SÃO PAULO - Indefinição parece ser a palavra-chave da seleção dirigida por Mano Menezes. Três dias depois de o Brasil vencer a Costa Rica por 1 a 0, numa atuação nada inspirada, a equipe volta a campo, nesta terça-feira, contra o México, às 22h30 (de Brasília, com transmissão ao vivo da rádio Estadão ESPN), cheia de mudanças. São seis alterações ao todo no time que só jogou bem uma vez este ano - na vitória sobre a Argentina, semana retrasada, em Belém.
A troca do goleiro Julio Cesar por Jefferson é a única motivada por contusão. No mais, saem os laterais Fabio e Adriano e voltam Daniel Alves e Marcelo. No meio, Fernandinho e Lucas Leiva comandam a proteção à zaga e deixam no banco de reservas Luiz Gustavo e Ralf.
Para um time que vive permanentemente sob experiências, há ainda uma outra mexida. O atacante Hulk, do Porto, barrou Fred e vai atuar ao lado de Neymar e Lucas.
Nos últimos 11 anos, o México deu muito trabalho ao Brasil. No período, em cinco jogos, o adversário venceu três e perdeu duas vezes.
O retrospecto é um indicador de que a seleção não vai ter vida fácil em Torreón. Embora ultimamente até mesmo equipes sem nenhuma tradição, como Venezuela e Costa Rica, sejam obstáculos poderosos contra o time dirigido por Mano Menezes.
Nesta segunda-feira, o goleiro Jefferson disse que há um outro perigo para o Brasil no amistoso, além do México: a bola do jogo. 'É inadequada, tem peso diferente', criticou o botafoguense.
A situação de Mano na seleção ficou mais calma depois que o Brasil venceu o Superclássico das Américas, contra a Argentina. Ele, no entanto, vai ter um grande desafio ano que vem: tentar trazer a medalha de ouro dos Jogos de Londres.
Até lá, a equipe vai fazer vários amistosos e a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai insistir que Mano é o nome da seleção para o Mundial de 2014. Essa é a tendência. Mas o técnico deve tomar cuidado com resultados e a formação do time - vitórias pouco ou nada convincentes podem voltar a desgastá-lo.
E mesmo um revés na Olimpíada de Londres não deve ser desconsiderado numa reavaliação da CBF sobre o trabalho de Mano Menezes.
MÉXICO - Oswaldo Sanchez; Juárez, Rafael Marquez, Héctor Moreno e Salcido; Israel Castro, Guardado, Pablo Barrera e Giovanni Santos; Peralta e Hernández. Técnico: Manuel de la Torre.
BRASIL - Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Lucas Leiva, Ronaldinho e Lucas; Neymar e Hulk. Técnico: Mano Menezes.
Árbitro - Marlon Mejía (El Salvador); Horário - 22h30 (de Brasília); TV - Globo e SporTV; Rádio - Estadão ESPN (AM 700/FM 92,9). Local - Estádio Nuevo Corona, em Torreón (México).
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