GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 4 de junho de 2011

Bombeiro detido denuncia maus tratos e afirma que manifestantes não estavam armados

Bombeiros foram levados para a Corregedoria da Polícia Militar, em são Gonçalo
Detidos no início da manhã deste sábado e levados para a Corregedoria da Polícia Militar, em são Gonçalo, os bombeiros que protestavam por melhores salários denunciam as condições precárias da prisão. Um dos cabos presos, que pediu para não ser identificado, afirmou que os 439 homens estão sem comer até agora, receberam pouca água e contam apenas com um banheiro. Ele defendeu ainda os manifestantes das acusações de que estariam armados.
- O que fizeram foi uma atrocidade. Não estávamos armados. Só queríamos ser ouvidos pelo governador e fazíamos uma manifestação pacífica em nossa segunda casa. O coronel pediu para que saíssemos ou algo pior poderia acontecer. Depois eles invadiram com bombas e tiros. Tinha criança vomitando por causa do gás. Mas em nenhum momento efetuamos disparos porque não temos armas - relatou o cabo.
Revoltado, ele contou ainda que os bombeiros estão sendo desrespeitados na prisão.
- Não somos ouvidos por ninguém. Não recebemos comida. Estão brincando conosco. Pediram para descermos dos ônibus e depois voltarmos, houve agressão e fomos esculachados. Nós salvamos vidas, mas estão querendo inventar que estávamos armados para nos enquadrarem em algum crime.
Informado que o governador Sergio Cabral chamou os manifestantes de "vândalos irresponsáveis", o cabo, que está há 14 anos na corporação, rebateu as críticas e continuou o desabafo:
- Somos vândalos e irresponsáveis que atuamos em todas as áreas. Bombeiro não só apaga fogo. Nós retiramos corpos da rua, atendemos acidentes de trânsito, recolhemos doentes mentais... Não recebemos nada a mais por isso - indignou-se ele, lembrando que a principal reinvindicação da categoria é o aumento salarial.
- Ganhamos R$ 950 e queremos um piso de R$ 2 mil. É difícil viver com esse salário. Estou há 14 anos trabalhando na escala um por um e tenho que fazer um bico para sustentar minha filha - lamentou cabo.

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