anos para a festa, é uma forma de prestigiar o local. Mas não há estrutura do Poder Público para o píer”, queixa ao se referir sobre as condições de uso e de segurança do píer da Figueira.
Segundo ele, o local movimenta nos fins de semana cerca de 200 empregos, diretos e indiretos, e que apesar da grande movimentação, carece de investimentos. “Aqui nós estamos pelados e com a mão no bolso”, ironiza o pescador. (L.R)