A partir do ano letivo de 2012, as aulas no CDP serão administradas pela EE Avelino Ferreira; atualmente 85 detentos estão na alfabetização e ensino fundamental
Mara Cirino
Litoral Norte – As aulas dentro dos Centros de Detenções Provisórias (CDPs) serão assumidas pela Secretaria de Educação do Estado. Até então, elas são ministradas pela Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), mas faltaria chancela da educação para ser reconhecido. Com isso, muitos presos não tinham o reconhecimento do curso que faziam na unidade prisional.
Segundo a direção do CDP de Caraguatatuba, atualmente 32 detentos estão em processo de alfabetização e 53 estão nos ensinos fundamental e médio. O diretor da unidade, Walnir Aparecido Bosso, explica que o ensino é aberto àqueles que querem estudar.
Para isso, outros 52 estão nas aulas de inglês, 170 se inscreveram no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), dos quais 105 aguardam resultados. Também participaram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e esperam a classificação.
Para melhorar a educação, as Secretarias de Administração Penitenciária (SAP) e Educação finalizam as tratativas para passar a administração educacional dos presos em todo o Estado de São Paulo. Por conta do tempo, a previsão é que o processo seja iniciado a partir do ano letivo de 2012, de forma que as aulas sejam reconhecidas e o preso possa receber seu diploma de conclusão de curso no final do processo estudantil.
Na região, as aulas serão atreladas à Escola Estadual Avelino Ferreira, que fica no bairro Porto Novo, no lado sul de Caraguatatuba, onde também está localizado no CDP.
Atualmente, segundo a direção da unidade, há 1.027 detentos no local, o que corresponde a 32,42% acima da capacidade, calculada em 768. A maioria, cerca de 40% do total, está lá por envolvimento com o tráfico de entorpecentes, seguindo por roubos e furtos, além de crimes violentos.
Estrada ruim prejudica novos convênios com CDP
Além das aulas e cursos, um programa que chama a atenção dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) são as oficinas de qualificação profissional. Hoje, há uma fábrica de móveis dentro das instalações da unidade onde pelo menos 40 internos fazem o trabalho de entrelaçamento e montagem de sofás, cadeiras, mesas em estilo rústico.
O valor mínimo pago é de R$ 40, dependendo da peça confeccionada, e o dinheiro recebido vai para uma Conta Pecúlio que ele pode repassar para familiares ou deixar depositado para retirar quando sair.
Mas a direção do CDP encontra dificuldades para levar outras empresas para o centro em função das condições da estrada vicinal de acesso à unidade. São cerca de seis quilômetros de pista de terra e esburacada. Se chove, o local fica intransitável e se está muito seco a poeira toma conta dos veículos. Na avaliação do diretor do CDP, Walnir Aparecido Bosso, se as condições da estrada fossem melhor, “com certeza haveria mais pessoas interessadas em fornecer seus serviços”, diz Bosso, lembrando que o empresário deve levar a material prima até o CDP e depois retirar o produto manufaturado pelos presos.
Preso na escola ou trabalhando é contemplado com redução da sua pena, conforme prevê a legislação. Por isso, para cada 18 horas de estudo ou três dias de trabalho, ele tira um dia da pena reduzida.
Mara Cirino
Litoral Norte – As aulas dentro dos Centros de Detenções Provisórias (CDPs) serão assumidas pela Secretaria de Educação do Estado. Até então, elas são ministradas pela Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), mas faltaria chancela da educação para ser reconhecido. Com isso, muitos presos não tinham o reconhecimento do curso que faziam na unidade prisional.
Segundo a direção do CDP de Caraguatatuba, atualmente 32 detentos estão em processo de alfabetização e 53 estão nos ensinos fundamental e médio. O diretor da unidade, Walnir Aparecido Bosso, explica que o ensino é aberto àqueles que querem estudar.
Para isso, outros 52 estão nas aulas de inglês, 170 se inscreveram no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), dos quais 105 aguardam resultados. Também participaram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e esperam a classificação.
Para melhorar a educação, as Secretarias de Administração Penitenciária (SAP) e Educação finalizam as tratativas para passar a administração educacional dos presos em todo o Estado de São Paulo. Por conta do tempo, a previsão é que o processo seja iniciado a partir do ano letivo de 2012, de forma que as aulas sejam reconhecidas e o preso possa receber seu diploma de conclusão de curso no final do processo estudantil.
Na região, as aulas serão atreladas à Escola Estadual Avelino Ferreira, que fica no bairro Porto Novo, no lado sul de Caraguatatuba, onde também está localizado no CDP.
Atualmente, segundo a direção da unidade, há 1.027 detentos no local, o que corresponde a 32,42% acima da capacidade, calculada em 768. A maioria, cerca de 40% do total, está lá por envolvimento com o tráfico de entorpecentes, seguindo por roubos e furtos, além de crimes violentos.
Estrada ruim prejudica novos convênios com CDP
Além das aulas e cursos, um programa que chama a atenção dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) são as oficinas de qualificação profissional. Hoje, há uma fábrica de móveis dentro das instalações da unidade onde pelo menos 40 internos fazem o trabalho de entrelaçamento e montagem de sofás, cadeiras, mesas em estilo rústico.
O valor mínimo pago é de R$ 40, dependendo da peça confeccionada, e o dinheiro recebido vai para uma Conta Pecúlio que ele pode repassar para familiares ou deixar depositado para retirar quando sair.
Mas a direção do CDP encontra dificuldades para levar outras empresas para o centro em função das condições da estrada vicinal de acesso à unidade. São cerca de seis quilômetros de pista de terra e esburacada. Se chove, o local fica intransitável e se está muito seco a poeira toma conta dos veículos. Na avaliação do diretor do CDP, Walnir Aparecido Bosso, se as condições da estrada fossem melhor, “com certeza haveria mais pessoas interessadas em fornecer seus serviços”, diz Bosso, lembrando que o empresário deve levar a material prima até o CDP e depois retirar o produto manufaturado pelos presos.
Preso na escola ou trabalhando é contemplado com redução da sua pena, conforme prevê a legislação. Por isso, para cada 18 horas de estudo ou três dias de trabalho, ele tira um dia da pena reduzida.
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