(AE) - Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define a taxa de juros básica do País, o governo anunciou ontem, que vai economizar R$ 10 bilhões acima do previsto, elevando a meta de resultado das contas públicas deste ano para R$ 127,9 bilhões. O esforço será concentrado na União, que perseguirá um saldo positivo de R$ 91,8 bilhões, em vez dos R$ 81,8 bilhões fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A medida abre espaço para cortar os juros, segundo informou a presidente Dilma Rousseff em reuniões separadas com sindicalistas e com o Conselho Político, logo pela manhã. Se a redução virá já, porém, é outra história.
No início do dia, quando não havia detalhes sobre a medida, o mercado financeiro chegou a trabalhar com uma chance de 68% de corte da taxa de juros Selic já na reunião que começa hoje e termina amanhã. Porém, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclareceu que a redução virá “quando o Banco Central entender que é possível”, as apostas recuaram para 50%. Ainda assim, estavam acima dos 40% registrados na última sexta-feira.
O objetivo do governo é evitar que a atividade econômica do Brasil caia drasticamente, na esteira do que vem ocorrendo na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. “Se vier uma situação pior para a economia brasileira, o Banco Central estará em condições de reagir com políticas monetárias mais expansionistas”, explicou o ministro. “Queremos que se faça mais política monetária e menos política fiscal.” Ou seja: diferentemente do que foi feito em 2008 e 2009, a ordem agora é ativar a economia via corte de juros, e não pela redução nos impostos e aumento do gasto público.
Mais suave
A expectativa é que, com isso, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fique entre 4% e 4,5% em 2011. “Queremos que dessa vez seja mais suave do que em 2008 e 2009”, comentou o ministro. Foi uma afirmação na mesma linha da adotada por Dilma na reunião com os sindicalistas. “Vocês não vão ver nenhuma política tradicional de combate à recessão”, garantiu ela, ao reafirmar compromisso com o reajuste do salário mínimo em 2012, que será da ordem de 13%.
A julgar pelos dados das contas públicas até julho, a medida anunciada ontem pelo governo não exigirá nenhum sacrifício. Isso porque a arrecadação vem tendo um desempenho muito acima do esperado este ano. Só em junho e julho, ingressaram no caixa R$ 9 bilhões apenas com o recolhimento de atrasados após o início de operação do Refis da Crise. Graças à arrecadação forte, o setor público já alcançou, em sete meses, perto de 80% da meta para o ano.
No médio e longo prazos, o corte nos juros abrirá mais espaço para os investimentos, disse o ministro. Ele observou que no primeiro semestre deste ano foram gastos R$ 134 bilhões com juros da dívida pública, um dinheiro que poderá ser canalizado para investir quando os juros estiverem mais baixos.
A medida abre espaço para cortar os juros, segundo informou a presidente Dilma Rousseff em reuniões separadas com sindicalistas e com o Conselho Político, logo pela manhã. Se a redução virá já, porém, é outra história.
No início do dia, quando não havia detalhes sobre a medida, o mercado financeiro chegou a trabalhar com uma chance de 68% de corte da taxa de juros Selic já na reunião que começa hoje e termina amanhã. Porém, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclareceu que a redução virá “quando o Banco Central entender que é possível”, as apostas recuaram para 50%. Ainda assim, estavam acima dos 40% registrados na última sexta-feira.
O objetivo do governo é evitar que a atividade econômica do Brasil caia drasticamente, na esteira do que vem ocorrendo na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. “Se vier uma situação pior para a economia brasileira, o Banco Central estará em condições de reagir com políticas monetárias mais expansionistas”, explicou o ministro. “Queremos que se faça mais política monetária e menos política fiscal.” Ou seja: diferentemente do que foi feito em 2008 e 2009, a ordem agora é ativar a economia via corte de juros, e não pela redução nos impostos e aumento do gasto público.
Mais suave
A expectativa é que, com isso, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fique entre 4% e 4,5% em 2011. “Queremos que dessa vez seja mais suave do que em 2008 e 2009”, comentou o ministro. Foi uma afirmação na mesma linha da adotada por Dilma na reunião com os sindicalistas. “Vocês não vão ver nenhuma política tradicional de combate à recessão”, garantiu ela, ao reafirmar compromisso com o reajuste do salário mínimo em 2012, que será da ordem de 13%.
A julgar pelos dados das contas públicas até julho, a medida anunciada ontem pelo governo não exigirá nenhum sacrifício. Isso porque a arrecadação vem tendo um desempenho muito acima do esperado este ano. Só em junho e julho, ingressaram no caixa R$ 9 bilhões apenas com o recolhimento de atrasados após o início de operação do Refis da Crise. Graças à arrecadação forte, o setor público já alcançou, em sete meses, perto de 80% da meta para o ano.
No médio e longo prazos, o corte nos juros abrirá mais espaço para os investimentos, disse o ministro. Ele observou que no primeiro semestre deste ano foram gastos R$ 134 bilhões com juros da dívida pública, um dinheiro que poderá ser canalizado para investir quando os juros estiverem mais baixos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário