RIO DE JANEIRO (Reuters) - Uma manifestação de bombeiros no Rio de Janeiro, iniciada na véspera, resultou em invasão a quartel, tiros, exoneração do comandante da corporação e detenção de 439 rebelados.
Os bombeiros, em campanha salarial, invadiram o quartel central da corporação e foram retirados do local pela polícia, na manhã deste sábado.
A polícia usou na invasão homens da tropa de elite da corporação para retirar os quase 2 mil manifestantes. Alguns bombeiros e familiares deles, incluindo mulheres e crianças que engrossaram a manifestação, ficaram feridos, de acordo com os próprios rebelados.
O conflito ocorreu depois de mais de doze horas de negociação com os líderes do movimento. Após a retomada do QC dos Bombeiros, líderes do movimento foram detidos. Em solidariedade, parte deles preferiu acompanhá-los. 439 foram detidos na corregedoria da Polícia Militar, em Nireroi.
O comandante do Bombeiros, coronel Pedro Machado, foi exonerando. Em seu lugar foi designado Sergio Simões assume comando dos Bombeiros.
"É um grupo de vândalos, irresponsáveis, que não irão de forma alguma manchar a imagem de uma instituição tão respeitada. Vão responder administrativa e criminalmente", afirmou o governo Sergio Cabral, em entrevista a jornalistas.
Cabral negou as afirmações dos rebelados de que o salário da categoria é o pior do Brasil e afirmou que os protestos foram explorados por adversários políticos, mas não citou nomes.
O protesto na sexta-feira à noite teve a participação do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR).
"Tenho informações de deputados que foram para o evento para estimular esse tipo de coisa, mas são políticos que já passaram pelo governo e não fizeram nada. Que em quatro e oito anos de governo não fizeram um quinto do que nós fizemos.
Na volta para o município de Campos, onde mora, Garotinho teve o carro atingido por dois tiros.
Os bombeiros e salva-vidas do Rio estão em campanha salarial desde o início do ano. Eles reivindicam a elevação do piso da categoria de 980 para 2 mil reais e melhoria nas condições de trabalho.
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