Após o encontro, Serra avaliou como importante o diálogo com todos os partidos, 'exceto com aqueles que podem ser considerados adversários'. Mais cedo, antes do início da reunião, Aécio defendeu a composição de uma aliança mais robusta do que a construída nas últimas eleições presidenciais, em 2010. 'O que eu defendo é que o PSDB deixe, sim, as portas abertas para construir uma aliança mais ampla', afirmou. Ele ponderou, contudo, que, antes de qualquer diálogo, é necessário aguardar a postura que tomará o PSD em relação ao atual governo federal. 'Eu acho que agora é aguardar qual será a forma de agir do partido. Vamos ver que tipo de posicionamento terá no Congresso Nacional.'
A reunião do Conselho Político, que durou em torno de três horas, teve a participação de seus seis integrantes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), o ex-governador José Serra (SP) e o senador Aécio Neves (MG).
Na saída, Serra foi perguntado o que achou da entrevista concedida por Aécio ao jornal 'O Estado de S. Paulo', publicada domingo e na qual o senador mineiro afirmou que, caso venha a disputar a sucessão presidencial, estará pronto para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou a presidente Dilma Rousseff. 'Eu achei interessante, verdadeira', afirmou Serra, negando que tenha se colocado como candidato na disputa presidencial de 2014. 'Mas acho positivo que o Aécio se coloque ', disse.