Duas semanas depois de vaiado por 100 mil pessoas no Rock in Rio 2011 - comandadas pelo roqueiro Dinho Ouro Preto -, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), disse considerar 'injusta' a crítica feita pelo vocalista do Capital Inicial. Em entrevista dada ontem ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre, Sarney admitiu que o rock 'tem, como característica, a contestação', mas não aceitava os ataques que recebeu.
Em sua participação no evento, na noite de 24 de setembro, Dinho Ouro Preto inflamou a plateia ao dedicar a música Que País É Este? 'para as oligarquias, cara, que parecem ainda governar o Brasil. Que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados durante dois anos, como o Estado de S. Paulo'.
E foi adiante: 'Esta aqui é especial para o José Sarney' - uma referência ao papel do senador e de seu filho, Fernando, que buscou a Justiça Federal para pedir que o jornal fosse proibido de divulgar informações da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, na qual se investigavam suas atividades no Maranhão.
Na entrevista à Zero Hora, o presidente do Senado considerou 'compreensível que em um festival de rock tivesse uma manifestação desse tipo', pois o rock 'é um estilo que tem o DNA da contestação'. Mas em seguida passou a explicar por que considera a crítica injusta: 'No meu governo, contribuiu-se para a maior liberdade de expressão que já tivemos no País. A cultura e as artes devem ser livres. Podem ser injustas, mas não podem deixar de ser livres.'
Ele considerou também que seu filho tinha o direito de recorrer judicialmente contra o Estado - mas acrescentou que, se tivesse sido consultado pelos advogados, não teria feito o mesmo. 'Embora ele tivesse o direito de recorrer à Justiça, no dia em que (Fernando) ingressou com a ação lancei uma nota afirmando que se tivesse sido consultado pelo advogado não teria aceito', insistiu.
Passado. O senador ressaltou ainda que, durante a ditadura militar, defendeu o jornal e que, durante a sua vida pública, nunca processou um jornalista, 'mesmo tendo sido um dos políticos mais censurados da história da República'. 'A minha voz foi solitária dentro do Congresso Nacional em um discurso defendendo o Estadão e a liberdade de imprensa, arriscando meu próprio mandato', justificou-se.
O senador José Sarney já havia reagido contra o episódio, no dia seguinte às críticas de Dinho Ouro Preto. Numa breve carta, disse que 'entrou' no Rock in Rio aos 80 anos e que o festival se beneficiou de incentivos à cultura criados em seu governo.
Por fim, ponderou ao roqueiro que foi ele, como presidente da República, que promoveu a embaixador o diplomata Afonso Ouro Preto, seu pai.
Em sua participação no evento, na noite de 24 de setembro, Dinho Ouro Preto inflamou a plateia ao dedicar a música Que País É Este? 'para as oligarquias, cara, que parecem ainda governar o Brasil. Que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados durante dois anos, como o Estado de S. Paulo'.
E foi adiante: 'Esta aqui é especial para o José Sarney' - uma referência ao papel do senador e de seu filho, Fernando, que buscou a Justiça Federal para pedir que o jornal fosse proibido de divulgar informações da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, na qual se investigavam suas atividades no Maranhão.
Na entrevista à Zero Hora, o presidente do Senado considerou 'compreensível que em um festival de rock tivesse uma manifestação desse tipo', pois o rock 'é um estilo que tem o DNA da contestação'. Mas em seguida passou a explicar por que considera a crítica injusta: 'No meu governo, contribuiu-se para a maior liberdade de expressão que já tivemos no País. A cultura e as artes devem ser livres. Podem ser injustas, mas não podem deixar de ser livres.'
Ele considerou também que seu filho tinha o direito de recorrer judicialmente contra o Estado - mas acrescentou que, se tivesse sido consultado pelos advogados, não teria feito o mesmo. 'Embora ele tivesse o direito de recorrer à Justiça, no dia em que (Fernando) ingressou com a ação lancei uma nota afirmando que se tivesse sido consultado pelo advogado não teria aceito', insistiu.
Passado. O senador ressaltou ainda que, durante a ditadura militar, defendeu o jornal e que, durante a sua vida pública, nunca processou um jornalista, 'mesmo tendo sido um dos políticos mais censurados da história da República'. 'A minha voz foi solitária dentro do Congresso Nacional em um discurso defendendo o Estadão e a liberdade de imprensa, arriscando meu próprio mandato', justificou-se.
O senador José Sarney já havia reagido contra o episódio, no dia seguinte às críticas de Dinho Ouro Preto. Numa breve carta, disse que 'entrou' no Rock in Rio aos 80 anos e que o festival se beneficiou de incentivos à cultura criados em seu governo.
Por fim, ponderou ao roqueiro que foi ele, como presidente da República, que promoveu a embaixador o diplomata Afonso Ouro Preto, seu pai.
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