GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 4 de junho de 2011

“Ninguém da família do Bruno, nem o advogado, me ligou até hoje”, diz mãe de Eliza Samúdio

Bruninho brinca com uma bola em campo de futebol
Dor. É com essa a palavra que Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samúdio, descreve esse um ano do desaparecimento da filha. O caso, ainda sem solução, a deixou 25kg mais magra e dependente de remédios para dormir. No dia 4 de junho de 2010, a estudante entrou em contato pela última vez com uma amiga . Ela disse que estava saindo do Rio para Minas Gerais encontrar o ex-goleiro do Flamengo Bruno.
“Eu emagreci, a minha imunidade está fraca, e eu só consigo dormir de três a quatro horas por dia, e com a ajuda de remédios. Quando eu penso no que aconteceu com ela o que eu sinto é dor. Imagino o que fizeram com ela, o sofrimento pelo qual ela passou. Não sei onde está o corpo dela, o que foi feito” , disse Sônia, que acredita que se tivesse enterrado o corpo da filha se sentiria melhor.
“Eu achei que com o passar do tempo a dor fosse virando saudade, mas não é o que acontece comigo, a minha dor é muito grande. Penso no meu neto, que vai crescer sem o carinho da mãe, vai crescer sem conhecer a mãe”.
É de Bruninho, aliás, que Eliza afirmava ser filho dela com o ex-goleiro Bruno, que Sônia tira forças para levantar todos os dias.
“Criar o meu neto é gratificante para mim, ele me ajuda muito, me ocupa muito durante o dia, porque fico em função dele. Ele é muito curioso, está em fase de descoberta, tenho que estar atenta 24h”.
Enquanto Sônia fica em casa cuidando de Bruninho, o marido sai para trabalhar e garantir o sustento da família. Ela conta que até hoje não recebeu nada de Bruno, que, segundo a advogada Maria Lucia, reconheceu em juízo a paternidade.
“Ninguém da família do Bruno, nem o advogado, me ligou até hoje. Eu costumo dizer que o presente que eles deram para mim e para o meu neto foi o desaparecimento da minha filha. O Direitos Humanos só existe para bandido? Quem vai olhar para as minhas condições e as do Bruninho”, reclamou Sônia, mais uma vez muito emocionada.
Mesmo criando o neto desde os 4 meses, Sônia não quer tomar o lugar da filha na vida do netinho. Tanto é que ela sempre mostrar as fotos de Eliza para ele, e faz questão de ser chamada de avó. Já sobre o pai, ela conta que só vai falar quando ele perguntar.
“Sobre o Bruno eu não falo, por enquanto. Mas quando ele perguntar eu vou falar e explicar toda a história. E se ele quiser ir conhecer, por mais doloroso que seja, eu vou levá-lo até o pai. Porque ele tem esse direito de ouvir da boca do pai uma resposta, e o Bruno a oportunidade de pedir perdão por ter tirado a vida de Eliza”.

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